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sábado, 19 de março de 2016

O BRASIL TÁ SE MEXENDO...


O editorial de hoje do Times novayorquino mostra espanto na explicação da presidente brasileira, Dilma, para a escolha do ex-presidente Lula para o cargo de Ministro-Chefe da Casa Civil. Diz o editorial que Dilma está totalmente desacreditada perante a população e, pois, sem cacife para justificar o que tentou justificar e que terminou brecado por decisão, ontem à noite, do juiz Gilmar Mendes, do STF.  
A opinião do jornal leva-me a pensar sobre as enormes dificuldades que os jornalistas estrangeiros estão enfrentando para explicar a seus leitores a situação política e econômica que o Brasil e os brasileiros estão ora enfrentando. É kafquiana a situação.
O vendaval de novidades que ouvimos no rádio e na televisão chega a ser assustador. A cada instante nos chegam notícias que estarrecem o mais apolítico dos cidadãos. Ele é ministro, não é ministro, o que é que ele é? Ele é Lulla.
Collor aprontou o diabo e caiu empurrando um carro Elba.
Dilma pode cair por causa de um Santana e otras cositas más...
O pernambucano Luiz Inácio Lula da Silva nasceu pobre de marré-marré e ficou, embora rico, pobre. Mas, tem muitos amigos de posses estratosféricas.
A biografia de Lula é uma biografia incrível, até certo ponto.
Lula enfrentou milhões de problemas, familiares inclusive, mas sobreviveu a todas as intempéries que a vida lhe impôs como desafio. Dançou forró na casa de espetáculos de Pedro Sertanejo, na Vila Carioca, SP, fez bicos, virou metalúrgico em São Bernardo, fez animação de comícios como personagem central antes de ser deputado Constituinte e Presidente da República. De tabela, transformou-se numa das personalidades mais conhecidas e respeitadas do planeta. Mas, aparentemente, borrou essa biografia com atos que a sociedade civilizada condena. Improbidade, por exemplo.
Aristóteles foi o cara que nos trouxe à luz os fundamentos necessários para o bom-viver em sociedade. Mas ele foi muito mais, ele fez muito mais. Sua teoria de causalidade universal abriu a mente do homem desde seu tempo. Depois de estudar a vida humana, a natureza, a astronomia, ele empacou numa figura invisível, sem nome pra ele, mas que outros filósofos entendem como Deus. Aristóteles identificou as virtudes humanas e definiu a Justiça como meio de apaziguamento social. A ética para ele é algo muito importante na vida, ao contrário do que pensa o pernambucano Luiz Inácio Lula da Silva.
Ler como divertimento ou para entender o que a nós se apresenta como incompreensível, é fundamental. Mas Lula não gosta de ler, ele mesmo já disse isso publicamente.
É do escritor paulista Monteiro Lobato a frase: “quem lê mais, sabe mais”.
Aristóteles falou com excelsa propriedade sobre tudo ou quase tudo que hoje conhecemos.
A Grécia era conhecida como a Pátria da Filosofia e Atenas a Cidade do Conhecimento.
O Brasil de Dilma é a Pátria Educadora. E que pátria!

Escrevi:

Todo dia é dia
De Brasil especial
De Brasil de todos nós
De Brasil nacional

O Brasil tá se mexendo
O Brasil tá em ação
Procurando um caminho
Pra sair da contra-mão

A tarefa não é fácil
E tem lá seus empecilhos
Mas já passou da hora
De o Brasil andar nos trilhos

Faz tempo, muito tempo
Que o Brasil sofre calado
Apanhando em silêncio
De modo resignado

E tudo isso tem a ver
Com roubo e corrupção
O que deprime o País
E revolta a Nação

Mas o mal não é eterno
Nem eterna é a dor
Eterna é a vida
Que dá asa a beija-flor
                                      




NO AR, A RÁDIO BORBOREMA DE CAMPINA GRANDE !


No Brasil, o rádio deu o ar da sua graça em 1922.  À época o presidente do País era o paraibano Epitácio Pessoa. O primeiro discurso de um político levado ao ar pelo rádio foi o do Presidente Pessoa.
Em 1922, comemorava-se o centenário da independência do Brasil.
O ano de 22, foi um ano marcante não só pelo fato de o rádio dar a sua graça no País.  Nesse ano, em São Paulo comemorava-se um grande evento cultural, que entraria para a história como  A SEMANA DE 22, liderada pelo escritor e musicólogo paulistano Mário de Andrade.
É muita história.
Em 1924, São Paulo é cenário de uma revolução.  Em 29 o chefe do governo paraibano, João Pessoa, é assassinado em Recife.  Ele integrava a chapa que disputava a presidência da república ao lado do gaúcho Getúlio Vargas.  Um ano antes, o paraibano Francisco de Assis Chateaubriand  Bandeira de Melo, de Umbuzeiro, inaugurava a revista semanal O Cruzeiro.
O Nordeste, de grandes lutas passava a aparecer, com destaque, no cenário nacional.  Inclusive, através da música.
O pernambucano Luiz Gonzaga, que iniciara a carreira musical em março de 1941, firmava-se como cantor e sanfoneiro com a toada-baião Asa Branca.  Isso, em 1949.
Entre 1922 e 1949, passaram-se 27 anos.  Nesse ano Chateaubriand se deslocava do Rio de Janeiro até Campina Grande, na Paraíba, para inaugurar a quinta emissora de rádio da rede Associada no Nordeste: Rádio Borborema,  ZYO-7 , AM.
Hoje, mais de três mil emissoras de rádio na frequência AM estão espalhadas Brasil afora.  É claro que muitas encerraram suas atividades e outras permanecem na origem...
Muitas emissoras de rádio, e de televisão a partir de 1950, integraram a Rede Associada.
Eu comecei a minha carreira profissional de jornalista no jornal O Norte, de João Pessoa.
O Norte, não existe mais em papel.
O Norte fez parte da Rede Associada, como o Diário da Borborema.
O Diário da Borborema, do qual fui colunista na primeira parte dos anos de 1970, também não existe mais em papel.
A Rádio Borborema, e velha e boa Rádio da Borborema, que teve na sua programação nomes brilhantes como Hilton Mota, Leonel Medeiros, Ramalho Filho, Deodato Borges, Genésio de Sousa e Rosil Cavalcanti.
Eu trabalhei com Genésio de Sousa, Hilton Mota e Deodato Borges.  Todos estão no céu.
O livro PRA DANÇAR E XAXAR NA PARAÍBA: andanças de Rosil Cavalcanti , (Gráfica Marcone, 444 páginas; 2015), de Rômulo C. Nóbrega e José Batista Alves, trata das origens da Rádio Borborema no capítulo VII.  Aliás, esse é um livro de fundamental importância para se conhecer um pouco da cidade de Campina Grande e, principalmente, o pernambucano-campinense Rosil Cavalcanti, autor de verdadeiros clássicos da música popular brasileira.  Entre esses clássicos, estão Sebastiana, Cabo Tenório, Faz Força Zé e Tropeiros da Borborema.
Rosil, que deixou 82 músicas gravadas por Jackson do Pandeiro, Luiz Gonzaga, Marinês, Genival Lacerda, Abdias e até Teixeirinha, partiu para a Eternidade carregando no peito uma decepção.  Meu Cariri ganhou uma parceira que, a rigor, nunca existiu: Dilú Mello.
A Rádio Borborema nunca fechou suas portas mas durante um tempo ia ao ar como Rádio Clube.  Hoje, na verdade, desde terça-feira última, seus ouvintes foram alegremente surpreendidos com o anúncio do seu verdadeiro nome: Rádio Borborema;  melhor ainda: Rádio Borborema de Campina Grande

A Rádio Borborema é um marco de extrema importância para os paraibanos.

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