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quinta-feira, 1 de março de 2012

REPENTE, EDUCAÇÃO E POLÍTICA

Março começa com poesia improvisada ao som de violas no bairro da Vila Madalena.
Violas & Repentes é um projeto que visa difundir cada vez mais a arte do Repentismo e da cantoria em Sampa.
A iniciativa é de Alessandro Azevedo, criador do espaço cultural Raso da Catarina e do personagem Charles, palhaço admirado por adultos e crianças que ele incorpora há muitos anos.
Uma vez por mês, a partir de sábado 3, e durante seis meses,  repentistas como Sebastião Marinho, Andorinha, Dedé Laurentino, Chico Chagas e Titico Caetano estarão de violas em punho improvisando temas relacionados ao imaginário brasileiro e à realidade que nos cerca.
O primeiro encontro ocorrerá na área cultural da escola Gam Yoga, à rua Fradique Coutinho, 1004, às 15 horas, com a dupla Andorinha & Sebastião Marinho, no vídeo abaixo.
Sebastião é presidente da União dos Cantadores, Repentistas e Apologistas do Nordeste - Ucran.
Outros poetas improvisadores que participarão da programação do projeto Violas & Repentes são os seguintes: Vicente Reinaldo, Dedé Laurentino, Titico Reinaldo, Zé Cândido, Chico Chagas, Chico Pereira, Manoel Soares, Sebastião Cirilo, Erivaldo da Silva e uma mulher que a cada dia vem ganhando o respeito e a admiração dos homens repentistas: Luzivan Matias.
Repentismo é uma palavra inexistente nos dicionários de língua portuguesa, ao contrário de cordel, expressão má definida no Dicionário Caldas Aulete na segunda metade do século 19 em Portugal, depois no Brasil.
Repentistas são artistas populares originários da Idade Média.
Surgiram primeiramente no sudeste da Europa como trovadores.
Essa arte é desenvolvida em clima de improvisação ao som de violas, pandeiros ou rabecas e ganhou força e qualidade no Nordeste brasileiro dos fins do século passado.
Foi trazida pelos desbravadores portugueses.
Em nenhum lugar do mundo a cantoria do repente é tão bem desenvolvida como em nosso País.
Alguns dos principais representantes dessa arte hoje são Oliveira de Panelas, Ivanildo Vila Nova, Rogério Menezes, Edmilson Ferreira, Antonio Lisboa, Hipólito Moura, Raulino Silva, João Santana, Chico de Assis, Luciano Leonel, Raimundo Caetano, Zé Cardoso, Zé Viola, Louro Branco, Jonas Bezerra, Moacir Laurentino, João Lourenço, Geraldo Amâncio, Lourinaldo Vitorino, Valdir Teles e Sebastião da Silva.

EDUCAÇÃO E CULTURA
Lemos menos livros em 2011 do que em 2010. A queda foi de 6%. A ida a cinema e a casas de espetáculos musicais caiu 4% e 3%, respectivamente. Um aumento de 2% foi registrado no item referente a teatro. A conclusão é de pesquisa da Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro. Os pesquisadores ouviram 1.000 pessoas em 70 cidades brasileiras. Das 55% pessoas que disseram não estar nem aí com a cultura, 72% preferem ver televisão e 20% comer churrasco em casa. 15% seguem o caminho da igreja, 11% o do futebol e 8% enchem a cara nos bares. E aí? Sem educação ninguém vai a canto nenhum, no máximo corre o risco de se estufar comendo carne etc., virar rato de igreja ou um alienado pela bola. Isso é futuro?

CÂMARA FEDERAL
Quem não assiste, sugiro assistir aos debates na Câmara Federal pela TV. Vale a pena. É uma maneira simples de acompanhar o desempenho dos deputados. Ontem à noite, em sessão extraordinária, o presidente da Casa, Marco Maia, pisou no acelerador para votar depressa uma MP (Medida Provisória) que cria cadastro nacional de municípios com áreas em risco de desastres naturais. O deputado Glauber Braga, da base do governo e relator da Medida, por pouco não foi impedido de apresentar suas conclusões e propostas. Mas depois de um consistente discurso, ele conseguiu adiar a votação da MP para o próximo dia 6.

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