Seguir o blog

sexta-feira, 23 de outubro de 2020

DOMINGO 25 DE HERZOG



O jornalismo é o ar da democracia. Força.
Se eu não fosse jornalista, eu seria o quê?
Não sei eu o que seria se não fosse jornalista.
O jornalismo é a força que leva pra vida a verdade.
O jornalista Vladimir Herzog (1937 - 1975) pagou com a vida por apostar na vida, na verdade.
Jornalista é jornalista em todas as línguas, que nem a vida e a verdade. A jornalista que mediou o encontro entre Trump e Biden fez com a beleza do ser que pensa em prol do ser, se me entendem.
Kristen Welker foi a voz da democracia, a voz que entendeu a voz do povo.
Vladimir Herzog foi tão grande quanto a voz da democracia.
Leia mais:
https://assisangelo.blogspot.com/2018/10/vladimir-herzog-esta-vivo.html
https://assisangelo.blogspot.com/2016/10/anjos-da-repressao.html





PELÉ ETERNO. VIVA PELÉ.

23 de outubro, tarde anunciando noite. Pelé está vivo.
O moleque Edson Arantes do Nascimento, filho de Três Corações, MG. Nasceu sem saber que o futuro lhe garantiria a eternidade.
Tinha ele ali 17 anos quando, na Copa de 58, pela primeira vez botou a cara no mundo. Botou e de lá não mais saiu.
Pelé é a síntese do sucesso.
Como homem, pecou.
Como produto, exemplo de tudo que dá certo. Nos esportes.
Pelé é máquina. Capitalista.
Eu o conheci muito rapidamente. Primeiro, numa entrevista coletiva no Instituto Tomi Ohtake, no bairro de Pinheiros, SP. Depois, num coquitél de lançamento do filme Pelé Eterno, num shopping paulistano. Fui consultor musical desse filme.
O direto de Pelé Eterno, Aníbal Massaini, um dia veio cá em casa pra conhecer o acervo do Instituto Memória Brasil, IMB. E aí mostrei-lhe a quantidade enorme de músicas que tratam do mestre da bola Pelé.
Pelé Eterno começa com o paraibano Jackson do Pandeiro (1919-82) cantando Pelé.
Pelé brincou com a bola, com violão, com a voz e deu-nos alegria de todos os modos.
Elis Regina gravou em duo com Pelé, Jair Rodrigues também.
Pelé é Pelé.



LEIA MAIS:

OS MIL GOLS DE PELÉ; BUDA RAM E O PADRE CÍCERO
BRASIL TRI: 50 ANOS!
HÁ 50 ANOS, PELÉ FAZIA O MILÉSIMO GOL NA PARAÍBA
HOJE É DIA DE REIS, PELÉ E JACKSON DO PANDEIRO
PELÉ, 80 ANOS

TIÃO CARREIRO E PARDINHO, IMORTAIS

Tião Carreiro e Pardinho formaram uma dupla de violeiros em 1956, em São Paulo. Marcaram época. 
Tião, de batismo José Dias Nunes, era mineiro de Monte Azul, nascido em 13 de dezembro de 1934. Tempos duros, aqueles. O Vargas estava no poder preparando o novo golpe. 
Pardinho, de batismo Antônio Henrique de Lima, nasceu no município paulista de São Carlos em 14 de agosto de 1932. São Paulo estava em guerra. 
O primeiro disco da dupla Tião Carreiro e Pardinho foi lançado em 1956. De um lado trazia a moda de viola Boiadeiro Punho de Aço, de Teddy Vieira e Pereira; do outro, o cururu Cavaleiros de Bom Jesus, de Teddy Vieira e João Alves Mariano. Esse disco passou batido pela crítica, mas outros vieram, despertando a atenção de todo mundo. 
Em 1960, Tião e Pardinho lançaram um novo ritmo musical: o pagode. 
Pagode em Brasília, além de marcar a vida da dupla, fez grande sucesso no País. Essa música, feita em homenagem ao novo Distrito Federal, trazia a assinatura de Teddy Vieira (1922-65) e Lourival do Santos (1917-97). 
Tião Carreiro conheceu Teddy Vieira um ano antes de gravar o primeiro disco. E logo os dois fizeram amizade. 
Teddy era diretor da gravadora Continental. 
A vida de José Dias Nunes e Antônio Henrique de Lima não foi fácil. Ambos tiveram uma infância puxada, mas muito cedo sabiam o que queriam: ser artistas. E assim foi. 
É longa a discografia de Tião e Pardinho. Porém, a relação pessoal dos dois não era das melhores. Brigavam com muita frequência e se separaram algumas vezes. 
Tião recebeu grande influência de Tonico e Tinoco. 
Pardinho teve muita influência de Florêncio, da dupla com Torres. Em 1994, participei da série musical Som da Terra (Continental). Essa série foi lançada nas versões CD, LP e fita-K7, no total de 26 títulos. Assinei encarte e contracapa de todos. Nessa série foram incluídos três volumes com repertório e interpretação de Tião Carreiro e Pardinho e outros três de Tonico e Tinoco. O primeiro volume começa com Cornélio Pires e o último, com Rolando Boldrin. 
Em 1934, Getúlio Vargas assinava a terceira Constituição brasileira. Três anos depois, ele decretava o Estado Novo. 
A Revolução Constitucionalista, ou Guerra de São Paulo, durou 87 dias e deixou um saldo de mil a dois mil e poucos mortos. 
Tião morreu em 15 de outubro de 1993. 
Pardinho morreu em 2 de junho de 2001. 
O acervo do Instituto Memória Brasil (IMB) tem todos os discos da dupla Tião Carreiro e Pardinho.

DEBATE TRUMP E BIDEN. GANHOU A DEMOCRACIA

Sho!
O primeiro e único debate real da campanha Trump-Biden, pela TV, ocorreu ontem 22. Foi transmitido pela NBC, a partir da Universidade Belmont, no Tenesse, EUA.  
Começou pontualmente às 22 horas e terminou noventa minutos depois, e eu cá a postos acompanhando tudinho, tim tim por tim tim, pela Band. 
A mediadora, Kristen Welker, uma jornalista negra de altíssimo nível, abriu os microfones para os debatedores. 
Todos os principais temas do cotidiano norte-americano e mundial foram postos a discussão. 
O primeiro tema girou em torno do novo Coronavírus e das vacinas em teste. 
Mais uma vez Trump mentiu, mentiu, mentiu. 
Houve acusações pessoais de lado a lado. 
Trump acusou Biden e família de receberem grana da China, e de outros lugares, por debaixo do pano. 
Biden também acusou Trump de receber grana dos chineses e de não pagar impostos à receita do seu País. 
Rússia e Irã também entraram na pauta. A violência da polícia de Trump contra os negros foi tema posto à mesa por Biden. Trump pulou que nem calango numa frigideira em fogo. Disse um monte de besteira. Disse, por exemplo, que foi o presidente que mais defendeu os negros nos últimos tempos. 
Um bololô dos diachos que a mediadora, com firmeza e profissionalismo, soube muito bem conduzir, controlar. 
O ditador da Coréia do Norte foi chamado de bandido por Biden, o que deixou Trump com cara de mané. Perdoem-me os Manueis.
O meio ambiente também foi tema posto em discussão. E Trump titubeou, aqui e acolá. O Brasil não foi citado. 
O positivo nisso tudo foi que o telespectador teve a oportunidade de saber um pouco mais a respeito do atual presidente Trump e do vice de Obama, Joe Biden. 
Biden ganhou a parada de ontem por poucos pontos, já que mostrou ser mais autêntico nas propostas do que o atual ocupante da Casa Branca. 
Ah, sim! Ia me esquecendo, um ponto para o Trump por deixar o Biden falar. 
Kristen Welker é uma profissional que faz bem ao jornalismo. 
 

POSTAGENS MAIS VISTAS