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quinta-feira, 25 de julho de 2013

O PAPA, SOLIDARIEDADE E CACHAÇA

O papa Chico, Francisco na origem, está botando pra quebrar.
No bom sentido, claro.
Ele quebrou, até aqui, todas as formalidades que o cargo oferece e exige.
Hoje no complexo de Manguinhos, no Rio, Chico papa falou um monte de coisas legais.
Falou sobre cultura da solidariedade, por exemplo.
Lá pras tantas, disse que gostaria de sair batendo na porta das casas, pedindo água de beber e um cafezinho, mas “um copo de cachaça, não”.
Pois é, eu acho que ele pecou aí, pois uma cachacinha não faz mal a ninguém, principalmente se for de Minas ou da Paraíba.
A Volúpia é ótima!
É ou não é Roniwalter, Severo e Maçal Aquino?
Mas o nosso papa, que é da Argentina - e lá não tem cachaça que preste - pecou também quando disse que faz parte do que entendemos ser dito popular a expressão “água no feijão”; mais claramente e precisamente ele disse numa referência ao comportamento brasileiro, solidário: “Sempre colocam mais água no feijão, né?”, ao que o público da Jornada respondeu todo hipnotizado: “Sempre!”.
Na verdade a expressão em questão se tornou popular através de Chico Buarque, que em 1977 compôs e no ano seguinte lançou o samba Feijoada Completa, em cuja letra o autor prepara terreno livre, belo e espontâneo para os exilados que começariam a voltar ao País em 1979, com o processo de Abertura desencadeado pelo governo do general Geisel.
Não custava o papa Francisco citar o Chico compositor, certo?
Mas eu estou acostumado a esse tipo de coisa.
No seu discurso de posse, a presidente de todos os brasileiros, dona Dilma, disse que “a cultura popular é a alma de um povo”.
Este Francisco aqui, Chico jornalista, anos antes já dizia que “a cultura popular é a digital de um povo”.
Ora, ora.
Anos antes, uma agência de publicidade do governo fazia pôr em todos os impressos oficiais a expressão: “O melhor do Brasil é o brasileiro”.
Frase de mestre Câmara Cascudo, que a maioria dos próprios brasileiros certamente ainda desconhece.
Eita!
E agora vejo na telinha de fazer doido, como dizia Stanislaw Ponte Preta, que é preciso que a Igreja vá às ruas.
Lula disse algo parecido antes, ou seja: que é preciso que o PT vá às ruas...
Viva Chacrinha!

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