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sexta-feira, 10 de setembro de 2021

FORRÓ PARA ANASTÁCIA

 

Flores em vida, já dizia Nelson Cavaquinho (1911-1986) no samba Quando Eu Me chamar Saudade.
Há muitos brasileiros e brasileiras talentosos. Carlos Gomes (1836-1896), o maestro, foi o primeiro grande compositor operístico das Américas. Era de Campinas, SP.
Muitos artistas, professores e cientistas nascidos no nosso País não receberam as devidas homenagens em vida. Isso precisa mudar.
Sempre fui a favor de palmas em vida.
Já compus com parceiros músicas ressaltando o valor e a criatividade de grandes brasileiros como Luiz Gonzaga (1913-1989), Geraldo Vandré, Rosil Cavalcanti (1915-1968), Inezita Barroso (1925-2015) e agora Anastácia.

A cantora pernambucana Anastácia começou a gravar músicas em 1961. Foi nesse ano que ela chegou a São Paulo, decidida a ganhar fama e reconhecimento. Conseguiu, depois de gravar centenas de músicas dela própria e de outros compositores.A história dessa artista é uma história incomparável. Foi ela a primeira compositora de forrós. Antes dela, havia uma intérprete de forrós: Marinês (1935-2007). Marinês foi uma das grandes vozes femininas da nossa música. Nasceu em Pernambuco, como Anastácia.
Há pouco, Jorge Ribbas e eu compusemos Forró para Anastácia. Até aqui, ninguém havia composto obra especialmente em homenagem a essa artista. Tomara que ela goste do que fizemos. A música consta de um EP que já se acha em todas as plataformas. Jorge explica: "'Mantendo a chama' possui uma música minha em parceria com Assis (Forró para Anastácia). A criança da capa (minha neta) remete à esperança da tradição como polo de sustentação de identidade e pertencimento a um lugar, representada pela roupa e pelo chuveirinho (fogos de artifício)  típicos dessa época. Essa caracterização introduz ao áudio do forró pé-de-serra bem tradicional, identificado pelos ritmos do xote e do baião". Ouça:

FESTIVAL MEC

Jorge Ribbas, doutor em música pela Universidade da Paraibana, está participando do festival da Rádio MEC. A música inscrita e classificada é Pentagonia. Diz Jorge: "'Pentagonia' compus em homenagem à influência do filósofo grego Pitágoras na música e na cultura ocidental".

O resultado do festival da Rádio MEC sairá no próximo 23/9. Ouça: PENTAGONIA

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SÓ BOBO ACREDITA NA CARTA DE BOLSONARO

Já não são quinhentas mortes
Já não são quinhentas mil
A desgraça toma corpo
No coração do Brasil

Não são mortes naturais
As mortes de Silvas e Bragas
São mortes provocadas
Por vírus, pestes e pragas

Praga viva inda mata
Homem, menino e mulher
Mata completamente
Do jeito que o bicho quer

Maldito Coronavírus
Que pega e mata gente
O Brasil está morrendo
Nas garras do presidente...
 
O Brasil chegou ontem 9 à triste marca de 585 mil brasileiros mortos pela Covid-19. Triste.
O Brasil foi surpreendido ontem 9 com uma carta assinada por Bolsonaro. Nessa carta ele diz que o que falou no último dia 7 sobre o ministro Alexandre de Moraes foi "no calor do momento". É uma carta cheia de baboseiras, de mentiras que saltam aos olhos de quem é cego pelo fanatismo bolsonarista.
Fico a pensar: será que ainda há bobos tão bobos que acreditam no que diz o golpista Bolsonaro?
Eu, pessoalmente, não acredito em nada de nada que Bolsonaro disse na carta. 
A carta provocou muita falação nas redes sociais. Seus filhotes golpistas se dizem decepcionados. 
Diante disso tudo, parece que estou vendo o Amigo da Onça, de Péricles tomar uma no boteco da esquina e dizer: "Só acredito nessa peste, se essa peste se matar", como o presidente Getúlio em 1954.
Pois é.
Numa fala rápida com meus botões, ouvi em uníssono: "O lugar desse cara é a cadeia". No embalo, Zilidoro pediu licença pra declamar a parte de um poema em que digo:

... Presidente também morre
De morte matada ou não
Lugar de quem não presta
É lá no fundo da prisão!

A cadeia te espera
Presidente matador
Quem apanha hoje é caça
Amanhã é caçador

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