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quinta-feira, 31 de outubro de 2013

FORA, GIRAFA, HOJE É O DIA DO SACI!


É demais: Halloween, Obama e agora essa girafinha com cara de idiota a desviar atenções dos navegantes do Fecebook. Essa girafinha é zebra! E só os bestas caem na brincadeirinha ridícula que inventaram pra ela.
Ao invés de cairmos na esparrela de lhe dar bola, por que não continuarmos a discutir os problemas do nosso dia-a-dia, como a prisão dos quatro auditores que meteram a mão no cofre público da prefeitura paulistana e de lá sacaram para seus bolsos pelo menos 500 milhões de reais?
Por que não continuarmos a discutir a questão biografias que envolve alguns medalhões da MPB, como Chico, Caetano, Roberto, Gil e Erasmo, que estão enfiando o pescoço na terra e mostrando a bunda que nem avestruz.
Pois é, essa girafinha é zebra, embora seu canto seja uma espécie de canto de sereia: embriaga.
Vocês leram a notícia de que o Governo Federal continua gastando mais do que arrecada?
Pois é, o déficit primário chega a 10 bilhões e meio de reais. É o maior em 17 anos.
Não está na hora de dar um chute na bunda dessa girafa e manda-la para o quinto dos infernos?
Se o meu amigo saci tivesse duas pernas, eu o incumbiria dessa tarefa.

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

PEIA NO CAETANO

Em 1933, e aos moldes dos geniais repentistas do Nordeste, os cariocas Wilson Batista e Noel Rosa promoveram entre si uma peleja que resultou num punhado de pérolas musicais. A disputa visava identificar o melhor dos dois. Deu empate. Oitenta anos depois, o bicho grilo mano Caetano enfiou seu bedelho para faturar uma fatia chamando Noel de preconceituoso de seu tempo. O bicho grilo Cae Caetano é um bobão oportunista. Por isso...

Esse cara fala muito
Esse cara é baiano
Esse cara nada diz
Esse cara é Caetano

Pula fora Caetano
Essa praia não é tua
Corre, corre, corre, corre
Senão à peia vais pra pua

Noel Rosa, um dos gênios da música brasileira, encantou-se aos vinte e três anos, quatro meses e uma semana, deixando uma obra - em domínio público - que chega a 250 títulos.

Imagem: Clá.

sábado, 19 de outubro de 2013

ERA UMA VEZ...

Aquele sábado 19 de outubro de 1913 chegou trazendo à vida um menino carioca de nome Marcus Vinicius da Cruz de Mello Moraes, que o tempo faria famoso.  
O menino foi crescendo e estudando um monte de coisas, até que um dia se fez diplomata; e como tal passou a correr o mundo representando as cores do Brasil.
Mas o menino era ambicioso e queria mais e mais, muito mais: queria ser poeta.
E o menino, que virara diplomata, um dia se fez poeta.
E o diplomata e o poeta passaram a andar juntos por aí a fora.
Mas logo o diplomata começou a atrapalhar os passos do poeta, impedindo-o que brincasse, usasse roupas simples e chegasse de volta em casa tarde da noite.
O poeta gostava da noite, da lua, das estrelas.
O poeta gostava também de estar sempre ao lado de amigos e amigas, de caminhar na areia da praia e molhar os pés nas águas da beira-mar; o diplomata, não.
O diplomata era um homem sério
E por não mais querer ter seus passos cerceados, o poeta decidiu dispensar o diplomata e seguir a vida ao lado de outros poetas, como Bandeira, Drummond e Neruda.
Mas o poeta também gostava de música, e por gostar de música ele resolveu fazer música.
E fez um monte de músicas, junto com os amigos Paulo, Haroldo, Toquinho, Tom, João, Ary e muitos outros.
O poeta que um dia dispensou o diplomata ficou conhecido em boa parte do mundo pelo diminutivo de Poetinha.
E viva, pois, o Poetinha que um dia disse ser São Paulo o túmulo do samba! 
CLIQUE:

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

UM DISCO PRIMOROSO

O disco Realejo Forrozeiro, gravado de modo independente originalmente no formato de LP em 1988, no Rio de Janeiro, e depois lançado em CD pela Paulus (reprodução da capa, aí ao lado), em 2000, reúne em dez faixas 19 músicas de Luiz Gonzaga (1912-89) e alguns de seus parceiros mais importantes, como Humberto Teixeira, Zé Dantas e Hervé Cordovil, todas magistralmente interpretadas pelo tocador de realejo – ou gaita ou gaita de boca - mais completo do País: o pernambucano de Caruaru Rildo Hora, que cresceu brincando e descobrindo os segredos desse complexo e limitado instrumento de difícil execução e origens chinesas localizado em tempo anterior ao nascimento de Cristo e aperfeiçoado no correr da segunda metade do século 19, na Alemanha.  
A primeira faixa traz a toada baião clássica Asa Branca e a última o choro Impertinente, gravadas pela primeira vez por Gonzaga em 1947 e 1945, respectivamente.
Os arranjos impressos no repertório escolhido a dedo por Rildo, que não esqueceu de obras-primas como Assum Preto, Xote das Meninas, Cintura Fina, Qui Nem Jiló, A Vida do Viajante e Baião, exultaram sobremaneira o genial Gonzagão, que de maneira espontânea escreveu e assinou um texto tecendo loas ao resultado final da gravação do disco - primoroso - e ao músico exemplar, seu amigo particular e conterrâneo.
“Luiz Gonzaga foi único na arte de fazer música”, devolve Rildo, que chegou a dirigir e a produzir discos do Rei do Baião e ter músicas suas por ele gravadas.
O gaúcho Chiquinho do Acordeon, de batismo Romeu Seibel (1928-93), é a cereja de Realejo Forrozeiro. 
O Brasil é devedor de reconhecimento ao talento do grande artista que é Rildo Hora.
..................................
Aí em baixo, registro fotográfico da apresentação do projeto Rodas Gonzagueanas no Centro Cultural Correios, Rio de Janeiro, dia 4 deste mês, no qual se vê, 
entre outros, Oswaldinho do Acordeon, 
Socorro Lira, Ricardo Cravo Albin e Rildo Hora.
Clique sobre a linha azul acima para ler a coluna Cascudo e Loas, inserida no newsletter Por Dentro da Midia.

sábado, 12 de outubro de 2013

BIOGRAFIAS E RODAS GONZAGUEANAS

Essa polêmica toda em torno de biografias e biógrafos já serviu para uma coisa muito importante: tirar a máscara de alguns medalhões da elite musical brasileira, como Caetano Veloso e outros que integram a tal Associação Procure Saber, representada pela negociante Paula Levigne.
Ainda acho que Chico e Gil não estão nessa...
Lembro quando uma vez eu disse a Luiz Gonzaga, rei do baião, que iria escrever um livro contando a sua história e queria a sua presença na noite de lançamento; e ele numa risada espalhafatosa simplesmente respondeu:
- Oxente, e eu mereço?
Meio tonto com o que ouvira, respondi com um “claro”.
Depois de nova risada, de novo ele:
- Você ainda não conhece o livro O Sanfoneiro do Riacho da Brígida sobre mim, que o paraibano Sinval Sá escreveu lá em 66? Pois vou lhe mandar.
E mandou, com uma enorme e deliciosa dedicatória.
Não demorei e escrevi Eu Vou Contar Pra Vocês (Ícone Editora, SP, 1990), que lancei no extinto Teatro das Nações na capital paulista, com a presença de vários grupos folclóricos e artistas de renome, como Inezita Barroso que anos antes dividira com Gonzaga uma curta e concorrida temporada no Rio de Janeiro. 
O pomposo lançamento teve direito até a uma chamada da TV Globo, com o repórter Carlos Magagnini entrando ao vivo no meio da tarde.
Lembro também da rainha do baião, Carmélia Alves, pedindo que eu pusesse em livro a sua história; e de Dominguinhos, que chegou a dar entrevista até no programa de televisão da Celia e Celma, do Canal Rural, dizendo que eu estava escrevendo a sua biografia; e a rainha do forró que não esperou por mim e lançou há pouco com pompa e circunstância a autobiografia Eu Sou Anastácia!, escrita em parceria com sua conterrânea jornalista Lêda Dias; e Antônio Barros e Cecéu, que andam chateados por eu não ter escrito até agora um livro contando a história dos dois, que são os mais importantes e profícuos autores de xotes, forrós e arrasta-pés do País...
Ah! Caetano, vá catar coquinhos.

GONZAGUEANAS
Hoje faz uma semana que iniciamos a primeira das três apresentações do projeto Rodas Gonzagueanas no palco do Centro Cultural Correios, 
no Rio de Janeiro, reunindo alguns dos mais importantes e representativos artistas da nossa música popular: Oswaldinho do Acordeon, Rildo Hora, Zé Calixto, Chico Salles (esses dois comigo, na foto ao lado), Anastácia e Socorro Lira; o poeta repentista Azulão, o pesquisador Ricardo Cravo Albin, que dá nome a um instituto e ao dicionário de MPB mais consultado do País; o produtor musical mais premiado do Brasil, José Milton, mediados por mim.
Na foto acima aparecem o zabumbeiro Zé Gomes, o percussionista Zé Leal, Oswaldinho do Acordeon, Socorro Lira, eu, José Milton e Azulão. 
A produção executiva do projeto Rodas Gonzagueanas, que começou com uma apresentação em dezembro de 2005, no Teatro Brincante (leia-se Antônio Nóbrega), é assinada por Andrea Lago; e a captação e edição de imagens, por Darlan Ferreira.

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

AO VINAGRE A MEMÓRIA DO PAÍS

Por telefone, um amigo tirador de sarro me acordou hoje perguntando por que eu não dou já uns cascudos no coco do Chico e no coco do Gil. Eu não achei graça e respondi que ainda é cedo para uma decisão dessas, até porque não creio que sejam eles a favor da censura e contra a atividade dos biógrafos. Sobre Chico, aliás, já foram publicados vários livros que o artista/personagem levantasse nenhum problema; e sobre Gil, também. Mas o assunto é sério e por isso precisa de um desfecho imediato, juridicamente legal e feliz para todos.
O cascudo de hoje é pro coco do senhor Roberto, que certamente se sentiria muito bem ao lado de figurinhas carimbadas como Goebbels e “dom Augusto Pinochet”, como ele se referia ao chefe do governo militar chileno. Clique: http://www.youtube.com/watch?v=SpdjnkyOjXI
As loas vão para Marilu Cabañas e Anelize Moreira, repórteres da novíssima Rádio Brasil Atual, que estão entre os vencedores da 35ª edição do Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos. 
O tema ainda vai dar pano pra manga.

CARTOLA
E hoje é dia de Cartola, de nascimento Angenor de Oliveira.
Carioca, Cartola nasceu no dia 22 de outubro de 2908 e morreu no dia 30 de novembro de 1980.
Ele deixou vários clássicos musicais, entre os quais As Rosas Não Falam.

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

MAZELAS DO BRASIL EM FRANKFURT

Razões que me atormentam desde o último fim de semana têm a mim me impedido de preencher este espaço com o conteúdo necessário, e de sempre, mas notícias vindas de Frankfurt forçam-me a tatear o teclado para dizer que assino em baixo tudo o que o Laurentino Gomes, o Luiz Ruffato e o Marçal de Aquino falaram lá na feira do livro, e que a Folha, edição de hoje, reproduz.
Laurentino falou em defesa das biografias e da livre expressão, Ruffato sobre mazelas brasileiras, explicando que é papel da literatura “fazer uma reflexão da sociedade” e Marçal disse preferir “um artista que faça política a um político que faça poesia”. Marçal disse isso em resposta ao vice-presidente da República, Michel Temer, que elogiou a si próprio como poeta, num discurso na feira do livro, no gênero a maior do mundo.
E nem se falou o quão difícil é fazer pesquisa e publicar livro sobre cultura popular no nosso País.

ENDOIDOU
O mano Caetano, de tantas caras e bocas, de falas críticas e polêmicas jornais a fora, anda sempre arrumando um jeito de estar na crista da onda, mas agora exagerou ao defender a censura para escritores que queiram contar histórias de figuras públicas sem o prévio consentimento delas. Noutras palavras: o filho de dona Canô, outrora tão defensor das liberdades democráticas, incluindo a livre expressão, agora se diz contra biografias não
autorizadas. E isso quer dizer o seguinte: pau – e cana – nos biógrafos!
Sinto que o Caê tá é querendo um cascudo. Pois tome um, cabra!

Hoje teço loas a Roberto Cabrini, por expressar-se de modo tão objetivo ao dizer claramente, entre tantas coisas, que o fazer jornalístico só tem razão de ser quando beneficia a coletividade e cidadãos ameaçados nos seus direitos de ir e vir. A sua presença ontem no seminário internacional mídia JOR, promovido pela revista Imprensa, no auditório da Aliança Francesa, foi um chamamento à razão e à inteligência. Participaram do evento, além de Cabrini, Rubem Valente e Sergio Lírio, mediado por Colibri Vita (acima). Também estive lá,ao lado de Sinval de Itacarambi Leão, da revista Imprensa; e de Luciana Freitas, editora do newsletter Por Dentro da Midia .

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

INSTITUTO MEMÓRIA BRASIL, DOIS ANOS

Hoje 3, faz dois anos de fundação do Instituto Memória Brasil, IMB.
O IMB, com acervo de 150 mil itens formado nos últimos 40 anos, tem nos seus quadros advogados, editores, poetas, músicos, atores, jornalistas e escritores como Roniwalter Jatobá, Eduardo Ribeiro, Jorge Mello, Jorge Paulo, Roberto Marino, Oswaldinho do Acordeon, Osvaldinho da Cuíca, Jorge Ribbas, Papete, Théo de Barros, André Domingues, Alessandro Azevedo, José Cortez, Marco Haurélio, Chico Salles e Celia e Celma, entre outros.
Para comemorar a efeméride apresentaremos, entre amanhã e domingo, no Rio de Janeiro, o projeto Rodas Gonzagueanas (clique na linha azul, acima), que tem por objetivo mostrar facetas desconhecidas do rei do baião, Luiz Gonzaga, e aspectos importantes da sua obra.
O livro Lua Estrela Baião a História de um Rei (Cortez Editora) e o CD O Samba do Rei do Baião (Genesis) serão lançados na ocasião.

EMILINHA
Hoje faz oito anos do desaparecimento da cantora carioca, de Mangueira, Emília Savana da Silva Borba, por todo mundo conhecida como Emilinha Borba.
Foi Emilinha quem originalmente gravou e lançou em 1950 o baião Paraíba.
Acima, Gonzaga ensina a Emilinha passos do baião (foto extraída do livro Dicionário Gonzagueano.

ZÉ RAMALHO
O cantor, compositor e instrumentista paraibano Zé Ramalho, de batismo José Ramalho Neto, completa hoje 64 anos de idade. Ele nasceu no sertão de Brejo do Cruz e é um dos mais aplaudidos artistas do Brasil. Em 2009, Zé gravou um CD inteiro com músicas de Luiz Gonzaga.
Viva Zé!
Clique:

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

RILDO HORA E OUTROS BAMBAS DA MPB

Um time de representantes da boa música entrará em campo com saber e alegria sexta, sábado e domingo no Centro Cultural Correios, no Rio de Janeiro, com a finalidade de fazer belos gols: Socorro Lira e Oswaldinho do Acordeon nos dias 4, 5 e 6 próximos, acompanhados do pesquisador musical Ricardo Cravo Albin - que dá nome ao dicionário de MPB mais completo - e do gaitista e compositor pernambucano Rildo Hora no primeiro dia, sexta 4; a rainha do forró Anastácia, o cantor e compositor Chico Salles e o mestre dos 8 baixos Zé Calixto, no segundo dia, sábado 5; e o produtor musical mais premiado do País, José Milton, e o cantador e cordelista Azulão, um dos fundadores da famosa Feira de São Cristóvão, no terceiro dia 6.
Durante esses três dias, eu atuarei na condição de mediador, provocador de falas e histórias.
Pelo menos quatro músicas inéditas de Luiz Gonzaga serão apresentadas, ao vivo: Tudo é Baião, resultado de parceria com o pernambucano Zé Dantas; Ai, Ai, Portugal, fado-baião, com Humberto Teixeira; Dúvida, valsa, com Domingos Ramos; e Meu Pandeiro, samba, com Ary Monteiro.
Essas músicas, mais outras dez, se acham no CD O Samba do Rei do Baião (Genesis), que será lançado na ocasião juntamente com o livro infanto-juvenil Lua Estrela Gonzaga a História de um Rei (Cortez Editora), de minha autoria com ilustrações de Luciano Tasso.
O disco (aí, na reprodução da capa) e o livro tem a chancela do Instituto Memória Brasil, IMB, que amanhã 3 completa dois anos de existência legal e o seu acervo uns 40.
Você quer saber "quem é quem" do time que ora integra o projeto Rodas Gonzagueanas levado ao palco pela primeira vez em dezembro de 2005, no teatro paulistano Brincante, do multitudo Antônio Nóbrega? Então clique sobre a imagem lá em cima.
E sobre o rei do baião Luiz Gonzaga, hein?
Clique abaixo para ler a edição completa do especial Memória da Cultura Popular nº 4, resultado de parceria firmada entre o Instituto Memória Brasil e o mais antigo e ágil newsletter do País, o Jornalistas&Cia:
http://www.jornalistasecia.com.br/edicoes/culturapopular04.pdf

CASCUDO E LOAS 
Com esse título, estreei estreei coluna especial no site Por Dentro da Mídia.
Hoje, pra valer, o tema que abordo na coluna é o ministro do STF e o Papa Francisco.
Eu começo dizendo que o mandachuva do Supremo Tribunal Federal, Joaquim, merece um cascudo; e o Papa Francisco, loas.
Clique:

terça-feira, 1 de outubro de 2013

ORA, ORA, VERGONHA DE SER CAIPIRA?

Hoje, 1º, é a primeira das cinco terças-feiras de outubro, que também terá cinco quartas e cinco quintas até dezembro.
Foi numa quinta-feira da segunda metade de um mês como este, em 1929, que o mundo tremeu com a quebradeira provocada pela Bolsa de Valores de Nova Iorque.
Fortunas foram para o ralo em segundos.
E foi também em 1929 que o tieteense Cornélio Pires (ao lado, entrevistando um caipira), brincante de origem, arriscou todos os seus tostões na gravação dos primeiros discos com registros da cultura musical popular do interior paulista (acima, clique).
A primeira leva saiu em maio, pela Columbia.
A segunda em outubro, numa segunda ou terça-feira, com a significativa gravação da primeira moda de viola feita em disco de 78 RPM, intitulada Jorginho do Sertão.
Uma obra-prima.
E nesta segunda os Estados Unidos amanheceram em crise, de novo, por consequência da incapacidade do Congresso em negociar com a oposição um acordo para a aprovação do orçamento do governo Obama. Resultado disso é que uma quantidade enorme de norte-americanos ficará de braços cruzados e chorando pitangas até sabe-se lá quando. O prejuízo já é avaliado em algo em torno de 1 bilhão de dólares.
Os cidadãos comuns de lá ficarão sem salários, mas os militares continuarão a receber seus soldos em dia.
Cornélio pôs a bola caipira para rolar no campo e na cidade.
Um orgulho de todos até então, hoje não.
Outro dia ouvi o secretário de Cultura de Tietê lamentar o sentimento de vergonha que os paulistas hoje nutrem por sua música e seu sotaque.
Hoje leio notícia nesse sentido, dada pelo violeiro Roberto Corrêa, de Campina Verde, cidadezinha bela e aprazível de nem 30 mil habitantes, localizada no chamado Triângulo Mineiro.
Roberto, com a palavra:
- Quando você estuda a cultura caipira, um dos aspectos com os quais você se defronta é o preconceito, que começou com os viajantes do século 19, que descreviam essa região como de povo maltratado. Quando você fala do homem rural nordestino vem à mente aquele homem com chapéu de couro. Do gaúcho, aquele homem com bombacha. Quando se fala do homem rural paulista, é aquele homem desdentado...
O escritor Monteiro Lobato fez muita coisa legal, criou muitos personagens bacanas, mas também alguns que não deveria ter criado, como Jeca Tatu, pobre, doente, preguiçoso, desdentado...
E o resultado aí está.

RODAS GONZAGUEANAS
Entre os dias 4 e 6 vamos contar uma história incrível, a do matuto (equivalente a caipira) Luiz Gonzaga, o rei do baião, no Centro Cultural Correios, no Rio de Janeiro. Clique:

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