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domingo, 16 de outubro de 2016

BOB DYLAN E TONICO E TINOCO

O mundo continua caindo de pau no laureado compositor baladeiro Bob Dylan. Para ele, tanto faz receber ou não paulada, por causa do Nobel que acaba de receber. Aliás, a láurea lhe renderá cerca de um milhão de dólares, bom, né?
É bobagem essa história de que o cara não é literato. Ora, boa parte dos poemas de sua autoria tem inegável valor literário. Na verdade, há apenas dois tipos de literatura: a boa e a ruim.
Música em disco é uma invenção relativamente nova. No Brasil essa invenção chegou em 1902 e a primeira voz humana nacional gravada foi a de Manoel Pedro dos Santos, o Bahiano, para a Casa Edson do Rio de Janeiro.
A música gravada, trouxe letra do poeta Xisto Bahia (1841-1894). Título Isto É Bom, lundu. A discografia mundial está recheada de pérolas poéticas.
Ali por 1909, 1910, Bahiano e Mario Pinheiro gravaram o belíssimo poema de Castro Alves, O Gondoleiro do Amor.
Claro, o autor jamais poderia imaginar que enriqueceria o repertório musical do nosso País.  Há muitas gravações desse poema, ouçam a versão da dupla Tonico e Tinoco:



O Gondoleiro do Amor foi escrito em 1867 para a atriz do teatro português Eugênia Câmara, paixão retumbante do poeta baiano. Eugênia nasceu dez anos antes do poeta em 1837, e morreu três anos depois dele. Castro Alves partiu para a Eternidade com apenas 24 anos de idade. Ah, O Gondoleiro do Amor foi publicado originalmente no livro Espumas Fluctuantes, em Portugal. Uma curiosidade para os mais próximos: um exemplar dessa edição eu presenteei ao querido Elomar Figueira Mello.

PROFESSOR

Ontem foi o dia do professor, mas nem deu prá comemorar. Nos últimos meses, só em São Paulo, mais de quarenta mil professores pediram boné e partiram para outras ocupações, triste, não é? Para preencher as vagas, o governo começa a convocar 21.000 professores aprovados no último concurso público. Enquanto isso, a turma da Câmara Federal aprova a 100ª Proposta de Emenda Constitucional, PEC 241, que limita a farra do governo com a verba pública. Tomara que isso não prejudique ainda mais as áreas de saúde e educação. E ninguém fala em Cultura, por que?



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