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quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

VIVA VANJA ORICO!

O câncer é morte, e como tal uma "coisa".
O câncer é morte, e como tal intratável.
No mundo, há gente boa e gente ruim.
Gente ruim é intratável.
Na literatura universal, a morte é referida como uma senhora muito feia. Essa senhora, é mais feia do que qualquer bruxa do mal. Ela, toda maltrapilha, carrega às costas uma foice muito bem amolada. E dela ninguém escapa, nem as estrelas como Vanja Orico.
Já escrevi diversas vezes sobre a importância da cantora e atriz carioca Vanja Orico. 
Em 2009 escrevi, por exemplo:
Comecei a blogar textos de forma tímida e descontinuada, sem pretensão.
O primeiro que escrevi foi sobre a atriz e cantora carioca Vanja Orico, de batismo Evangelina, cuja fala a respeito de suas experiências mundo a fora eu mediei na tarde de 26 de março de 2009, para pequena – e seleta – plateia na área de convivência da unidade Sesc Vila Nova http://assisangelo.blogspot.com.br/2009/04/dia-da-mentira.html
Vanja, estrela do filme O Cangaceiro, clássico de Lima Barreto, foi a primeira e única atriz brasileira e da América do Sul a ser dirigida pessoalmente por Federico Fellini (Mulheres e Luzes) na Itália, em 1950.
A sua discografia é extensa.
A primeira música que ela gravou, em abril de 1953, foi Sodade Meu Bem Sodade, de Zé do Norte, pseudônimo do paraibano de Cajazeiras Alfredo Ricardo do Nascimento (1908-79).  
De batismo Evangelina, a artista que ficou conhecida no mundo todo como Vanja Orico deixou um legado muito importante para a cinegrafia mundial.
Ela nasceu 15 de novembro de 1931 e morreu ontem, vítima de câncer.
A cultura brasileira, sem ela, fica mais pobre.

PARABÉNS
Ontem foi um dia de festa para a jornalista Luciana Freitas e seus amigos. Motivo: Seu aniversário, que foi compartilhado com grande animação no espaço de comes e bebes num shopping da capital paulista. Com ela estiveram cantando parabéns a filhona Carol, o pai Eli, as irmãs Elaine e Viviane, os primos Sidnei e Shirlei, o companheiro Maurício e sua filha Tatá, a jornalista Rosely Tardeli (a primeira apresentadora do programa Roda Viva da TV cultura) e mais uma multidão de gente bonita. Tin, tin, viva Luciana!

Luciana é a titular do portal Por Dentro da Mídia: http://pordentrodamidia.com.br/ 



segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

VANDRÉ E O ANIVERSÁRIO DE SÃO PAULO

Numa longa entrevista que fiz com Geraldo Vandré em 1978, para o suplemento dominical, já extinto, Folhetim, do jornal Folha de São Paulo, fiquei sabendo que ele, Vandré, nascera na capital de São Paulo no começo dos anos 1960.
Vandré é o alterego do paraibano, de João Pessoa, Geraldo Pedrosa de Araújo Dias, de profissão advogado. 

Está claro, não está, que Vandré é uma criação do Dr. Pedrosa?
Pois bem, os anos se passaram e nos tornamos amigos.  
Há 25 anos, eu desenvolvo uma pesquisa sobre a música composta para a cidade de São Paulo. Já são mais de 3.000 títulos devidamente catalogados nos arquivos do Instituto Memória Brasil - IMB, que presido.
Há pelo menos duas décadas, durante conversa de miolo de pote, indaguei a Geraldo/Vandré porque a té então não compusera uma música ou poema sobre  a cidade paulistana.
Com ar de paisagem, ele respondeu:
 - É mesmo...
O tempo continuou a passar, ou nós por ele, e o fato é que um dia Geraldo me apresentou um poema a que deu o título de A Rosa do Povo.
Para minha surpresa - e alegria -, na noite de 24 de março do ano passado, no palco do Teatro Bradesco, a personagem de Geraldo Pedrosa de Araújo Dias declamou um fragmento do referido poema para a uma platéia estasiada.
A seu lado estava o mito feminino da música de protesto norte americano, Joan Baez.
A cidade de São Paulo foi fundada em 1554, por jesuítas.
Ontem, a capital paulistana completou 461 anos.
Foi um aniversário e tanto.
Detalhe: O parceiro Darlan Ferreira do IMB, postou no facebook o trecho poético declamado naquele teatro. Isso, às 3:43 da madrugada de domingo.
De novo, para minha surpresa, o post de Darlan não mereceu, até agora 17:43 se quer uma curtidazinha da parte dos "Feicebuqueiros".
Que conclusão pode se tirar daí?
O post é este, clique: https://www.youtube.com/watch?v=mtckSd7DSJA

P.S. Após fazer a postagem referente a Vandré, Darlan fez algumas postagens digamos, banais, e essas postagens mereceram curiosamente a atenção de feicebuqueiros, que as curtiram.

domingo, 25 de janeiro de 2015

SÃO PAULO DE TODOS NÓS

Como todos os dias, acordei viajando através dos "dials" das emissoras de rádio AM e FM. Na PAN futebol, futebol, futebol. Na estadão, a história dos 140 anos de fundação O Estado de S. Paulo e uma reportagem especial o aniversário da capital paulista, ocorrida em 1554. Na CBN, escutei notícias de arrepiar: os salários de marajá que as nossas autoridades estão recebendo. Algo em torno de 33 ou 34 mil reais mensais, é mole?! Enquanto isso, o salário mínimo recentemente anunciado pelo ministro da área econômica, não passa de 780 reais. E por aí fui ouvindo as rádios.
Em Taiwan, um cara morreu depois de três dias seguidos sem sequer dormir, jogando vídeo game.
Aqui de lado, um amigo me disse que lá pela bandas da Ásia um cara também morreu depois de trabalhar durante 14 dias sem parar. Ah, mas isso nós todos fazemos aqui no Brasil e continuamos... quase vivos.
Hoje cedo no rádio também ouvi meu amigo Luiz Wilson pondo pra tocar no seu programa na rádio FM Imprensa a bela música São Paulo de Todos Nós, gerada do talento de Peter Alouche e Teo Azevedo.
São Paulo de Todos Nós é o hino que falta para Sampa.
Na rádio Web da agencia sindical comandada por João Franzin você que está me lendo pode ouvir, em três horários (9h00, 16h00 e 21h00 até o dia 31 de Janeiro), uma entrevista que dei ao colega e amigo José Donizete sobre os 461 de fundação de S. Paulo.

Clique aqui.
Viva São Paulo!

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

O SAGRADO RESPEITO, EM DISCUSSÃO

O mundo está pegando fogo, de canto a canto.
Aliás, nem precisamos rever Nostradamus para concluir que o fim geral está próximo.
O desrespeito grassa entre todos os povos, a prova disso  está bem perto de nós: aqui no Brasil, na Europa e no chamado “mundo Árabe”.
No correr do século passado, ainda no tempo em que frequentava eu a escola, aprendi que “a liberdade de um termina onde começa a de outro”.
Isso era destaque natural da matéria  Educação Moral e Cívica, hoje infelizmente banida do ambiente escolar.
É claro que o tema liberdade de expressão merece atenção e debates para que não caiamos num buraco profundo do desrespeito entre as pessoas. O que os chargistas do semanário Charlie Hebdo fizeram foi, infelizmente, ultrapassar a barreira do desrespeito entre uma pessoa e outra ou entre um povo e outro.
 O Papa Francisco ontem tocou no assunto no que me refiro neste texto, acrescentando que se alguém, de algum modo, desrespeitasse a sua mãe, ele, o Papa, revidaria provavelmente um murro.
Mas para não piorar a situação, ele fez uma ressalva: não se pode matar em nome de Deus.
Num tempo já distante estudei religiões, especialmente a Católica, ajudei padre a rezar missa etc.
O que eu quero dizer com isso?
Cada mundo tem a sua cultura.
A minha sábia avó materna dona Alcina, que se acha noutra dimensão há muito tempo, ensinava que nunca se deve mexer com religião, tampouco provocar pessoas. E ela dizia mais, lembrando uma passagem bíblica: “Quem cm ferro fere, com ferro será ferido”.
Em suma: em casa de marimbondo não se mexe.
Se sou Charlie?
Não, eu sou Assis Ângelo, um ser que julga ter aprendido a respeitar o próximo; até porque, o próximo somos nós.
Sou a favor do ensino, da educação, da democracia, da liberdade.
Ah, sim!
Você sabia que diariamente no Brasil são assassinadas por motivos diversos cerca de 150 pessoas?
O mundo precisa se reeducar.
O Pasquim dava de zero na chamada grande imprensa e também no anarquista Charlie Hebdo, que hoje está chegando às bancas do Reino Unido.
Viva o respeito entre todas as pessoas!

O QUE ESTÁ ACONTECENDO COM OS ESTUDANTES
Cerca de seis mil estudantes se inscreveram no último ENEM. No teste de redação, quase 600 inscritos conquistaram com seu talento e sensibilidade a nota zero. Isso, numa escala de zero a mil. Dos 250 rapazes e moças que conseguiram a nota máxima, curiosidades se destacaram. Num dos textos, cujo tema era a mídia na infância, houve um jovem que deixou claro não entender em que situação se coloca as expressões  “esse e este”. E mais: desconhecia a palavra “carismático”.

E aí?

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

SEREMOS REFÉNS DO MEDO?

O mundo livre vive sobre um barril de pólvora. E há muito. O fuzilamento dos chargistas do semanário Charlie Hebdo mais uma vez veio a provar isso. E a reação esperada das autoridades francesas, comprova: os fuziladores foram fuzilados.
E o que isso quer dizer, que o mundo livre está livre das ações dos malucos solitários que se multiplicam por aí a fora?
Claro que não, o mundo livre a que me refiro é o mundo do cidadão comum, como eu e você que veio passear e por aqui tem encontrado obstáculos enormes, que vão desde o assalto à mão armada, estupro, sequestro, latrocínio, etc., até as degolas de inocentes praticadas pelos carrascos do estado islâmico.
A inacreditável mobilização policial que resultou na morte dos irmãos Kouachi não quer dizer que estamos livres da violência que a nós pobres mortais se apresentam no dia a dia.
A força policial posta à caça dos assassinos dos chargistas, também nos assusta.
Nos assusta porque a máxima baseada na lei universal que diz que “somos todos inocentes até prova contrária”, pode ser invertida.
Por essa linha de pensamento, somos, a rigor, todos suspeitos.
Os parisienses estão naturalmente em clima de sobressalto e o resto do mundo, também.
Mas uma coisa é certa: não dá pra alisar cabeça de terrorista.
Quando eu escolhi o Jornalismo como profissão, há uns 40 anos, eu já sabia que não era bolinho o que eu tinha escolhido. Eu sabia que a profissão já era de risco. E fazer graça, então, também não é bolinho.
Aquela história de que “livre pensar é só pensar”, carimbada por mestre Millôr, não é bem assim. Pagamos por pensar, em qualquer sentido que signifique isso.
Aquela história de que “viver é um negócio perigoso”, de mestre Rosa, vivida por um de seus personagens no livro Grande Sertão: Veredas, foi mais uma vez comprovada pelo brutal assassinato dos chargistas do Charlie Hebdo.
Mas, é claro, nem sempre levamos a sério algumas coisas sérias que lemos ou que ouvimos dos nossos antepassados.
Exemplo?
“Pra viver basta estar vivo.”

Viva a vida!

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

VIVA O MUNDO LIVRE!

  "Livre pensar é só pensar", garantia o cartunista-filósofo Millôr Fernandes.
"Viver é um negócio muito perigoso", dizia o escritor Guimarães Rosa através de um de seus personagens no livro Grande Sertão: Veredas
"Pra morrer, basta estar vivo", segundo a sabedoria popular.
Os cartunistas franceses que tombaram ontem pelos disparos de dois malucos fundamentalistas certamente sabiam disso, mas não seguiram nenhuma dessas recomendações.
Os tiros que mataram esses valorosos profissionais, críticos de si próprios e, em última análise, do mundo em que vivemos também nos acertaram, deixando-nos em terrível sobressalto.
O ataque ao semanário Charlie Hebdo deverá servir de combustível para o fortalecimento da democracia.
Viva a vida!


PS - O Charlie Hebdo, inspirado no personagem Charlie Brown, voltará às bancas na próxima semana, com a tiragem de 1 milhão de exemplares. Detalhe: A tiragem normal da publicação é de 60 mil exemplares.

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