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domingo, 17 de dezembro de 2023

LICENCIOSIDADE NA CULTURA POPULAR (61)

"Outro dia eu fui atropelada por uma viatura policial. Umas pessoas que passavam na ocasião pelo local me levaram à Santa Casa de Misericórdia. Agora, em consequência do acidente, estou usando um pedaço de platina nos joelhos" - Maria Reis Bento da Silva.

É ela que aliando à luz 
Do olhar protervo o indumento 
Vilissimo do servo ao brilho 
Da augustal "toga pretexta"
Sente alta noite em 
Contorções sombrias
Na vacuidade das entranhas frias 
O esgotamento intrínseco da besta! 

("A Meretriz", Augusto dos Anjos)

A Secretaria da Segurança Pública e a Delegacia Geral de Polícia de São Paulo não sabem informar o
Hiroito
número de prostitutas em atividade na cidade, mas calcula-se que, pelo menos, 250 mil mulheres vivam da comercialização do próprio corpo, muitas delas, inclusive, de menor idade. O Juizado também não tem números precisos.
Há muitos anos, elas viviam numa espécie de confinamento, no bairro do Bom Retiro. Mas, lembra um dos antigos “reis” da Boca do Lixo, Hiroito Joanides (autor de "Boca do Lixo”), hoje, na medida do possível, um cidadão de respeito, "empurradas pela repressão policial, as prostitutas foram subindo as avenidas principais, no sentido cidade- bairro. Desde a praça Júlio Mesquita estendeu-se a prostituição pela av. São João acima, até alcançar e subir pela Av. Angélica. No fim desta, ramificou-se parte dela dobrando à direita, seguindo o curso da Av. Dr. Arnaldo, enquanto a outra parte, que dobrara à esquerda, seguira pela av. Paulista. Uma terceira ramificação ainda metia-se pela Av. Rebouças, passando desta para a av. Brasil, República do Líbano e parque do Ibirapuera. Uma outra corrente que desde a praça Júlio Mesquita descera a av. São João rumo ao centro da cidade, se estenderia à praça do Correio, não sem antes bifurcar- se na av. Ipiranga, por onde seguiria até a rua da Consolação e, por esta, até a av. Paulista. Era esse o cenário da prostituição em São Paulo, já no ano de 1970".

(CONTINUA NA PRÓXIMA EDIÇÃO…)
Foto e reproduções de Flor Maria e Anna da Hora

sábado, 16 de dezembro de 2023

LICENCIOSIDADE NA CULTURA POPULAR (60)

Em 1978, eu era repórter da Folha.
No suplemento dominical desse jornal, Folhetim, fui às ruas, apartamentos e bordéis para ouvir e registrar histórias vivas ocorridas com prostitutas de idades diversas com atuação na Capital paulista. Foram depoimentos incríveis, tocantes.
Para formar a reportagem intitulada A Luta Eterna das Damas da Calçada, publicada na edição de 4 de dezembro da Folha, ouvi o então delegado geral de polícia, Tácito Pinheiro Machado e até um rufião famoso chamado Hiroito Joanides (1936-1992), que anos depois publicaria um livro contando suas origens e trajetória criminosa na "boca do lixo" paulistana, local de tudo quanto é crime até os dias de hoje.
Ah! Sim, ia me esquecendo de dizer que já nos anos de 1970, antes até, São Paulo tinha uma área mais ou menos especial em que prostitutas e travestis praticavam o comércio sexual. Isso, aliás, é recordado por Hiroito: “O comércio sexual saiu da periferia e alcançou rapidamente vários pontos do centro da cidade”.
Em 1992, o vereador Zé Índio apresentou projeto na Câmara para “confinar” prostitutas, travestis e tal. O local em vista era o Sambódromo. Houve uma gritaria dos infernos. A população reclamou e depois de tanto reclamar o vereador recuou dizendo que “Sou o autor do projeto e não quero que algo assim tenha qualquer ligação com o Sambódromo. Essa área deve ser criada em lugares afastados da cidade”. Mas aí já era tarde.
O extinto jornal paulistano Notícias Populares em manchete de 1ª página, edição de 4 de dezembro de 1992, estampou: São Paulo ganha o 1º putódromo - Sambódromo viral bordel!
Fica o registro.
Essa reportagem, que à época da sua publicação provocou polêmica, compartilho com vocês a partir de agora.

A rua dos destinos
Desgraçados faz medo
O vício estruge
Ouvem-se os brados
Da danação carnal...


"Tenho dois filhos, um menino e uma menina. Ambos são lindos. A garotinha, hoje com 13 anos, quer ser médica. Vou fazer o possível e até o impossível para que ela seja médica. Se sou, ou fui, uma senhora casada? Não. Cai na realidade aos treze anos, no interior da Bahia. Nem sei quem é, ou quem são os pais dos meus filhos" - Elvira Baiana Lopes de Almeida, 40 anos, em São Paulo desde 1957.

É a meretriz que
De cabelos ruivos bramando
Ébria e lasciva hórridos
Uivos na mesma esteira
Pública recebe entre
Farraparias e esplendores
O erotismo das classes
Superiores e o orgasmo
Bastardissimo da plebe!

quarta-feira, 24 de maio de 2023

ESTAMOS DE VOLTA À PRÉ-HISTÓRIA

Essa tirinha faz parte do livro Pré-Histórias, do cartunista Fausto Bergocce
 
Um terço da população brasileira, cerca de 70 milhões de pessoas, se acha na linha da pobreza e boa parte se afundando na miséria.
Dados do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN) indicam que pelo menos 30 milhões de brasileiros, entre homens e mulheres, passam fome; não têm o que comer, não sabem o que comer.
Um terço da população brasileira, cerca de 70 milhões de pessoas, vive de esperança ou de reza, quem sabe?
A desigualdade entre os brasileiros é muito grande. Há um abismo, um poço sem fundo, no qual a gente anda caindo.
A população brasileira é, historicamente, miscigenada.
Formamos a nação mais miscigenada do mundo. Esse fato poderia ser uma bela amostra de integração entre as pessoas, mas não é.
Infelizmente somos uma sociedade dividida entre pobres e ricos, pretos e brancos.
A discriminação é uma praga que se acha em todos os campos sociais.
Salta aos olhos o que passa o pobre e o preto. O pobre preto então, nem se fala.
Para um pobre preto alcançar status social come o pão que o diabo amassa. Parece natural, pode parecer natural, mas não é.
Nos últimos quatro anos, o Brasil foi arrasado pelo tsunami do ódio destilado pelo poder vulgar e perigoso do nazi-bolsonarismo. E assim, mais uma vez, o Brasil foi dividido.
Quase todos os dias nos deparamos com notícia dando conta de que um brasileiro foi agredido pela ira racista, num lugar qualquer do mundo. Domingo foi em Valência, na Espanha.
É bem como eu disse ontem 23: estamos voltando ao tempo em que os trogloditas arrastavam as mulheres pelos cabelos.
E hoje não só a mulher é arrastada pelos cabelos, os pobres também; os negros, idem; e minorias como a comunidade LGBTQIAP+.
Do jeito que o mundo anda, tudo vai explodir.
Os conflitos armados continuam se multiplicando mundo afora.
Atenção, pra refletir: Lula está sendo criticado por dizer que nem a Ucrânia e tampouco a Rússia, através Zelensky e Putin, querem a paz.
Tudo gira em torno de grana e poder. 
Ao mesmo tempo que as guerras matam, as guerras fazem com que montanhas de dinheiro se movimentem em prol das grandes potências.
Enquanto isso, por não ter o que fazer, fiz este poeminha cujo título é Mais Amor e Menos Ódio:

Todos sabem muito bem
Que o mundo anda mal
Girando um tanto torto
No seu eixo natural

É caso muito sério
De difícil solução
Pode tudo se findar
À base de explosão

Como rastro de pólvora
Feito só para matar
As guerras se multiplicam
No campo, na serra, no mar

Aviões atiram bombas
Aleatoriamente
Destruindo meio mundo
E matando muita gente

Tudo isso sob as ordens
De um ser que planta o mal
De um ser que quer fazer
Nova guerra mundial

Pare enquanto é tempo
Chega de tanto terror
Em fuga o povo chora
Pedindo paz e mais amor

quarta-feira, 1 de março de 2023

AINDA HÁ ESCRAVIDÃO NO BRASIL

... Eu estava uma tarde sentado no patamar da escada exterior da casa, quando vejo precipitar-se para mim um jovem negro desconhecido, de cerca de dezoito anos, o qual se abraça aos meus pés suplicando-me, pelo amor de Deus, que o fizesse comprar por minha madrinha, para me servir. Ele vinha das vizinhanças, procurando mudar de senhor, porque o dele, dizia-me, o castigava, e ele tinha fugido com risco de vida... Foi este o traço inesperado que me descobriu a natureza da instituição, com a qual eu vivera até então familiarmente, sem suspeitar a dor que ela ocultava.
Nada mostra melhor, do que a própria escravidão, o poder das primeiras vibrações do sentimento... Ele é tal, que a vontade e a reflexão não poderiam mais tarde subtrair-se à sua ação e não encontram verdadeiro prazer senão em se conformar... Assim eu combati a escravidão com todas as minhas forças, repeli-a com toda a minha consciência, como a deformação utilitária da criatura, e na hora em que a vi acabar, pensei poder pedir também minha alforria, dizer o meu nunc dimittis, por ter ouvido a mais bela nova que em meus dias Deus pudesse mandar ao mundo; e, no entanto, hoje que ela está extinta, experimentando uma singular nostalgia, que muito espantaria um Garrison ou um John Brown: a saudade do escravo.
É que tanto a parte do senhor era inscientemente egoísta, tanto a do escravo era inscientemente generosa. A escravidão permanecerá por muito tempo como a característica nacional do Brasil...
(Massangana, trecho do capítulo 20 do livro Minha Formação, de Joaquim Nabuco; 1900)
Os exploradores do capitalismo selvagem continuam escravizando pessoas incautas e delas fazendo o que querem. De certo modo, tem sido uma rotina no Brasil. 
Somente em 2022, segundo dados da Secretaria de Inspeção do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego 2.575 pessoas foram resgatadas de locais de trabalho análogo a escravidão. A maior parte dessas pessoas foi localizada no território de Minas Gerais. Os responsáveis foram obrigados a indenizar as vítimas.
O tema continua em pauta.
Ouvi hoje 1º notícia no rádio dando conta de que a polícia rodoviária do Rio Grande do Sul localizou e livrou do trabalho análogo a escravidão 207 pessoas, todas do sexo masculino e oriundas da Bahia. Encaixam-se na faixa etária de 18 a 27 anos.
Essas pessoas aqui lembradas foram localizadas no município de Bento Gonçalves, RS. Estavam trabalhando sem nenhuma garantia na colheita de uva. O período dessa colheita vai de janeiro a março.
A respeito desse assunto, acabo de ouvir no rádio trecho de um discurso do vereador gaúcho Sandro Fantinel. Um horror. Esse cidadão precisa ser punido na forma da lei, no rigor da lei, pelos absurdos que diz no Plenário da Câmara em Caxias do Sul, RS. Ouça/veja: https://youtu.be/H2nl-nNwM6c
O pernambucano Joaquim Nabuco (1849-1910) estava adiantado no seu tempo em mais de 100 anos. No livro Minha Formação, ali no capítulo 21 (A Abolição), ele escreve:

Quando a campanha da abolição foi iniciada, restavam ainda quase dois milhões de escravos, enquanto que os seus filhos de menos de oito e todos os que viessem a nascer, apesar de ingênuos, estavam sujeitos até aos 21 anos a um regime praticamente igual ao cativeiro. Foi esse imenso bloco que atacamos em 1879, acreditando gastar a nossa vida sem chegar a entalhá-lo. No fim de dez anos não restava dele senão o pó. Tal resultado foi devido a muitas causas... Em primeiro lugar, à época em que foi lançada a idéia. A humanidade estava por demais adiantada para que se pudesse ainda defender em princípio a escravidão, como o haviam feito nos Estados Unidos. A raça latina não tem dessas coragens. O sentimento de ser a última nação de escravos humilhava a nossa altivez e emulação de país novo. Depois, à fraqueza e à doçura do caráter nacional, ao qual o escravo tinha comunicado sua bondade e a escravidão o seu relaxamento. Compare-se nesse ponto o que ela foi no Brasil com o que foi na América do Norte. No Brasil, a escravidão é uma fusão de raças; nos Estados Unidos, é a guerra entre elas...

Em 2000, o cantor e compositor Caetano Veloso melodiou parte do texto Massangana. O texto musicado foi o título do CD Noites do Norte. Ouça: 


LEIA MAIS: MARIA FIRMINA DOS REIS, 100 ANOSIMPRENSA NEGRA, RESISTENTE E HEROICA: PARTE IHISTÓRIA VIVA, MEMÓRIA MORTA. PAÍS SEM MEMÓRIAJESUS SEMPRE FOI UM CARA NEGRO. PONTO (1)LEI PRA INGLÊS VER

RUY BARBOSA 100 ANOS

O baiano Ruy Barbosa foi uma das mentes mais brilhantes do Brasil. Sem dúvidas. Foi ele também o primeiro ministro da Fazenda da 1ª República. Governo Deodoro da Fonseca. Sua inteligência ultrapassou fronteiras. Foi aplaudido nos EUA e Europa. Na Holanda a Imprensa o chamou de Águia de Haia. O apelido pegou e ficou no imaginário popular. Tentou ser presidente em 1909, disputando com o marechal Hermes da Fonseca. Perdeu. Em 1919 tentou novamente ser presidente, disputando com o paraibano Eptácio Pessoa. Perdeu. Antes disso, muito antes, mandou queimar documentos importantes referentes ao período da escravidão no Brasil. Crime. Desse crime jamais livrou-se.
Ruy Barbosa de Oliveira nasceu na cidade de São Salvador, BA, no dia 5 de novembro de 1849 e morreu em Petrópolis, RJ, no dia 1º de março de 1923.

LEIA MAIS: O NEGRO NA HISTÓRIA (1)ARTISTAS ENGAJADOS

quarta-feira, 18 de agosto de 2021

PRETO DE ALMA BRANCA

 A história do negro no mundo é terrível.
O tráfico de africanos escravos para o Brasil começou em 1550.
A história conta que cerca de 5 milhões de africanos foram transformados em escravos no nosso País. No correr da travessia pelo Atlântico, pelo menos 2 milhões de africanos foram atirados ao mar. Alguns, vivos.
Não é possível esquecer a tragédia da escravidão, no Brasil.
Num tempo lá atrás, ouvi muito pessoas referirem-se a negros como: "Coitado de fulano, é um preto mas de alma branca".
Terrível.
E o que dizer de um negro fantástico como Martinho da Vila, de batismo Martinho José Ferreira, referir-se a alguém da cor da sua pele como: “(...) É um preto de alma branca."?
A pessoa a quem se refere Martinho ocupa um cargo importante na Fundação Palmares. Essa pessoa tem trabalhado publicamente contra os negros, embora negra seja. 
A Fundação Palmares foi criada para defender a cultura produzida pelos negros. Importantíssima essa fundação. Hoje, porém, desvirtuada nos seus propósitos originais.
A fala de Martinho da Vila ocorreu segunda-feira 16, no programa Roda Viva, da TV Cultura, canal 2.
Na fala, o destaque:
“A Fundação Palmares era uma fundação criada para tratar dos assuntos da cultura negra. Mas botaram aquele cara lá, o Camargo, um bolsonarista radical. Ele é um preto de alma branca, como se diz. No duro, ele gostaria de ser branco e se sente branco. Para ele, tem que acabar com todas as coisas de negro".
Martinho da Vila é uma referência necessária, em qualquer tempo. Sua obra é fundamental, grande do tamanho do seu talento.
Há alguns anos eu, o entrevistei no programa São Paulo Capital Nordeste. Confira:
 

LEIA MAIS:

terça-feira, 1 de dezembro de 2020

POR QUE BRANCO MATA TANTO PRETO?

Já falei do que não presta
De morte, perseguição
De rico ferrando pobre
De pobre morrendo em vão
De branco matando preto
Com prazer, sem punição


Mais uma bala policial atinge mortalmente um preto, em São Paulo.
Foi na madrugada de sábado 28.
Wellington Copido Benfati, que todo conhecia na região oeste da Capital paulista, foi apartar uma discussão entre amigos e levou um tiro.
O autor do disparo, um policial, disse que atirou pra cima.
Se o policial atirou pra cima...
O fato é que Wellington, NegoVila, foi morto com um tiro.
NegoVila era um artista plástico, um muralista, um menino de 40 anos que teve a vida finda com uma bala espetada no peito.
Fico pensando: se a bala disparada pra cima levou NegoVila ao chão...
O autor do disparo, um policial, terminou confessando ao delegado de plantão da 14º Delegacia (Pinheiros), que deu outro tiro e esse tiro foi mortal.
Por que se mata tanto negro no Brasil?
O Brasil é um país formado, na sua maioria, por pretos e pardos.
Quem nasce com a pele preta ou parda no Brasil, parece que nasce já com a marca de bala assassina no corpo.
Triste Brasil...

AMEAÇA

Acabo de ouvir no rádio e na televisão notícia dando conta de que a primeira prefeita eleita na história de Bauru, SP, Suéllen Rosim (Patriota), está sendo ameaçada de morte.
Suéllen é jornalista e tem 32 anos de idade. Seu pecado é ser preta. Meu Deus! Até onde vai a insanidade humana, a discriminação, o preconceito...?
Apesar de tudo, eu amo o meu País.

quarta-feira, 14 de outubro de 2020

SOMOS TODOS IGUAIS. IGUAIS?

Ouço no rádio e TV propaganda política paga em que uma cantora de samba discorre sobre o branco e o preto. Ela diz que uma entre duas pessoas da mesma profissão é preterida, na maioria das vezes, pela cor negra da pele.
Triste isso.
Dados do IBGE de 2019 indicam que 42,7% da população brasileira são de brancos. Dizem também os números do IBGE que 46,8% são, declaradamente, pardos. Dizem também os números que 9,4% são, igualmente alto declarados, pretos. E, por fim, a mesma pesquisa aponta que 1,1% dos demais brasileiros é formada por amarelos ou índios.
A população brasileira é formada por pouco mais de 200 milhões de pessoas.
A fala da cantora, Leci Brandão, lembra-me a letra da canção Pra Não dizer Que Não Falei de Flores (Vandré). Diz a certa altura: "... Somo todos iguais, braços dados ou não".
O mundo está de pernas pra cima, ardendo em fogo.
Policiais americanos e brasileiros matam gente negra como nunca. Por nada.
É o tal do racismo pegando pra capar.
O homem surgiu há muitos e muitos anos.
O Homo Sapiens, quer dizer homem "sábio", surgiu no leste da África há coisa de 350 mil anos e como tal hoje somos há algo em torno de "só" 50 mil anos. E não aprendemos. Pioramos pelo visto, a todo instante.
O homem americano que manda muito, mas tudo não manda, mente pelos cotovelos prometendo tresandar na história, caso não seja reeleito no próximo 3 de novembro.
No século 19, por aí, levantou-se a hipótese de criar várias raças humanas: branco, preto... O branco seria europeu, o vermelho norte-americano, o preto africano... Somos apenas Homo Sapiens. Agora há o racismo, não é mesmo?
Racista é o sujeito que por ignorância ou conveniência maltrata o semelhante, independentemente da cor.
Agora há pouco um cabra merecedor de peia, ocupante da cadeira de presidente da Fundação Palmares, exibiu toda sua pequinês intelectual para xingar pessoas como Marina Silva. Ela é preta, ele também. O que diferencia um do outro é, porém, a inteligência, ombridade, honradez. Isso tudo ela tem. Ele, não.
Pois é, lá está o Vandré cantando:

CONSTITUIÇÃO

 A nossa Constituição em vigor, de 1988, garante no seu Art. 5º o seguinte:

"Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade..."

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