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terça-feira, 21 de outubro de 2014

ARTISTAS ENGAJADOS

De um lado, Fagner e Fafá de Belém; do outro, Chico e Beth Carvalho; no meio, Aécio e Dilma.
Não é de hoje que artistas da música popular se juntam a políticos e partidos políticos para defender interesses populares.
Em 1909, o grande Ruy Barbosa, então senador, candidatou-se à Presidência da República, mas perdeu para Hermes da Fonseca.
Dez anos depois, o mesmo Ruy voltou a disputar a cadeira de chefe da Nação, mas de novo perdeu. Dessa vez para o paraibano Epitácio Pessoa, que – lembremos – inauguraria o rádio no Brasil, em 1922.
Detalhe: a segunda campanha de Ruy à Presidência contou com o inestimável apoio do tieteense Cornélio Pires, humorista, contador de causos e pioneiro na gravação de discos independentes no Brasil.
Mas, como se viu o apoio de Cornélio, nada ou pouco valeu a Ruy.
Na verdade, não são poucos os artistas da música popular envolvidos na conquista de votos para seus candidatos.
Foi assim sempre, desde os primeiros anos da República.
E esses apoios, além de constantes, vão num crescendo.
Resta saber até que ponto, de fato, esses apoios rendem resultados para os candidatos.



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