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quarta-feira, 29 de novembro de 2023

TODO DIA É DIA DE ONÇA (1)

Hoje é o Dia da Onça, não propriamente do Amigo da Onça. Esse, aliás, personagem clássico do chargismo brasileiro criado pelo pernambucano Péricles, que nas horas livres achava de inventar músicas, sambas e tal. 
Pois bem, hoje é o Dia da Onça Pintada.
O dia dedicado à onça serve pra gente refletir sobre sua existência. 
Existe pelo menos meia dúzia de onças de tipos variados. A onça preta é um desses tipos, por exemplo. 
Em vários países a onça já foi extinta, como nos EUA. No México está perigando, tem uma aqui, outra ali. 
Nas florestas brasileiras uma diversidade enorme de animais. O número passa de 100 mil, dos quais 1254 estão relacionados no
campo da extinção. Nossa onça é um desses animais que correm o risco de extinguirem-se pela ganância e crueldade dos homens. 
Num dos últimos incêndios ocorridos no Pantanal houve quem salvasse um exemplar da onça pintada. Foi quase um milagre, pode-se dizer.
Faz-se necessária a intervenção imediata e rigorosa do governo contra os assassinos da Natureza. 
Bom, eu fiz referência ao cartunista Péricles.
Péricles começou a publicar o Amigo da Onça na extinta revista O Cruzeiro. Desiludido, Péricles deu cabo à própria vida.
Pois é,  a extinção da vida é sempre lamentável, sob qualquer ângulo. 

MULHERES QUE CORREM COM OS LOBOS

Em todo tempo e lugar o macho forte, alfa, que bate e impõe-se à mulher está fadado ao lixo. Naturalmente. Como deve ser.
Isso talvez ainda demore a acontecer. 
Por que?
Tudo é muito louco. 
Segundo a Bíblia, Eva foi a mulher que se antecipou ao prazer ao convencer o companheiro, Adão, com o corpo gozar. 
E segundo Freud...
O número de mulheres mortas por machos no Brasil é enorme. 
Mulheres que amam, mulheres que querem viver se perdem nas garras dos espancadores e assassinos.
Outro dia ouvi uma apresentadora famosa de TV, Ana Hickmann, dizer que fora agredida violentamente pelo próprio marido. Depois de uns dez anos de convivência e um filho como resultado. 
Doeu-me o que ouvi.
E aí eu me lembrei de uma mulher chamada Clarissa Pinkola Estés, autora do livro Mulheres Que Correm Com os Lobos. Esse livro tem jeito de clássico, é clássico e tudo o mais. Foi lançado em 1992. Sua autora entende tudo de sentimento, do que rola na cabeça de todos nós. Ela  mergulhou no poço profundo da mente feminina. 
Desse poço, segundo Estés, pode ou poderia sair de volta o feminino selvagem, no sentido natural do termo.
O livro traz 14 capítulos. Um melhor do que o outro. Num deles, o primeiro ou segundo, a autora aborda o mito do Barba Azul. Noutro, talvez o terceiro ou quarto, ela fala de uma menina cuja madrasta é forçada a entrar mata adentro em busca de gravetos e fogo para aquecer a casa.
A menina referida tem encontro com uma bruxa. A esperança da madrasta era que a bruxa matasse e comesse a menina, mas isso não ocorre.
No seu livro, Pinkola Estés esmiúça com detalhes e sensibilidade invejáveis cada história abordada. 
Cada capítulo do livro traz uma história. 
Mulheres Que Correm Com os é para todo mundo ler, inclusive os machos predadores. 
Particularmente, encantei-me com esse livro de Clarissa Pinkola Estés. 

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