
Chico Alves morreu aos 54 anos, uma semana e um dia de
idade, deixando 983 músicas gravadas em disco de 78 RPM, nos mais diversos
ritmos.

Sem dúvida, Chico é uma lenda. Até porque diziam ser ele um
grande “comprositor”. Mas essa é outra história.
Chico partiu para a Eternidade no dia em que também nascia
Manuel Pereira de Araújo (ai comigo, na foto), pernambucano da cidade de Cabo
de Santo Agostinho e que o tempo o transformaria no Rei da Embolada. Mané
nasceu no ano de 1910 e foi-se dia 23 de maio de 1993, deixando aqui a gente
chorando por ele. Para amenizar a dor eu chamei uma semana depois Teo Azevedo,
Rolando Boldrin e outros amigos para um canto de roda naquela igrejinha que há
ali por perto da rua Frei Caneca, bairro paulistano de Cerqueira Cesar.

Quem descobriu Manezinho para a música foi o violonista
Josué de Barros (1888-1959), também descobridor da portuguesinha Carmem Miranda
(1909-1955).
Eu guardo com muito carinho, na memória, a imagem e a voz do
Rei da Embolada. Eu costumava frequentar a sua casa na rua Augusta, cá em
Sampa. Muitas vezes o querido colega de profissão e amigo Audálio Dantas
(1929-2018) ia comigo abraçar o Mané. Quanta história!
67 ANOS, UMA ETERNIDADE...
Até aqui, pelas minhas contas, eu já vivi 804 meses, 3500 semanas, 25 mil dias e pelo menos 580 mil horas. É tempo, não é? Pra comemorar esse tempo, a minha filha Ana e a santa Ivone resolveram chamar amigos para eu comer e beber com eles. Foi sábado, 28. Tem um registro ai, que abre este texto.
Agradeço a Deus por ter me dado pessoas tão queridas como essas que ai estão, na foto.