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domingo, 31 de janeiro de 2021

E O SÃO PAULO, HEIN?

Não sei se fios da internet levam imagens e informações em tempo real aos reinos encantados de Paiaiá e Nova Soure, BA. Se levam, o Tonho e o Itinho devem estar no mínimo ressabiados com as últimas ocorrências envolvendo o São Paulo Futebol Clube.
Minha dúvida tem a ver com a realidade irritante registrada há pouco em Goiás, quando o São Paulo perdeu para o Atlético Goianiense. Dois a um.
Se Tonho do Paiaiá e Itinho de Nova Soure estão tristes, o contrário posso dizer que ocorre com a  personalidade mais expressiva de Paiaiá: Carlos Sílvio.
Sílvio é um cara que não morre toda vez que seu time perde. Mas é sãopaulino.
Quase toda vez que o São Paulo perde, eu telefone para o Sílvio pra lhe encher o saco.
Sãopaulinamente falando, eu conheço o Sílvio.
O São Paulo é um clubezinho de futebol da mais importante cidade do Brasil, dos trópicos.
Nunca briguei com Sílvio sobre o timezinho pelo qual ele torce. Ninguém é perfeito,né?
Ontem 30 o cantor e compositor Jorge Mello, papo vem papo vai, diz que descobriu em mim um defeito: que não sou corinthiano.
O Jorge é um gozador.
Minhas amigas, meus amigos, no começo deste texto eu disse que conheço o Sílvio. Pois bem, sabendo disso tenho quase certeza de que ele não acompanhou até o fim a derrota do seu time. Mais: pelos fios da internet ele "viajou" até Barcelona, na Espanha, para ver o embate travado pelo time local contra o Bilbao. 
É isso, o São Paulo joga mal e o Sílvio corre mundo para ver jogos que dão gosto ver.
Com o placar de hoje 31 o São Paulo soma 4 derrotas e 3 empates em 7 jogos.A continuará assim o Sílvio vai conhecer o mundo inteira.
Dito isso, quero dizer quero dizer que estou com saudades das lives do Sílvio.
Para lembrar, clique:
 

FUTEBOL DÁ DINHEIRO

Futebol é ópio, é alegria e tudo o mais que move o mundo.
Notícia de última hora: o argentino Messi ganha algo em torno de 15 bilhões de reais por ano.
O que vocês acham disso?

PALMEIRENSE DEDICA TÍTULO A PROFISSIONAIS DA SAÚDE



Alguém disse, talvez Nélson Rodrigues, que o futebol é o ópio do povo. Ao dizer isso Nélson pegou uma "deixa" de karl Marx (1818-1883).

Seja como for, o futebol é alegria e vibração.

É difícil alguém não gostar de futebol.

Há quem tire sarro do futebol. Isso fica por conta dos machões, que dizem não entender o porque de um magote de macho correr atrás de uma bola.

Pois é, né?

Ontem vibrei ouvindo Éder Luis (Transamérica) narrar o jogo Palmeiras x Santos.

A partida rendeu ao Palmeiras o título de Campeão da Libertadores/2020.

Durante quase todo o jogo, o time paulistano treinado pelo português Abel Ferreira, manteve-se na retranca enquanto o Santos tentava fazer de tudo para furar o bloqueio comandado pelo capitão Gustavo Gómez.

O gol que deu o título ao Palmeiras saiu da cabeça do atacante Breno Lopes impedindo qualquer reação de defesa do goleiro Jhon, aos 53 minutos finais.

O gol ocorreu pouquíssimos instantes depois da expulsão do técnico Cuca, Santos.

Conheço muita pessoas doidas pelo Santos, entre elas o colega jornalista Helvídio Mattos.

Helvídio deve continuar bebendo água de coco e leite até sei lá quando!

Calma, Helvídio...

Mas o melhor de tudo, entre o jogo Palmeiras e Santos, veio depois do final da partida quando o técnico português, em entrevista coletiva (abaixo) disse que os campeões de verdade não foram os seus comandados, mas os médicos e enfermeiros que lutam tenazmente contra o Novo Coronavírus.

Melhor do que isso, só o fim dessa maldita Pandemia provocada pelo vírus que causa a Covid-19.

Só não gostei de uma coisa: de a Rádio Bandeirantes cortar a fala lúcida do técnico Abel Ferreira.

Além também de ter gostado da entrevista de Ferreira, meu amigo Carlos Sílvio (Rádio Conectados), sãopaulino, comentou entusiasmado: "eu nunca ouvir um técnico de futebol falar tão bem sobre sua profissão, colegas e família. Sensacional!". Outra coisa, o gol do Breno contra os domínios do Jhon era "in-de-fen-sá-vel".

Sílvio é goleiro titular do Paiaiá FC. Detalhe: ele considera-se o goleiro mais injustiçado da história das últimas copas, pois nunca foi convocado para defender as cores do Brasil na Seleção.










sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

BOLSONARO VAI ÀS COMPRAS

Bolsonaro está em campo comprando deputado e senador.
Não é nova essa prática.
A novidade é que Bolsonaro se elegeu prometendo acabar com a "velha política".
Pra garantir a reeleição, em 22, Bolsonaro está abrindo o erário público e dele tirando de 3 a 20 bilhões de suados reais do povo contribuinte, para fazer o gosto de seus aliados do Centrão.
Uma vergonha!
O sonho de consumo imediato do Coiso, é ter nas mãos a caneta que lhe faz feliz e triste o povo.
A hora é agora de os políticos que têm vergonha na cara elegerem os candidatos opositores a Rodrigo Pacheco (Senado) e a Arthur Lira (Câmara).

 

PLANTAÇÃO DE PÉ DE CEPA

Você sabia que cepa tem a ver com planta?
Cepa também tem a ver com pessoas de boa linhagem, mas esse não é o causo.
O Brasil está correndo pra trás, como uma peça dos diabos.
Essa corrida pode ser definida como vitória do atraso, da ignorância, da irresponsabilidade, da incompetência, da prepotência e de tudo o mais que habita o negacionismo e as trevas.
É um governo que vive à deriva do racional, do ético.
O chefe dessa coisa chamada governo é um negacionista histórico, que vive no mundo da lua. 
Propositadamente?
Nem os idiotas tem essa capacidade, não é mesmo?
Bolsonaro é sinônimo de tudo quanto é atraso.
Depois de fazer de gato e sapato seus últimos Ministros da Saúde, cruzou os braços pra dizer que já fez tudo que tinha de fazer. Pois, enfim, "todos morreremos um dia, inclusive eu".
O general titular da Saúde, a contragosto, se acha em Manaus, capital do Amazonas. 
A população manauara, de resto o Amazonas, está morrendo sufocada. 
Iniciativa do ministro foi mandar pacientes com a Covid-19 a outros Estados. 
As vítimas dessa doença podem estar levando no corpo variantes do novo Coronavírus. 
Até agora, médicos especialistas identificaram mais de duas dezenas de variantes da Covid. 
E se as pessoas que estão sendo levadas para tratamento noutras unidades da Federação contaminarem médicos e enfermeiros que estão lhes atendendo? 
A possibilidade de haver transmissão das variantes do novo corona, chamo de "plantação de vírus".
Vírus da nova cepa, claro. 
 


O número de mortes pela Covid-19 já passa de 222 mil, no Brasil. No mundo, o número se aproxima dos dois milhões. 
Contaminados neste nosso Patropí pela Covid já passa de 9 milhões de pessoas. 
Enquanto isso, o presidente continua tirando sarro do povo. 

quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

O MUNDO PÓS VIETNÃ

Zé Hamilton no Vietnã, pelo traço de Fausto

O presidente da China, Xi Jinping, abriu o Fórum Econômico Mundial de Davos de 2021, de modo virtual, conclamando o mundo ao combate contra a Covid-19. 
O presidente do Brasil omitiu-se. 
Em 1964, os Estados Unidos da América decidiram mandar tropas pra lutar contra o Vietnã do Norte. 
À época, a guerra no Vietnã envolvia o Norte e o Sul. Era o povo lutando contra o povo. 
De um lado comunistas, de outro capitalistas. Os capitalistas eram apoiados pelos EUA e os comunistas, pela China e União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, URSS. 
O conflito resultou em pelo menos 3 milhões de mortos. 
A Austrália e a Coreia do Sul apoiaram, a pedidos, os EUA na tentativa de sufocar o comunismo vietnamita representado pelo Vietnã do Norte, cujo general era Ho Chi Minh (1890-1969). 
O governo americano, à época Lyndon Johnson (1908-1973), pediu que o governo brasileiro mandasse tropas para o Vietnã. Castelo Branco (1897-1967) negou. 
A Guerra do Vietnã, assim chamada, começou em 1959 e terminou em 1975. 
Há exatos 47 anos, no dia 27 de janeiro de 1973, o diplomata Henry Kissinger e o representante do Norte vietnamita Le Duc Tho discutiram na França as bases para a libertação de soldados americanos e a retirada total das tropas que apoiavam a parte sul do Vietnã, cujas ações tinham como líder Bão Đai − Ngô Đình Diêm. 
O acordo de paz firmado em Paris não surtiu efeito imediato. 
Com a retirada das tropas americanas do Vietnã, o Norte partiu com tudo pra cima do Sul. 
Em 1976, Ho Chi Minh e seus aliados comemoraram a vitória e implantaram oficialmente o comunismo no país, reunificando-o. 
Essa história toda é em parte contada pelo jornalista brasileiro José Hamilton Ribeiro, que esteve lá, pela revista Realidade. Na realidade e no imaginário, retratado pelo chargista Fausto (acima). Perdeu parte de uma perna ao pisar numa mina. 
Existem cinco países comunistas, atualmente: China, Coreia do Norte, Vietnã, Laos e Cuba. 
E a Rússia, a Venezuela…? 
Há diferenças entre o socialismo e o comunismo, mas essa é outra história. 
A guerra do Vietnã tem bases na Guerra da Indochina. 
Essa história é longa. 
Quando terminou a 2ª Guerra Mundial, começou a Guerra da Indochina contra a França. 
A essa altura vivia-se uma Guerra Fria, na qual os EUA e a URSS disputavam a primazia de governar o mundo. 
A derrota dos americanos no Vietnã foi impulsionada pelos movimentos da contracultura. Isso foi contado e recontado de todas as formas. No teatro, no cinema, nos discos, canções. 
Entre os personagens desse movimento estavam artistas como Joan Baez. Joan Baez gravou um clássico da época, assinado por Mauro Lusini e Franco Migliacci. Ouça.
 
Muitos outros artistas gravaram essa música, incluindo um de seus autores: 


Muitos anos depois de cobrir a tragédia vietnamita, Zé Hamilton retornou ao antigo campo de batalhas. E viu tudo diferente. Novo. 
O Brasil integra o BRICS, bloco econômico que reúne países em desenvolvimento: Rússia, Índia, China e África do Sul. 
O Brasil, na atual pandemia gerada pelo Novo Coronavírus, tem dependido de Rússia, Índia e China, países fabricantes de vacinas contra a Covid-19. E aí?
O mundo todo continua em guerra, agora contra um inimigo mais invisível do que os vietcongues.
Sobre José Hamilton Ribeiro, escrevi e gravei Poema para um repórter de guerra. Ouça: 
 

A CACHORRINHA DE MACHADO DE ASSIS

Muita gente está morrendo de tristeza, nestes tempos loucos de pandemia.
Tristeza mata, e não é de hoje. É de sempre.
O escritor Machado de Assis nasceu em 1839 e morreu em 1908, no Rio de Janeiro.
Entre o nascer e o morrer, Machado construiu uma obra literária de grandeza incomparável.
Mas o nosso Machado era gente, uma pessoa humana, cheia de sentimentos.
Machado, um negro, casou-se com uma branca portuguesa chamada Carolina.
Machado e Carolina viveram juntos durante 35 anos. Não tiveram filhos.
Machado, que casou-se em 1869, adotou uma cachorrinha a que deu o nome de Graziela.
Graziela era, originalmente, uma personagem de romance do francês Lamartine (1790 - 1869).
Graziela era tudo para Machado e para sua mulher, Carolina.
Graziela morreu em 1881. Treze anos depois, Carolina.
Com a morte de Graziela e Carolina, Machado morreu de tristeza. De depressão.
Um cachorrinho, um gatinho, um bichinho qualquer fortalece a vida humana. Principalmente quando essa vida humana é só.





quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

O DOCE PAÍS DE BOLSONARO

A pandemia que anda incontrolável no Brasil e no mundo abriu distâncias enormes entre pobres e ricos. O número de pessoas que vivem na linha da pobreza, segundo o IBGE, é enorme. Milhões. Pessoas que vivem com menos de dois reais por dia. Meu Deus!
É como disse o poeta cearense Patativa do Assaré (1909 -2002), entre nós: há um Brasi de cima e um Brasi de baxo. Ouça:


 
O Brasil de cima é esse que Bolsonaro tão bem trata. 
Em 2020, Bolsonaro liberou R$1,8 bilhão para compras de bebidas, doces, chicletes etc. Exemplos: 

Biscoito: 50 milhões
Leite condensado: 15 milhões
Achocolatado: 14 milhões
Gelatina Alimentícia: 9 milhões
Doce de leite: 8 milhões
Chiclete: 2 milhões

Veja mais absurdos: PORTAL DA TRANSPARÊNCIA

JÔ SOARES NA TV CULTURA


Ontem 26, depois do Jornal da Cultura, acompanhei a entrevista de Jô Soares, canal 2, SP, ao programa Provoca/Provocações, apresentado por Marcelo Tas.
No programa, Jô falou algumas coisas interessantes. O destaque foi a sua posição sobre o suicídio.
Gostei do que ele disse, gostei do que foi exposto ao apresentador.
Jô foi questionado sobre alguns personagens que criou ao longo do tempo em que atuou Brasil afora. 
Esses personagens, segundo ele, sobreviveriam às tormentas provocadas pelo ex-capitão que subiu ao poder e nos governa como se fossemos idiotas. 
A respeito do tempo este em que vivemos, Jô disse que não há como o Brasil voltar aos tempos de ditadura. Nem de esquerda, nem de direita. 
No correr do papo, o entrevistado criticou o PT pelas sacanagens feitas contra o erário público. 
Esse partido, ainda segundo Jô, merece explicações à sociedade. Um "mea" culpa. Pois, enfim, envolveu-se em corrupção.
Perguntado sobre se não sentia falta de um programa na TV, ele respondeu do alto dos seus 83 anos de idade, completados no último dia 16: "Deixei a televisão na hora certa, pois está no fim. Ou quase. Porque há muita concorrência, a internet, por exemplo".  
Jô Soares é descendente de paraibano. 
No começo dos anos de 1990, não lembro exatamente quando, fui convidado por ele para uma entrevista no programa que apresentava no SBT e que depois foi pra Globo (Registro acima). Na ocasião, eu estava publicando o livro Eu Vou Contar pra Vocês (Reprodução da capa, ao lado), sobre o Rei do Baião, Luiz Gonzaga.
Antes de confirmar minha presença no programa, perguntei se poderia levar Dominguinhos ou Anastácia. 
Dominguinhos estava fora de São Paulo. 
E ai levei Anastácia, que deu seu recado e foi muito bom. 
 

terça-feira, 26 de janeiro de 2021

BOLSONARO É PALAVRÃO

Gosta de falar grosso
Mas logo depois afina
É seu jeito besta de ser
De falar coisa cretina
Ninguém desse bicho gosta
Nem aqui nem lá na China


O sujeito dessa estrofe é o presidente do Brasil.
Ele não presta e mente horrores, o tempo todo.
Depois dizem que o cego sou eu, somente porque já não vejo com os olhos que Deus me deu.
A minha tia Benedita obrigava-me a lavar a boca toda vez que eu, inda menino, soltava um palavrão.
Bolsonaro é palavrão.
O povo erra, mas o povo que erra também conserta o erro cometido.
O presidente atual do Brasil detesta jornalista. Leia: 

Já há uma mobilização para impedir Bolsonaro de continuar a governar o Brasil. A desgovernar o Brasil. Leia: IMPEACHMENT JÁ!

MIL VIVAS AOS JOVENS!

Eu não sei quando, mas houve um tempo em que fui jovem.
Ser jovem é um barato.
No começo dos anos de 1960, Roberto Carlos comandava um programa na TV Record intitulado Jovem Guarda.
Era um barato, mora?
Barato, diga-se, ainda não era gíria. Mas era o que o cantor-apresentador queria dizer: É um barato, mora?
Pois bem, como eu ia dizendo: houve um tempo que na vida fui jovem.
Meu amigo, minha amiga, você sabe de onde vem a expressão "jovem guarda"?
Essa expressão vem da velha Rússia. Pesquisem.
Em 1921, o baiano Ruy Barbosa estava adoentado e impossibilitado de comparecer a uma solenidade de colação de grau jovens formados.
Adoentado, como eu disse, Ruy escreveu um discurso para que um amigo o lesse, no seu lugar. Título: Oração aos Moços, que virou um livrinho... Leia-o, clicando: ORAÇÃO AOS MOÇOS
Eu já fui jovem, não duvidem.
Acho um barato a juventude, os jovens.
Eu bato palmas para os jovens...
Anna da Hora é uma jovem que hoje 26 está completando 23 anos. Está na flor da idade. É linda e inteligente.
Eu tenho a alegria de bater palmas para Anna, Anninha, a aniversariante do dia.
É bom bater palmas para quem a gente gosta. Para gente e momentos.
Anna é filha de dona Lindalva e seu Daniel, e irmã de Maria Cecília.
Dona Lindalva e seu Daniel são jovens adultos. Suas filhas, são jovens, jovens.
O mundo está aberto aos jovens.
Eu conheci de perto um cara chamado Gonzaguinha, filho adotivo do querido Luiz Gonzaga.
De Gonzaguinha é essa pérola:

SÃO PAULO CAPITAL NORDESTE

A nova edição da Veja São Paulo, encarte da Veja, traz uma reportagem sobre a presença dos nordestinos em São Paulo. 
A reportagem tá provocando uma polêmica danada. 
Por que tanta polêmica em torno da presença dos nordestinos na principal Capital do país.  
Os nordestinos começaram a chegar na Capital paulista na segunda parte do século XX. 
Não será exagero dizer que foram os nordestinos que ergueram São Paulo. 
O número de nordestinos e descendentes de nordestinos em São Paulo passa de três milhões, talvez quatro.
Falo com propriedade, pois sou um dos brasileiros do Nordeste que optaram por viver em Sampa. 
Durante quase sete anos, apresentei um programa de grande sucesso no rádio Paulistano. Titulo: São Paulo Capital Nordeste. Leia.
Abaixo, ouça o programa que apresentei na Rádio Capital AM 1040.



INSTITUTO MEMÓRIA BRASIL 

Você conhece o IMB? Clique!





segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

A VIDA É UMA VIAGEM

Há muitas maneiras de viajar. Uma delas é através da imaginação. Outra, através de um bom livro.
Sonhar também é uma maneira de viajar. Mas há quem viaje de outras maneiras: na boleia de um caminhão, na carroçaria de uma caminhão, de motocicleta, de bicicleta, de avião, de trem, de canoa, de navio, e até mesmo montado num cavalo ou num jegue.
Homens e mulheres viajam de todos os modos, indo de um lugar para outro. Viagem curta ou longa.
É através de uma viagem que o viajante conhece novos ares, novas pessoas e guarda lembranças.
Já viajei muito.
Há um filme muito bonito que muito me encantou, chamado Nunca Te Vi, Sempre te Amei. É uma viagem. Há viagem de visita, de compromisso e de aventura.
Luiz Vieira, pernambucano de Caruaru que já viajou ao encontro de Deus tem uma música bonita: Na Asa do Vento. Ouça: https://www.youtube.com/watch?v=VvG2JetK2B4
]
Luiz Gonzaga também tem uma pérola.
Aliás, viajar é, com certeza, coisa boa: https://www.youtube.com/watch?v=2G2mDtQWQrk
Ary Lobo: https://www.youtube.com/watch?v=SxLJKx0f7yM
https://www.youtube.com/watch?v=0-0x4bFRWqc
E por aí vai.
Você já leu Grande Sertão: Veredas? http://assisangelo.blogspot.com/2016/11/outro-dia-ouvi-o-lula-dizer-que-as.html
E Viagem ao Centro da Terra, de Júlio Verne.
O amigo viajante Carlos Sílvio, depois de nova ida a sua Paiaiá, BA, contou-me entusiasmado da viagem que fez um filho de Nova Soure.
Nova Soure é uma cidade baiana localizada há 235 km da capital, Salvador.
Esse filho de Nova Soure, disse-me Sílvio é um cidadão de 33 anos de idade, casado, José Nino.
Nino mora em São Paulo há muitos anos. É vigilante de profissão e um desses caras que vibram com a vida. Natural. O que não é natural nesse Novassouriense é o fato de gostar de viajar correndo. E muito. "Só pra você ter ideia, o Nino deixou a Capital paulista no dia 20 de dezembro de 2020 e chegou a Nova Soure no dia 15 de janeiro de 2021".
Pois é, o Nino correu dia e noite, parando só quando não havia como não parar. Tudo acompanhado de perto por um amigo que dirigia um carro, filmando tudo.
O percurso entre São Paulo e Nova Soure, que fica há 12 km de Paiaiá é de 2.080 km.
Sílvio entrevistou Nino, que contou detalhes dessa sua viagem (Abaixo).
Pois é, 2080 km em 26 dias. Um façanha e tanto!
Eu, nos exercícios diários, corro de 5 a 8 km. Pois é, no ano, pelos cálculos, eu corro um pouco mais de um mil km.
"Quando eu o entrevistei ele disse no correr do percurso entre Sampa e Nova Soure".
É mole?
Link do canal do José Nino: https://www.youtube.com/watch?v=J8wnUf94K30&t=66s






NA CBN, FAGUNDES FALA SOBRE LITERATURA

O relógio marcava hoje 5 três, quatro da madrugada, quando ouvi na CBN a chamada para entrevista do ator Antônio Fagundes. 
Aumentei um pouco o som do rádio e lá veio o autor falando sobre leitura.
Espantou-me a desenvoltura de Fagundes falando sobre Cervantes, Tolstoi, Victor Hugo e Gide num primeiro momento.
E lá foi ele descrevendo momentos de leitura e citando brasileiros como Jorge Amado.
Jorge Amado é uma força natural da literatura brasileira. Incrível e recomendado. Leia mais.
Não esqueceu de falar de poetas, como Manoel de Barros, falou da nova geração de poetas, que veio pra ficar. 
Realmente encantei-me com a fala do Fagundes, uma fala agradável, segura, sábia. 
Falou de amigos e do meio em que atua como profissional: a televisão, o teatro, o cinema... E confessou o desejo de apresentar um programa de rádio, ao vivo. 
Falou de amigos, de colegas de profissão, como o português Ruy Guerra, e contou que certa vez Guerra disse que iria à Cuba participar de um encontro de escritores e que lá estaria Gabriel Garcia Marquez. E que Guerra perguntou se queria algo de Cuba. Respondeu: "Quero um livro autografado de Gabo". 
Pra surpresa de Fagundes, Ruy Guerra lhe trouxe de presente uma edição espanhola do clássico 100 Anos de Solidão. O autógrafo dizia: "Do melhor autor do mundo para o melhor ator do mundo". 
Sem dúvida, foi legal a entrevista de uns 40 minutos de Antônio Fagundes à CBN. 
A entrevista pela descrição dos apresentadores, Tatiana Vasconcellos e Fernando Andrade, estava sendo feita diretamente da biblioteca da casa do ator, formada por muitos livros catalogado por temas. Adorei.
Conheci Antônio Fagundes no tempo em que eu apresentava o programa São Paulo Capital Nordeste, pela Rádio Capital. 
Não lembro exatamente o ano, o que lembro é que ele estava lançando um CD com poesias. Foi quando o entrevistei. E agora, nesses dias, ele está levando à praça o livro "Tem um Livro Aqui que Você Vai Gostar".



BRUMADINHO AINDA CHORA SEUS MORTOS

O mundo é cheio de tragédias. O mundo todo, de canto a canto.
Tragédias são tragédias, provocadas pela natureza e pelas mãos humanas. Ou desumanas.
Há exatamente dois anos, o mundo tomava conhecimento de uma das maiores tragédias brasileiras: o rompimento da barragem da Vale do Rio Doce, em Brumadinho, MG.
Duzentos e setenta pessoas morreram na ocasião. Onze corpos ainda estão desaparecidos.
Até agora, dezesseis acusados foram notificados pela Justiça. Ninguém preso. O que mais dizer a respeito, hein?

sábado, 23 de janeiro de 2021

IMPEACHMENT JÁ!


DECLARAÇÃO DE AMOR A SÃO PAULO

Eu nasci em 1952, dois anos antes das comemorações do 4º centenário de fundação da cidade de São Paulo.
Troquei João Pessoa, PB, por Sampa. Em agosto de 1976.
Eu não vim para ficar, morar, batalhar por dias melhores. Não. Eu vim a passeio com o intuito de ficar uns dias numa estância hidromineral, pois estava carente de ares novos. Meses antes, eu recebera alta hospitalar internado que fora com bacilos de Koch alojados nos pulmões.
Bom, sofri recaída e caí num leito do Hospital Bandeira Paulista contra a tuberculose, em Campos do Jordão, SP.
Ao receber alta do Bandeira, voltei à Capital e fui tomar um café no Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo. Lá conheci seu presidente, Audálio Dantas (1929-2018). Provocou-me e fiquei. Dias depois já estava trabalhando nas Folhas, com Carteira assinada e tudo.
E Audálio e eu viramos amigos.
Andei muito, corri muito.
Trabalhei no Estadão, na Globo, Manchete etc.
Um dia, em 1990, o editor de D.O. Leitura propôs-me a escrever uma reportagem sobre as músicas compostas sobre a cidade paulistana. Topei.
A reportagem foi publicada em 1991.
Conheci muitos artistas, escritores, poetas.
Tornei-me amigo de muitos artistas: Paulo Vanzolini, Inezita Barroso, Mário Zan, Papete, Realinho, Bezerrinha, Teixeirinha, Tonico e Tinoco, Sérgio Ricardo, Silvio Caldas, Nelson Gonçalves, Carlos Poyares, Patativa do Assaré, Genival Lacerda, Luiz Gonzaga…
Durante mais de 20 anos fiz o que pude para levantar tudo que já fora composto e gravado sobre a Capital paulista. 
Consegui catalogar pelo menos 3 mil títulos que tratam do cotidiano da cidade de São Paulo. Desde 1750.
Além das músicas, no acervo se acham partituras, jornais e revistas de um passado muito distante, fitas K7, VHS, MDs e discos de todos os formatos.
A pesquisa foi suada, mas o resultado fantástico.
Cerca de 7 mil compositores deixaram sua marca em obras dedicadas à São Paulo: Chiquinha Gonzaga, Ary Barroso e quem o amigo, ou amiga, aí puder pensar.
Até Tom Jobim arriscou-se a compor pra Sampa. De encomenda para um supermercado. Ouça:

 
E sobre Tom, escrevi alguns textos. Leia: 25 ANOS SEM TOM JOBIM e UM DIA, O TOM DEU O TOM EM SAMPA  
Enxerido, andei trilhando pelos campos da criação que resultam em obras que homenageiam a cidade de São Paulo. Ouça:


Em 2012 realizei, no Sesc, a exposição Roteiro Musical da Cidade de São Paulo (acima). Clique: ROTEIRO MUSICAL DA CIDADE DE SÃO PAULO, PROGRAMA TODO SEU
Antes andei falando sobre esta pesquisa. Veja: MÚSICA À CIDADE DE SÃO PAULO e PROGRAMA JORNAL DA BAND, COM ASSIS ANGELO E SEU ACERVO
Muitos artistas de todo canto deram sua versão à Capital paulista.
Paulo Vanzolini (1924-2013), que além de poeta era um cientista aplaudido em todo mundo, é autor da obra-prima Ronda. Pra ele, compus o poema que declamei em uma dessas Viradas Culturais da cidade. Este: POEMA PARA PAULO VANZOLINI

sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

UM MORTO FALA DA VIDA

Os romances do carioca Machado de Assis, o "bruxo" do Cosme Velho, retratam com naturalidade a sociedade do tempo do 2º Império. Basicamente.
Eu e toda a torcida do Corinthians e Flamengo amamos Machado de Assis. Se não amam, deveriam amar.
De certo modo é até arriscado dizer, da minha parte, que amo tudo que o bruxo escreveu.
Machado de Assis foi jornalista e tudo mais.
Machado, negro, era de família humilde e humildemente deixou a sua marca na literatura nacional.

Casou com uma portuguesa e com ela viveu durante 36 anos.
A mulher de Machado, Carolina, foi sua parceira em todos os sentido. Na literatura, inclusive.
Mas por que é que eu estou falando sobre Machado de Assis?
É que há pouco tive a oportunidade de ouvir (audiolivro) Memórias Póstumas de Brás Cubas.
Brás era uma besta quadrada.
Brás era rico por herança.
Brás nunca fez nada na vida que lhe rendesse a própria sustentação.
Brás, lembra ele próprio como auto-memorialista, foi um cabra safado na sua infância e juventude.
Brás fazia de "cavalinho" seu escravo menino Prudêncio. Montava nas costas dele etc.
Brás foi um zero à esquerda, de acordo com a narrativa exposta em Memórias Póstumas de Brás Cubas.
Quando menino, quando criança, Brás Cubas fez o que só os meninos capetas fazem. Aprontou muito. E o pai o acariciava, passava a mão sobre sua cabeça sem censurá-lo pelo mau comportamento.
Em Memórias Póstumas de Brás Cubas o personagem principal, o narrador, fala sobre sua paixão por uma prostituta espanhola de nome Mercedes.
Mercedes era linda, vaidosa e oportunista. Amava um certo Xavier, mas amava principalmente as joias que Cubas lhe dava, ali pelo final da adolescência.
O que o memorialista fala a respeito de si próprio, prende o leitor.
A história de Brás Cubas, narrada por ele morto, é interessantíssima. Nos surprende.
E ainda tem o reencontro de Cubas com seu amigo de infância, Quincas Borba.
Sebastião Borba dos Santos era o nome verdadeiro de Quincas. Isso ocorre ali pelo capítulo 60... Um pouco antes ou depois.
Quincas reencontra Brás num parque.
Quincas todo fodido, Brás todo gostoso e com grana no bolso.
É uma bela história a história contada pelo morto Brás Cubas.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

NOSSA LÍNGUA, NOSSA PÁTRIA

Meu amigo você sabe
O que é o popular?
É um jeito de dizer
Ou é um jeito de falar?
Palavrinha e palavrão
É cultura popular?

Você meu amigo, você minha amiga, sabe quem é o seu Jonas?
Eu não conheço seu Jonas pessoalmente, mas o que sei sobre ele é algo maravilhoso.
Seu Jonas é baiano e tem 95 anos de idade. Figuraça. E fala pelos cotovelos. Diz histórias de ontem para o hoje dos seus filhos, que ficam encantados.
Outro dia, neste Blog, escrevi o termo "afunhenhado".
Até aí, nada demais.
Ocorre que uma das filhas de seu Jonas, Cilene, viu nesse termo uma identificação de linguagem do pai.
Achei graça.
O linguajar dos nordestinos é um linguajar diferente, com sotaques diferentes. Eu gosto.
Num ano qualquer do século passado, a cineasta Tizuka Yamasaki dirigiu uma belíssima peça intitulada Memórias de Embornal.
O ator desse monólogo era o mineiro Jackson Antunes.
Esse monólogo começa com um texto em off extraído de um livro meu e de Téo Azevedo intitulado Dicionário Catrumano (reprodução da capa do livro, acima).
Você sabe o que é afunhenado?
Você sabe o que é oxente?
Você sabe o que é tinindo?
Você sabe o que é aluado?
E rapagariga, você sabe o que é?
E aperreado, hein?
Lampião foi acoitado por muita gente. O que isso quer dizer?
E afolozado?
E fulerage?
Pois é, o Brasil tem uma língua só, grosso modo falando.
Vários sotaques e etnias nos enriquecem.
A língua é a fala de um povo.
A língua é o que nós somos.
Um país sem língua, é um país sem voz, mudo, sem propósito.
A língua é vida, muito além da boca.
Há a língua culta e a língua do povo.
Estou com as duas.
O poeta carioca Olavo Bilac (1865-1918) gerou uma obra-prima em soneto sobre a nossa língua, a língua que falamos. Leia: A ÚLTIMA FLOR DO LÁCIO
A língua que falamos é a língua pela qual nos entendemos. Desde expressões como afunhenhados a tinindo.
É isso, seu Jonas?

VADE RETRO, BOLSONARO!

O Brasil é governado
Por um ser muito raivoso
Um ser que não se cansa
De mostrar ser perigoso.
Deus do céu, por que faz isso?
Será ele o tal Tinhoso?

"A minha filha era tudo o que eu tinha, morreu. Minha riqueza foi-se embora, moço".
Pois é, essa mãe é uma mineira falando à um repórter.
A fala dessa mulher fez parte de uma reportagem sobre a violência que tem sido a Covid-19. 
Doeu-me ouvir essa mulher.
Enquanto esses depoimentos, essas falas, reboam nas mídias, o presidente brucutu fica de braços cruzados a espera de um resultado diplomático vindo, talvez, do governo do Estado de São Paulo. 
Estou falando da pandemia que grassa mundo afora.
Estou falando da falta de vacina no nosso braço. 
Não está na hora de Bolsonaro e sua equipe pegar o boné e irem pra caixa prego?
A caixa prego ali beeeeem longe do infinito.
O que Bolsonaro está fazendo nem o pior dos homens com poder fazem com seu povo. 
Bolsonaro tem que pagar pelos crimes que está cometendo contra a nação brasileira.
Que ele vai pro lixo da história, é fato. 
Providências contra esse ex-capitãozinho tem que ser tomadas.
O Brasil está morrendo... 
À propósito, meus amigos, minhas amigas, vocês já perceberam que o Bolsonaro não tem um pensamento próprio?
Não a toa Bolsonaro continua chorando pitangas pela queda do seu ídolo, Trump. 

É ignorante e frio
De tudo dá parecer
Indagado sobre o vírus
Garante tudo saber:
“Ah, é Covid... E daí?
Eu um dia vou morrer...!”...

(Do cordel Jornalismo e Liberdade nos Tempos de Pandemia; reprodução da capa, ao lado)

LANDELL E O "BRUXO DO COSME VELHO"


Brasil de grandes craques
De Pelé, Zico e Tostão
De grandes escritores
De mestres da criação
Landell criou o rádio 
E Santos Dummont, o avião


Em 1881, Roberto Landell de Moura tinha 20 anos de idade.
Naquele ano, e lá se vão 140 primaveras, o “bruxo do Cosme Velho” inaugurava o movimento Realista na literatura nacional com o livro Memórias Póstumas de Brás Cubas.
O bruxo, no caso, era o escritor Machado de Assis (1839-1908).
Naquele mesmo ano, em Roma, Landell de Moura era estudante da Universidade Gregoriana.
Brás Cubas inicia sua narrativa falando de quando morreu e porque morreu aos 64 anos, solteirão. Causa mortis: pneumonia. À beira da cova 11 amigos, mais a irmã Sabina e uma mulher de preto, cujo nome ele deixa em suspense.
Roberto Landell de Moura concluiu os estudos e ordenou-se padre, retornando ao Brasil 1887.
Paralelamente aos estudos teológicos, Moura concluiu os cursos de Química e Física.
O mundo vivia em estado de ebulição.
O padre, sem desviar de suas funções religiosas, dedicava-se a pesquisas que o poriam nos caminhos da descoberta do rádio. Foi pioneiro nesse campo, embora boicotado até por autoridades brasileiras.
O caso é que Roberto Landell de Moura é o verdadeiro inventor do Rádio, e não o italiano Guglielmo Marconi (1874- 1937). Essa história é longa, mas está chegando ao final. Num bom final.
A segunda parte do século XIX foi muito movimentada, em todos os setores do cotidiano.
E ao mesmo tempo que novidades revolucionavam o século, o povo sofria com mazelas de todo o tipo.
No romance inaugural do movimento Realista, personagens são atacados pela febre amarela. Incluindo a jovem com quem Cubas pretendia se casar: Nhã Lo Ló.
A febre amarela chegou ao Rio quando Machado tinha 10 anos de idade, atingindo quase a metade da população, que era de 266 mil habitantes.
E voltou em 1928, matando mais de 400 pessoas em 40 regiões diferentes.
Landell de Moura morreu no dia 30 de junho de 1928, de tuberculose. Quer dizer, as desgraças continuam ocorrendo de todos os modos e em todos os cantos do Brasil e do mundo.
Já existem vários livros contando a história de Roberto Landell de Moura.
A obra machadiana é extensa. E nela o autor procurou deixar à posteridade o comportamento da sociedade do seu tempo. Era cáustico, ferino, crítico, irônico...
Ah! A mulher de preto atendia pelo nome de Virgília, que fora amiga de infância e o tempo a fez sua amante.
Cubas morreu aos 64 anos de idade, sem filhos.
Landell de Moura, nascido no dia 21 de janeiro, morreu aos 67 anos de idade, sem filhos. 



Leia mais:

https://assisangelo.blogspot.com/2012/01/o-inventor-do-radio-nas-escolas.html
https://assisangelo.blogspot.com/2012/09/e-brasileiro-o-inventor-do-radio.html
https://assisangelo.blogspot.com/2011/05/antes-tarde-do-que-nunca-viva-landell.html

quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

BRASIL FORA DE ROTA

Bolsonaro presidente
É um ser malamanhado
Corre daqui, corre dali
Nos passos do seu amado
O povo brasileiro
É um povo afunhenhado

O ídolo de Bolsonaro é agora um ex-presidente dos EUA.
No lugar de Trump, entrou Biden.
Biden chega à Casa Branca enfrentando crise pandêmica, crise econômica, crise política, o escambau.
Hoje 20 Biden encarou o mundo com uma joia de discurso. Lá pras tantas, disse: "O direito de discordar em paz é a maior força desse país. Mas isso [a discordância] não precisa levar à desunião. Eu serei o presidente de todos os americanos. Vou lutar por todos."
Pois é, coisa de quem tem coração, alma, sensibilidade. De quem é honesto e pensa no seu povo, ao contrário do ex-capitão eleito numa hora em que Deus estava de folga e o Diabo, de plantão.
Joe Biden é o 46º presidente eleito dos Estados Unidos da América. Assumiu no dia que o número de mortos pela Covid-19 bate à casa dos 400 mil no seu país.
No Brasil, o número de mortes passa dos 212 mil.
Até agora o presidente brucutu nada disse sobre a posse do novo presidente americano, ao contrário de outros chefes de nação como Boris Johnson (Reino Unido), Putin (Rússia) e Giuseppe Conte (Itália), que declarou: "Este é um grande dia para a democracia, alcançando muito além das fronteiras americanas".
Quanto à questão vacina, continuamos dependentes da China e da Índia.
Os chineses estão fechando os olhos para o Brasil e a Índia, também. Infelizmente, mas não lhes tiro a razão.
Bolsonaro, seus filhotes e ministros detonaram os chineses.
Bolsonaro traiu a China, a Índia, a Rússia. Quebrou o BRICS.
O BRICS é um grupo formado pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Países emergentes, cujo o objetivo era o seu crescimento.
A traição de Bolsonaro rendeu-lhe um elogio do ex-secretário de Segurança de Trump, Mike Pompeo.
Cego que sou não vejo, mas amigos me dizem que o presidente está com olhos de quem não dormiu. Por que, hein?
A China ainda vai nos dar muita dor de cabeça.

GOVERNO SEM NOÇÃO

Soldado, soldadinho
Que fazes na contramão
Pensando no passado 
Quando eras capitão?

Uma coisa vou contar 
Escute, preste atenção 
Um soldado de verdade 
Não marcha na contramão

Contramão é pra maluco 
Pra sujeito sem noção
Pra sujeito que não sabe 
Dirigir uma nação

Tom Jobim um dia disse que o Brasil não é para principiantes. 
Tinha razão o Tom. Senão, vejamos: de uma hora pra outra, um obscuro deputado vira presidente da República. E esgrimindo raiva, não paz e prosperidade, como seria de se esperar. 
Em dois anos, o obscuro deputado acha-se o ser supremo da Nação. 

O caso de perguntar
Tranquilo, sem ofender

Esse cara é maluco?
Se for posso entender
Se não for, meu Deus do céu!
Que diabo ele quer ser?

O que dizer de quem diz
De modo tão prepotente
Eu sou a Constituição!
Eu sou o Presidente!
Ora, só falta dizer
Eu sou Deus Onipotente!
...

(Do cordel Serpente Quer por Ovo no Coração do Brasil; reprodução da capa, ao lado)

Inábil, o deputado que virou Presidente agrediu inúmeras vezes a China. 
O comportamento irresponsável do presidente foi seguido por seus pimpolhos que ocupam cargos eletivos na nossa República.
Não à toa, a China está dando o troco ao não enviar ao Brasil os insumos necessários para a produção da CoronaVac, tão necessária neste grave momento que vivemos.
Como se não bastasse, o sujeito em pauta também andou fazendo desaforo com a Índia e indianos. Também sobrou pra Rússia e russos. 
Detalhe: a China, a Índia e a Rússia integram o bloco dos Brics. Leia.
Tudo no Brasil está piorando, rapidamente. É fato. 
O maior parceiro comercial do Brasil é a China. 
Com a queda de Trump e a subida de Biden ao poder, o Brasil mergulha num isolamento lamentável. 
Por causa de Trump, o obscuro presidente brasileiro chegou a brigar até com países europeus, como a Alemanha. 
Seguindo a linha do líder do exército de brucutus, o ministro das Relações Exteriores disse há pouco, que o trumpismo continua vivo. 
Pois é, por incrível que pareça, faz sentido a fala da besta quadrada do Itamaraty. Não foi o seu chefe que disse serem ilegítimas, fraudulentas, as eleições que elegeram Biden à presidência?
Estamos afunhenhados!

terça-feira, 19 de janeiro de 2021

A BANDA PODRE DO PLANALTO

Ele não vai se vacinar
De vacina dá no pé
De vacina ele tem medo
De virar um jacaré

Fala fino, fala grosso
Ameaça até bater
Bobo besta de plantão
Nunca sabe o que dizer

De Luiz Wilson, a Anastácia, Oliveira de Panelas e de outros amigos artistas ouço pergunta sobre a vacina contra o novo coronavírus que está chegando ao Brasil, via Butantan.
Respondo de maneira simples: a vacina é boa, já foi aprovada pela Anvisa, e já estou de braço esticado pra recebê-la.
Vacina é o único antídoto contra as mazelas que atingem o mundo desde sempre.
Mas há pessoas que pensam o contrário. Pena.
Hoje 19 Téo Azevedo telefona pra também falar sobre a vacina. E que está pronto para recebê-la, como eu. Pronto e ansioso. Ele acha que estará já, já em São Paulo.
Téo é mineiro de Alto Belo e está de quarentena em Montes Claros desde março. Por aí. Quer estar em Sampa em fevereiro. Será? Diz que sim, convicto. "Tô vendo aqui na TV reportagem dizendo que a vacina tá chegando pra todo mundo", crê ele.
A quantidade de doses da CoronaVac ainda é muito pequena: 6 milhões.
A população atual do Brasil é de 210 milhões de habitantes.
Téo conta que durante o tempo em que se acha isolado na sua terra, já compôs mais de uma centena de músicas, vários folhetos de cordel e quatro livros. Eita! Um deles, Dicionário do Cerrado, será publicado ainda este ano.
Essa é uma boa notícia.
A má notícia é que os ouvidos dos brasileiros de bem andam cheios de mentiras ditas por Bolsonaro e seu general da banda, num-sei-que-lá Pazuello, que foi/está sendo desmentido a todo instante pelo governador de São Paulo e pela Imprensa.
Nada não, mas se não fosse o Dória a vacina chinesa não estaria por cá. Isso é história.
Esse general é uma droga! 
E o tal dia D na hora H, hein?
Pois é, não aconteceu.
É irritante a fala do general titular do Ministério da Saúde.

TÉO AZEVEDO HOMENAGEIA WALDIR AZEVEDO

Nunca mais ouvi nada sobre Waldir Azevedo nem de músicas suas no rádio. 
O que houve, porque tanto silêncio sobre Waldir Azevedo?
Eu conheci Waldir Azevedo em fins dos anos de 1970. Entrevistei-o num bar/restaurante Piu Piu, no bairro do Bixiga cá em sampa. Foi entrevista para a Agência Brasileira de Reportagens (ABR).
Waldir foi um mestre no cavaquinho. Ele deu nobreza a esse instrumento. 
Pode se dizer que o cavaquinho é um instrumento cuja maravilha se acha antes e depois de Waldyr. 
Waldir Azevedo, um carioca da Zona Norte, começou a ter interesse pela música ainda quando era criança. Tocou flauta até os dez anos. E no correr de mais uns anos afeiçoou-se ao bandolim, que trocaria pelo cavaquinho. E o resto dessa história todo mundo sabe ou deveria saber. 
Waldir começou a gravar discos nos anos 40. 
Brasileirinho foi o seu maior sucesso. Ouça.
Waldir nasceu no dia 27 de janeiro de 1923 e morreu em São Paulo, no dia 20 de setembro de 1980.
Uma historinha: Waldir tinha muito medo da morte. Ficava irritado quando lhe falavam de morte. Uma vez ousei abordar o tema. E até perguntei como ele gostaria de morrer, "se morresse". As aspas ai foram para aliviar minha imprudente pergunta. Depois de uma popa e palavrões, diz que gostaria de morrer fodendo.
Há pouco o mineiro de Alto Belo Teo Azevedo produziu um CD com 15 faixas de sua autoria. Tudo choro, chorinho, choro canção. Uma pérola.
O disco, intitulado Saudades de Waldyr Azevedo, traz como intérprete o craque Arnaldinho do Cavaco. 
Um show de choro é esse disco.
Eu não diria que a última faixa é melhor, mas arrisco recomendar sua audição.


ELIS REGINA

A cantora gaúcha Elis Regina, a Pimentinha, nasceu em 1945 e morreu no dia 19 de janeiro de 1982. Quer dizer, Elis morreu exatamente há 39 anos. 

sábado, 16 de janeiro de 2021

SÃO PAULO DE TODOS NÓS

Essa história começa em 1990, quando iniciei a pesquisa que rendeu duas páginas no antigo suplemento cultural D.O. Leitura, do Diário Oficial do Estado de São Paulo. Essa matéria, intitulada“Roteiro Musical da Cidade de São Paulo”, foi publicada em fevereiro de 1991. “Roteiro Musical da Cidade de São Paulo”.
A base do texto foi uns duzentos títulos musicais, entre os quais o samba “Ronda”, de Paulo Vanzolini; o tango “Estação da Luz”, de Martins/Nasser; canções do paraense Billy Blanco, como “O Céu de São Paulo” e “Grande São Paulo” e de Tom Zé, “São São Paulo, Meu Amor”; além do chorinho “Cidadão Paulistano”, de Carlos Poyares; e o blues “São Paulo Zero Grau”, de Jorge Melo.
Depois disso, achei partituras e notas em periódicos já extintos.
O Correio Paulistano, por exemplo, edição de 6 de agosto de 1862, noticiou a existência de um álbum intitulado “Melodias Paulistanas”, formado por 12 peças para canto e piano, do padre Mamede José Gomes da Silva, diretor do Liceu Paulistano e amigo de Antônio Carlos Gomes, autor de um hino aos estudantes de Direito do Largo de São Francisco: “À Mocidade Acadêmica”, em parceria com o poeta Bittencourt Sampaio.
O Correio Paulistano foi fundado em junho de 1854, ano do 300º aniversário de fundação do município de São Paulo.
Mas antes de Mamede e Carlos Gomes, houve quem louvasse a inspiradora cidade: os religiosos Calixto e Anchieta Arzão, em “Missa a São Paulo”, de 1750.
Em 1823, o músico Bento Maurício Arcade compôs “Águas do Anhembi”.
A cara musical da cidade talvez se expresse no conjunto Demônios da Garoa, que gravou pérolas de Adoniram, como “Trem das Onze” e “Samba do Arnesto”.
Em janeiro de 2012, o Sesc promoveu a exposição que intitulamos Roteiro Musical da Cidade de São Paulo. Milhares de pessoas visitaram essa exposição e deixaram depoimentos valiosos sobre a cidade que tantas línguas tem adotado no decorrer da sua história. Até um livrinho o Sesc publicou. Belíssimo.
O compositor e instrumentista Jarbas Faris e eu compusemos um samba intitulado São Paulo Esquina do Mundo. É nossa visão sobre Sampa. Ouça: SÃO PAULO ESQUINA DO MUNDO Dentre todas as músicas compostas em homenagem à Capital paulista “São Paulo de Todos nós”, do mineiro Téo Azevedo e do egípcio naturalizado Peter Alouche, talvez seja a que melhor expressa o comportamento receptivo da maior megalópole da América do Sul, fundada no dia 25 de janeiro de 1554. Clique:

sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

VIVA O BOM JORNALISMO!

Eu não diria que os jornalistas são a última reserva do bem no Brasil ou sei lá onde mais.
Os jornalistas são profissionais que lutam incansavelmente pelo bem da verdade, seja em que língua for.
Ser jornalista é quase uma sina. É uma sina! Uma escolha pessoal em prol da sociedade.
Os jornalistas são uma espécie de escudo contra a mentira, contra a inverdade, ou fake news, como se diz hoje.
Há exemplos incríveis de prática do bom Jornalismo, desde fins do século 19 do Brasil.
Um dos mais completos jornalistas foi João do Rio. Você já ouviu falar sobre João do Rio? LEIA: O JORNALISTA JOÃO DO RIO, UMA MARCA
Conheci grandes jornalistas. Alguns já foram, outros continuam a me inspirar: Caco Barcellos e José Hamilton Ribeiro.
Ser jornalista é uma barra. Como médico, como aviador, professor...
Se eu tivesse que começar tudo de novo, eu começaria como repórter.
Como repórter trabalhei em vários jornais e revistas.
Na Globo, trabalhei quando começava na profissão o nosso William Bonner.
O nome de batismo de William Bonner não é William Bonner, mas essa é outra história.
O irresponsável Bolsonaro sonha o tempo todo em ser dono do Brasil. E como tal, fechar a Globo, a Folha, o Estadão e a boca do povo.
A Imprensa brasileira, e do mundo todo, está fazendo um trabalho excepcional ao cobrir a desgraceira provocada pelo novo Coronavírus. A respeito, até folhetos de cordel eu andei escrevendo e publicando (ao lado). Leia também: Assis Ângelo, cego há sete anos, lança cordéis sobre a pandemia
Entre os veículos de comunicação, a TV Globo se destaca na cobertura da Covid-19. Ouçam o que Bonner disse ontem 14 no Jornal Nacional:

 

E A GLOBO, HEIN?

Muita gente, incluindo jovens a caminho do Jornalismo, escreve ou pergunta diretamente a mim sobre o passado e a história da TV Globo. É do bem ou do mau?
A TV Globo há muito tempo irrita a esquerda e a direita. Há gregos e troianos, como se diz.
No passado da Globo há manchas indeléveis. Ela foi participativa do golpe civil militar de 64. É história.
Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Mello, nascido na Paraíba, foi a pessoa que trouxe a televisão para o Brasil. Em 1950.
Chatô usou e abusou da sua invenção, inclusive ajudando a eleger o gaúcho Getúlio Vargas como presidente da República.
O que a Globo está fazendo é algo merecedor de aplausos.
O Brasil vai mal, mas sem o bom Jornalismo estaria muito pior.
Ah! Quando um jornal, uma revista, um rádio ou televisão desperta raiva da esquerda e da direita é porque está no bom caminho.
Verdade é verdade e não é fácil buscar a verdade.

SEM VERGONHA, BOLSONARO MENTE

No dia em que o mundo registra a marca de dois milhões de vidas colhidas pela Covid-19, o presidente da República Federativa do Brasil abre a boca para dizer mentiras:

A gente está sempre fazendo o que tem que fazer. Problema em Manaus. Terrível, o problema em Manaus. Agora, agora, nós fizemos a nossa parte. Recursos, meios. Hoje, as Forças Armadas 'deslocou' para lá um hospital de campanha. O ministro da Saúde esteve lá segunda-feira e providenciou oxigênio.

Bolsonaro mente quando diz que fez a sua parte.
Bolsonaro mente quando afirma que as Forças Armadas se deslocaram até Manaus para montar um hospital de campanha.
Bolsonaro mente quando garante que o seu general titular do Ministério da Saúde esteve em Manaus na segunda-feira 11 e resolveu o problema da falta de oxigênio nos hospitais da região.
Bolsonaro mente, mente, mente. E mente assassinando a língua pátria. É o presidente que mais dá medo e faz mal à Nação.
Nos números gerais de mortos da Covid, 2 milhões, o Brasil faz-se presente com mais de 200 mil.
Os brasileiros e brasileiras carregados pela Covid, estão em algum lugar chamando Bolsonaro.
Ele deve ser penalizado por essas mortes. É um genocida.
O Brasil se movimenta às cegas, perdido, sem rumo, desgovernado completamente. Leia: AUDÁLIO, UM GRANDE BRASILEIRO

ASFIXIADO, O BRASIL MORRE NA MÃO DE MILICO

Terrível, absurdo, incompreensível. Um horror!
Quase 210 mil brasileiros e brasileiras morreram desde março de 2020, vítimas da Covid-19.
São Paulo e Rio de Janeiro encabeçam a lista de mais mortes.
Amazonas e a sua capital Manaus acabam de entrar em colapso. 
Os mortos da Covid-19 se multiplicam, de ponta a ponta do Brasil. 
Enquanto isso, o presidente da República cruza os braços e fecha os olhos. Meses antes, ele tirou saro dos brasileiros aos dizer que o novo Coronavírus era apenas "uma gripezinha". 
Enquanto isso, o vice Presidente da República declara que o governo não tem bola de cristal para prever a tragédia que ora desaba sobre os brasileiros.
E chegou a culpar a uma variante do vírus a multiplicação dos mortos em terras amazonenses. Disse também que a distância do lugar (Amazonas, Manaus) é grande e dificulta tudo. Mas o governo está fazendo tudo que pode. Anhãm, sei!
Enquanto isso, o general titular do Ministério da Saúde culpa o clima e a falta de tratamento precoce contra o vírus. E tome Cloroquina nos amazonenses! Um agravante: está faltando oxigênio nos hospitais de Manaus e nos demais municípios do Estado. 
O mesmo general titular do Ministério da Saúde prometeu ordenar seus comandados a buscar 2 milhões de vacinas na Índia. Até agora o avião sequer decolou rumo aquele país. E talvez nem vá.
Notícias vindas da Índia dão conta que não há vacinas para o Brasil, no momento. 
As vacinas que estão sendo produzidas lá ainda são insuficientes para atender a própria demanda. É ou não é uma tragédia sem precedentes, a que vivemos? 
Ah! Sem contar que nem seringas e agulhas sequer temos. 
Pode um negócio desse? 
Enquanto isso, o general titular do Ministério da Saúde, nos seus rompantes de caserna, diz quase aos gritos que já estão definidos o dia D e a hora H: dia 20/01, às 10 horas. 
Nesse ponto, faço igual São Tomé, só acredito vendo, mas já que sou cego, como deverei crer nisso, hein? 
Abaixo, o desabafo de um brasileiro...







quinta-feira, 14 de janeiro de 2021

BOLSONARO DE BICO CALADO

Decreto governamental põe Pernambuco em estado de silêncio.
O motivo disso é a Covid-19 que tem engolido milhares de pernambucanos.
A pandemia provocada pelo Novo Coronavírus assusta o mundo, desde o começo do ano passado.
Mais de 50 países estão vacinando seus cidadãos. Uma recente foi a Turquia, berço da antiguidade.
É da Turquia Paulo, Saulo (perseguidor mortal dos cristãos), que virou santo: São Paulo.
É de São Paulo a autoria de 13 epístolas do Novo Testamento.
O presidente da Turquia convocou hoje 14 a Imprensa, incluindo a televisão, para mostrar o braço sendo espetado por uma agulha levando a vacina da CoronaVac.
Isso me fez lembrar Boris Johnson, 1º ministro do Reino Unido, dizendo em julho ou agosto que é louco quem não aceita vacinar-se contra o Novo Coronavírus.
E ouço agora, agora pouco, notícia dando conta de que o Papa também estendeu seu braço à vacina contra o mal que está matando o mundo.
Enquanto isso, o irresponsável presidente brasileiro recém saído das urnas fica na moita. Nada diz, diante da tragédia terrível que se multiplica no nosso País. E no mundo.
O silêncio é grave. É gravíssimo. Não só em Pernambuco. Mas em Brasília.
Há uma confusão dos infernos no centro do poder brasiliense.
O pau mandado da vez é o general intitulado do Ministério da Saúde, mais enrolado do que rabo de porco. Fala com petulância, recusando-se a falar como ser civilizado perante jornalistas curiosos e preocupados com o que sai da sua boca. Enfim não há ainda sequer um plano nacional de vacinação. E isso é grave.
O titular do Ministério da Saúde disse ontem que um avião estava saindo do Brasil pra buscar 2 milhões de vacinas na Índia. Errou. Seu Ministério corrigiu que sairia hoje 14. Não saiu. A empresa do avião, Azul não-sei-quê, sairá amanhã 15.
Pois é, o ministro e o Ministério estão mais perdidos do que cego em tiroreio.
Eu disse cego?
Eu sei o que digo, embora sem luz nos olhos.
O silêncio de Bolsonaro sobre as questões mais importantes do Brasil é tão grave quanto o silêncio da procissão do Bonfim, tradição religiosa de séculos.
A procissão do Bonfim não saiu nesse ano de tristeza e morte.

A BELA HISTÓRIA DE CAJU E CASTANHA, EM CORDEL


José Albertino da Silva tinha 12 anos de idade quando chamou a atenção do prefeito de Jaboatão dos Gruararapes, Severino Claudino. 
José Albertino não estava só, na ocasião, fazia-se acompanhado do irmão José Roberto da Silva, de 7 anos. 
Os dois Josés tocavam e cantavam emboladas de improviso, cercados de pessoas que os aplaudiam. 
O prefeito, encantado com o que via, convidou os meninos para um lanche e tal. Deu-lhes algum dinheiro e um papel onde escreveu o endereço, recomendando que os procurassem. 
A vida desses pequenos Josés começou a mudar naquele momento. De imediato ganharam um apelido que se transformou no nome artístico de ambos, Albertino (Caju) e Roberto (Castanha).
Muito rapidamente Caju e castanha chamara a atenção de outras pessoas que neles apostavam num futuro de arte. Entre essas pessoas, a cineasta Tânia Quaresma. 
Tânia estava desenvolvendo as filmagens do documentário Repente, Cordel e Canção (1975).
Belíssimo. Deste documentário participaram, além de Caju e Castanha, o Cego Oliveira e Zé Ramalho, que despontava nas paradas como Zé Ramalho da Paraíba. 
Não demorou muito, os jovens irmãos rumaram em direção à capital paulista. Nessa cidade, depois de comerem o pão que o diabo amassou, conheceram o compositor, violeiro e produtor musical mineiro Téo Azevedo. E logo lançaram um disco, LP, intitulado Embolando na Embolada (Ao lado).
A história de Caju e Castanha é uma história de luta, alguma tristeza e muita alegria. 
Além de Téo Azevedo, a dupla conheceu muitos outros artistas e produtores musicais. 
Rolando Boldrin e Lima Duarte deram um impulso fantástico à carreira da dupla, no extinto programa Som Brasil (TV Globo).
A história de Caju e Castanha virou filme e, agora, folheto de cordel assinado pelo cantor e compositor Luís Wilson, apresentador do programa dominical Pintando o Sete (Rádio Imprensa, FM 102.5).
O folheto de Wilson é um folheto muito bonito, muito bem escrito, em sextilha (acima).
José Albertino da Silva e José Roberto da Silva nasceram em Jaboatão, município distante 17km da capital pernambucana, Recife. 
Caju morreu em 2006. O seu lugar foi preenchido pelo sobrinho, Ricardo Alves da Silva. Chamado, intimidade, de Cajuzinho. 
Téo Azevedo compôs e Caju e Castanha gravaram uma música falando do programa São Paulo Capital Nordeste (Rádio Capital AM 1040) que apresentei durante quase 7 anos. Os dois participaram várias vezes desse programa. Para lembrar, clique: 
 



quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

BOLSONARO ENVERGONHA BRASIL

Estados Unidos, China, Venezuela e Brasil são denunciados em relatório mundial produzido pela ONG Humans Rights Watch, divulgado hoje 13. As acusações vão desde a questões relacionadas a direitos humanos até o combate ao novo coronavírus, por esses países praticamente ignorados.
Os EUA de Trump têm alcançado números estratosférico de contaminados  e mortos pelo vírus pandêmico.
A China fez o que pode para esconder o vírus que nasceu lá nas terras de Mao Tsé-Tung (1893-1976).
A Venezuela fantasia dados sobre a pandemia, ao mesmo tempo que põe pra correr os venezuelanos que discordam do governo Maduro.
E o Brasil, hein?
Bom, no Brasil o que existe é "uma tal pandemia", no dizer do chefe da Nação.
Bolsonaro tem se transformado na maior vergonha de um país perante as democracias modernas. Triste, não é?
O relatório destaca ainda as atitudes homofóbicas, preconceituosas e autoritárias de Bolsonaro desde que assumiu o governo, há dois anos.
Bolsonaro atiçou a direita canina que o segue de todas as maneiras, inclusive estimulando ataques ao Congresso, ao STF e a Imprensa.
O relatório lembra que a resistência do Congresso, do STF e da Imprensa freou os ímpetos antidemocráticos do presidente, para quem, tudo indica, quanto pior melhor a situação que ora vivemos.
O presidente do Brasil continua xingando e provocando jornalistas.
Mais de 50 países já estão vacinando seus cidadãos.
Na Indonésia, a vacinação começou hoje.
Na Turquia, começa amanhã 14.
No nosso País ainda não há sequer um plano nacional de vacinação, embora o general titular do Ministério da Saúde diga que a vacinação começará "no dia D e na hora H".
Enquanto isso, o número de óbitos no Brasil já passa de 205 mil.



TOMA LÁ-DÁ-CÁ
Quando assumiu o governo há dois anos, Bolsonaro disse ser contra o "toma lá-dá-cá". Mentia. O acordão que ele fez com o Centrão é prova de que ele é defensor total da velha política praticada desde tempos d'antanho. O candidato a presidente do Senado, do DEM, está tendo seu apoio. Aliás, do PT também. Na Câmara, a situação não é diferente. O candidato à substituição de Rodrigo Maia está sendo totalmente apoiado por ele. Pois é, né?

FLÁVIO TINÉ, 84

Foi na pequena Gravatá, interior de Pernambuco, que nasceu aquele que se tornaria um grande jornalista: Flávio Tiné.
Tiné começou a carreira de jornalista em 1952, na capital pernambucana.
Dois anos depois foi preso pelas forças da repressão e o atiraram numa prisão qualquer. Com ele, entre outros, Miguel Arraes. 
Flávio Tiné nasceu no dia 12 de janeiro de 1937. 
Como jornalista, Tiné foi redator de revistas da editora Abril, Última Hora e o Estado de S.Paulo. 
A carreira profissional desse gravataense foi brilhante. Até como assessor de imprensa do Complexo Hospitalar Clínicas.
Lembro de várias passagens com Tiné. 
Num ano qualquer em que integrei o quadro de profissionais da Globo, era comum aperrear a vida do colega quando chefiava a parte de imprensa do HC. Ele sempre facilitou o nosso acesso ao Hospital, para entrevistar médicos e pacientes. 
Curiosidade: Tiné, já aposentado, chegou a ser uma espécie de garoto propaganda do Estadão. Confira:
https://assisangelo.blogspot.com/2012/09/jornalista-tine-50-anos-de-profissao.html
Tiné tem publicado três livros (reprodução das capas acima).
Esporadicamente ele ainda publica crônicas no Jornal do Comércio, de Recife.   

ESTÁ CHEGANDO O ANIVERSÁRIO DE SÃO PAULO, 467 ANOS: 
https://assisangelo.blogspot.com/2020/01/reis-da-musica-cantam-sao-paulo.html

terça-feira, 12 de janeiro de 2021

O BRASIL ESTÁ "FORDIDO"...

Ontem 11 o a Ford anunciou que está se desfazendo das suas instalações no Brasil.
A consequência imediata disso é a demissão de 5.00 trabalhadores.
Claro, o presidente da República diz que tem nada a ver com isso. E quem tem, nós?
O Brasil está sendo desmatado, com o incentivo do presidente da República.
O desemprego continua aumentando.
O povo continua comendo o pão que o Diabo amassou.
O presidente Francês, Emmanuel Macron, tem mostrado preocupação com o meio ambiente.

VIVA O POVO BRASILEIRO

Eu tive um amigo de nome Pedro Caetano. Era compositor. Deixou coisas incríveis no campo da nossa música popular.
Pedro morreu atropelado. Faz tempo. No Rio de Janeiro. Foi autor de alguns clássicos da nossa música popular. Fez música até para a baianinha Miss Brasil Martha Rocha. Clique: MARTHA ROCHA, A MISS CANTORA
Muita gente morreu e morre atropelada no Brasil. No mundo. E das formas mais diferentes.
Em novembro de 2020, o cidadão baiano William de 48 anos, deficiente físico, foi atropelado por um motoqueiro na Av. Ibirapuera. O atropelador queria que o atropelado ainda lhe pagasse 2.500 reais...
William teve quebrada a perna esquerda em duas partes e a direita em três.
William é exemplo de cidadão que se reinventa, que se refaz perante as intempéries.
Semana passada William soube que a amiga Ivone estava às voltas com um problema doméstico: vazamento de um cano na parede do banheiro da sua casa.
"Aí ele telefonou perguntando se poderia me visitar. Eu disse que sim, mas como ele chegaria na minha casa se não estava podendo andar?".
William, um desses milhões de brasileiros simples e determinados, chegou à casa de Ivone num andador e findou por resolver o problema que ela apresentara. Detalhe: "Eu já havia contatado dois pedreiros, que foram a minha casa e não mais voltaram", lembrou Ivone.
O amigo de Ivone, William é um brasileiro que faz e sabe o que é solidariedade.
Solidariedade é uma coisa muita bonita que anda em extinção neste mundo doido em que vivemos.
O Brasil continua sendo atropelado, principalmente pelos mandachuvas governantes.

DESGOVERNO NA HORA "H". TRISTE BRASIL

O Brasil está desgovernado, sem governo.
O Brasil está perdido, num mato sem cachorro.
Ouço no rádio o general titular do Ministério da Saúde dizer que a vacinação contra a Covid-19 começará no dia "D", na hora "H".
Meu amigo, minha amiga, você sabe o que diabo é isso que o general da "saúde" disse ontem 11?
O dia 6 de junho de 1944 foi um dia fundamental para a liberdade dos povos.
Mais de 100 mil soldados da Inglaterra e Estados Unidos, e também da França, desembarcaram de milhares e milhares de embarcações em cinco praias da Normandia, França.
Falo da 2ª Grande Guerra.
As forças do Eixo, formadas pela Alemanha, Itália e Japão, foram pegas de surpresas. Resultado: milhares de mortos.
Os Aliados venceram. E o mundo livre, também.
O dia "D" foi um dia marcado pela inteligência das forças aliadas e a hora "H" foi a hora prevista. Não podia passar daquilo, da hora "H".
O desembarque dos Aliados na Normandia estava previsto pro dia 5 de junho. Era noite de lua e de maré baixa. Porém, de repente, o tempo mudou e tempestades desabaram na região. Mas deus tudo certo.
O general titular da usou, na sua linguagem atravessada, um modo de dizer à população que estava tudo certo. Dia "D" na hora "H". Ou seja: que o início da vacinação contra a Covid-19 tinha data e hora marcada para começar. Não é verdade.
Nós, população brasileira, estamos mais perdidos do que cego em tiroteio.
Esse ministro, que não gosta de falar à Imprensa, é uma besta quadrada que nem o seu chefe.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

JORGE RIBBAS, JOÃO CÂMARA E EU

Hoje está se completando um ano que a Covid-19 fez sua primeira vítima fatal. Foi um chinês de Wuhan, que se achava num criadouro ou mercado de animais.
A praga denominada Novo Coronavírus já infectou 90 milhões de pessoas mundo afora. Só no Brasil, mais de 8 milhões.
O mundo inteiro está sofrendo, está pagando pecados, mudando a rotina.
O compositor e instrumentista arranjador pernambucano Jorge Ribbas, diretor musical de um conservatório musical de Campina Grande, PB, telefona pra dizer que anda de cabeça pra baixo. Culpa da pandemia que a todos nos ameaça.
E Jorge contou um pouco de sua história pessoal. Que nasceu em Garanhus, PE, em março de 1964. "Sou filho da Ditadura", disse brincando.
Desse assunto eu conheço, pois sou da safra de 1952.
Em 1952, Vargas era o presidente paz e amor. Antes, de 1930 e 1945, ele foi o cão chupando manga. Prendia e arrebentava. Fez parceria com Deus e o Diabo e, assim, findou por dar identidade política, econômica e cultural ao Brasil de hoje sob as rédeas do ex-capitãozinho Bolsonaro.
No dia 24 de agosto de 1954, ele deu um tiro no peito. E foi-se.
Bom, Jorge contou que deixou Garanhus pra se aventurar na grande Campina Grande. Tinha uns 19 anos quando chegou lá, terra do mungangueiro Genival Lacerda. Lá cresceu e virou um gigante da boa música.
Engraçado, essa história me lembra outra. É o inverso.
No dia 12 de janeiro de 1944, nasceu em João Pessoa o menino que virou pintor chamado João Câmara Filho.
Eu tinha menos de 19 anos quando conheci João Câmara, que virou meu professor de História da Arte da divisão artística da Universidade Federal da Paraíba.
João Câmara tinha 16 anos quando trocou João Pessoa por Orlinda, PE. E lá continua compondo sua obra pictórica.
O que tem a ver Jorge, João e eu nessa história toda?
Jorge ainda muito jovem oferecia-se como professor de música de porta em porta.
João fazia o mesmo batendo de porta em porta, oferecendo seus quadros.
E eu com isso?
Bom, como pintor não fui lá grande coisa e no jornalismo encontrei o meu caminho, a partir dos jornais O Norte, Correio da Paraíba, A União, Projeção, Diário da Borburema e Rádio Correio da Paraíba, ofereci-me ao mundo.
Troquei João Pessoa pela Capital paulista em agosto de 1976. E o Jorge virou meu parceiro musical. Ouça:



Leia mais sobre Jorge Ribbas:

sexta-feira, 8 de janeiro de 2021

COVID-19 MATA 200 MIL, NO BRASIL

O Brasil que pensa e sofre chorou ontem 7 a morte de 200 mil brasileiros provocadas pela Covid-19.
Triste demais.
Enquanto isso, o presidente saído das urnas em 2018 continua tirando sarro do povo. Vamos morrer mesmo, não é?
Os primeiros 100 mil mortos pela Covid foram registradas, oficialmente, no sábado 8 de agosto de 2020. Para lembrar, leia: COVID-19 MATA 100 MIL, NO BRASIL
Bolsonaro e seu governo não estão nem aí com a pandemia que tantas mortes já ceifou. Nem plano de vacinação ainda foi feito.
Bolsonaro prefere brigar com governador João Dória, de São Paulo, e dar rabissaca para o povo e o País.
A briga de Bolsonaro com Dória é uma briga que tem por alvo a politização da vacina contra a Covid-19. E nós que nos lascaquemos.
Até agora 50 países iniciaram campanha de vacinação contra o mau que, no mundo, já matou pelo menos 2 milhões de pessoas. O ranking é liderado pelos EUA e Brasil.
Os óbitos alcançados ontem 7 no País foram sucedidos pela boa notícia de pedido do Butantan e FioCruz à Anvisa para uso emergencial das vacinas chinesa e britânica, CoronaVac e Pfizer.
Mas como eu disse a pouco, ainda não há plano de vacinação traçado pelo Ministério da Saúde.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

NÃO PODEMOS TER MEDO DE BOLSONARO

Incrível. Inimaginável. Estou chocado.
Não vi, mas ouvi o alarido da direita brucutu que invadiu ontem 6 o Congresso norte-americano.
Os brucutus ou cachorros loucos trumpistas babavam ódio e gritavam palavras de baixo calão contra o presidente eleito Joe Biden.
Os violentos malucos invadiram o Capitólio e fizeram uma quebradeira dos diabos. Quatro pessoas morreram. Entre elas uma mulher do lado Trump.
O quebra-quebra e ameaças visavam fazer com que o Congresso não reconhecesse a vitória de Biden. O argumento era: eleições fraudulentas.
Não demorou e a cópia malamanhada de Trump, Bolsonaro, deu as caras abrindo a boca pra dizer besteira: "Se nós não tivermos o voto impresso em 22, uma maneira de auditar o voto, nós vamos ter problema pior que os Estados Unidos".
O voto impresso é atraso total. E foi esse tipo de voto que gerou essa esculhambação toda nos EUA.
Bolsonaro carece de uma boa e novinha camisa de força. Isso sim.
A fala dele é para cada vez mais dividir o Brasil. Mas não podemos ter medo dele e do que ele diz.

COVID MATA GENIVAL LACERDA

Hoje 7 cedo recebi um telefonema do cantor e compositor pernambucano Luiz Wilson dando conta do falecimento do forrozeiro paraibano Genival Lacerda, conhecido como Rei da Munganga.
Genival, vítima da Covid-19, iria fazer 90 anos de idade no próximo dia 5 de abril.
O artista começou a carreia aos 25 anos de idade. Seus primeiros discos foram gravados no formato de 78 Rpm. Sua primeira gravadora foi a extinta Mocambo, de Recife. Sua primeira música: Coco de 56, dele e do parceiro João Vicente.
Genival gravou meia dúzia de 78 Rpm, 32 LPs e vários CDs. No total, uns 70 discos.
Genival Lacerda alcançou grande sucesso com Severina Xique-Xique, Radinho de Pilha (Ela deu o Rádio) e Mate o Véio, Mate.
Eu conheci Genival durante as comemorações juninas em João Pessoa, PB. Na ocasião ele fora contratado pela direção do extinto jornal O Norte, onde iniciei a carreira de jornalista. Faz tempo, né?
Quando fui convidado para apresentar o programa São Paulo Capital Nordeste, na Rádio Capital AM 1040, em 1998, convidei Genival para uma entrevista. Foto ao lado. Foi a primeira entrevista do programa, como artista.
Ele morreu depois de 38 dias internado num hospital da Capital pernambucana.

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