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quarta-feira, 27 de julho de 2022

DEMOCRACIA SEMPRE

O jurista Goffredo da Silva Telles (1915-2009) definia a ditadura como um tipo de governo feito para o povo, sem o povo.
Ditadura, de direita ou de esquerda, é uma porcaria. Só serve aos poderosos, aos que querem se perpetuar no poder a qualquer custo.
Nós brasileiros e brasileiras estamos correndo risco de perder a democracia para a ditadura. 
O tempo todo o atual presidente da República ameaça-nos de usurpar a liberdade tão duramente conquistada por nós, desde a promulgação da Carta de 1988. Nessa Carta lê-se, já no 1º artigo no seu parágrafo único: “Todo poder emana do povo, que o exerce por meio de seus representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição”.
É, pois, preciso que estejamos sempre atentos. Vigilantes.
Ontem 26 o site da Universidade de São Paulo, USP, postou uma "Carta às Brasileiras e aos Brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito!". De cara mais de 3 mil pessoas, de áreas diferentes, subscreveram essa carta. Que termina assim:

Imbuídos do espírito cívico que lastreou a Carta aos Brasileiros de 1977 e reunidos no mesmo território livre do Largo de São Francisco, independentemente da preferência eleitoral ou partidária de cada um, clamamos as brasileiras e brasileiros a ficarem alertas na defesa da democracia e do respeito ao resultado das eleições.
No Brasil atual não há mais espaço para retrocessos autoritários. Ditadura e tortura pertencem ao passado. A solução dos imensos desafios da sociedade brasileira passa necessariamente pelo respeito ao resultado das eleições.
Em vigília cívica contra as tentativas de rupturas, bradamos de forma uníssona:
Estado Democrático de Direito Sempre!!!!

As adesões continuam.
A carta aos brasileiros e brasileiras será lida no próximo dia 11 de agosto, na Faculdade de Direito do Largo São Francisco.
A democracia ainda é o melhor caminho para uma sociedade se mover.
A luta pela democracia é eterna.
Séculos antes de Cristo um grego, Diógenes, lutou por liberdade combatendo tiranos, assaltantes do cofre público, da dignidade humana etc. Sobre ele e a sua luta, escrevi: 

A terra de Homero
E da Mitologia
Dos deuses do Olimpo
E da Democracia
Plantou em Diógenes
A flor da Anarquia

Diógenes era um doido

Diplomado em Poesia
Com sua lanterna acesa
Em pleno dia
Procurou mas não achou
No poder cidadania

Outras coisas ele achou

Mas não o que queria:
Um Ser que fosse honesto
A verdade sem fantasia
e um santo que falasse 
Do valor da valentia

Valente é todo Ser

Que vive de teimosia
Que detesta injustiça
E a lei da "Mais Valia"
E não vou falar mais disso
Adeus, até outro dia!

Com uma inseparável lanterna, Diógenes entrou para a história procurando um homem honesto. Não achou. É isso.

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