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quarta-feira, 4 de abril de 2018

POVO TROCA FUTEBOL POR POLÍTICA

Ouço por aí que o Brasil tá lascado, que para ele não tem futuro, que tudo continua na mesma e só há a violência, a fome e o desespero.
Na verdade há uma onda de pessimismo tomando conta do país, ou de parte do país.
O Brasil estás mudando sim. Um monte de bandidos do colarinho branco está a contra gosto trocando suas mansões por prisões e devolvendo à força da justiça pelo menos parte do que subtraíram do erário público e tem muito, muito mais ainda a cair nas garras da Lei. E nem vou citá-los, pois os jornais do dia a dia já o fazem.
Nas cadeias do Brasil inteiro há quase 800 mil homens e mulheres presos, 41% deles sem acusação formal.
Juízes do STF estão decidindo se aceitam ou não o pedido de Habeas Corpus para o ex presidente Lula esperar em liberdade até a última instância; ele já foi condenado em duas e corre o risco, agora, de ter seus movimentos tolhidos pela justiça.
O Tribunal iniciou a sessão pouco depois das 14 horas. Cinco juízes já votaram: Fachin, Gilmar que antecipou seu voto e voltou voando a Portugal para cumprir agenda pessoal, Moraes, que deu voto técnico tinindo; Barroso, que falou uma linguagem bem próxima à compreensão comum, popular e Rosa Weber, que contrariou alguns de seus pares, como Marco Aurélio, por votar contra o pedido a favor de Lula.
O Brasil está mudando, sim.
Hoje é mais fácil os brasileiros saberem de cor os nomes dos juízes do STF do que dos jogadores que integram a seleção de Tite.
Estamos a pouco mais de dois mneses do início da Copa do Mundo na Rússia e não se fala disso nos botecos, nos restaurantes, nas praças como costumava-se falar, e isso é um bom sinal. É salutar, sim, trocar a discussão em torno de futebol pela política.
O teatrólogo pernambucano Nelson Rodrigues dizia que Futebol é o ópio do povo. Essa máxima pode ser trocada, e para melhor: política é prato para ser digerido cada vez mais. Aliás, o teatrólogo alemão, Bertold Brecht,  dizia que analfabeto político é todo aquele que rejeita a discussão sobre o cotidiano.

REI DOS FUROS

O amigo jornalista José Antonio Severo, gaúcho dos bons, veio tomar uma cerveja comigo no último fim de semana. Severo tem deixado marcas na imprensa, ele foi repórter da extinta Revista Realidade e um dos editores do extinto diário Gazeta Mercantil. Foi também o criador do Jornal da Globo e hoje e participa de um Portal na Internet e foi não foi está dando furo. Há poucos dias todo mundo tomou conhecimento da pretensão de Temer candidatar-se à presidência, furo do Severo, autor de vários livros. Seu mais novo livro, Senhores da Guerra, em dois volumes, inspirou o cineasta Tabajara Ruas. O filme foi lançado ano passado. É um épico.



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