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quinta-feira, 16 de julho de 2020

DE METEORISTOS A CHATÔ: UMA HISTÓRIA


Eu olho pra cima, para o céu e não vejo nada. Mas amigos e amigas olham pra cima e veem as tantas e tantas belezas que o céu oferta.
São uns privilegiados, os meus amigos.
Ontem 15, à noite, fragmentos de um meteorito iluminaram o céu da Paraíba, Pernambuco, Ceará e Bahia.
Fiquei morrendo de inveja só de ouvir o relato.
Lembrei-me das chuvas de meteorito, das estrelas cadente alumiando a minha infância.
Já que não vejo com os olhos, ouço:

O rádio me dá notícia de que o Reino Unido, os EUA e o Canadá estão acusando a Rússia de usar seu exército de hackers para subtrair dos computadores de Oxford, e de outras universidades, apontamentos de pesquisas que deverão levar à descoberta de uma vacina que ponha fim ao pandemônio provocado pela pandemia gerada pelo novo Coronavírus.
Esse vale tudo é o fim do mundo.
Ouvi ontem 15, com agrado, notícia dando conta de que a rainha Elizabeth II, da Inglaterra, encontrara-se com militares do seu Exército. Quisera ela saber como eles estão enfrentando o vírus, que já provocou a morte de mais de meio milhão de pessoas mundo afora.
Hoje 16 o Brasil deve cravar a triste marca de 76 mil mortos em 4 meses, provocadas pela Covid-19.
A primeira morte provocada pela Covid no Brasil ocorreu no dia 16 de março, em São Paulo.
Hoje 16 o Brasil deve bater a marca de dois milhões de brasileiros contaminados pelo novo Coronavírus.
Enquanto isso, o presidente Cramunhão procura fazer de conta que está tudo normal. Tanto que o Ministério da Saúde continua sem ministro há mais de dois meses.
Mas ele, Bolsonaro, pegou a “gripezinha” que alardeu o tempo todo.
Sabem o que acho?
A rainha Elizabeth foi coroada em abril de 1953. Entre os convidados, o paraibano (primeiro e único imperador da imprensa do Brasil) Assis Chateaubriand, na intimidade chamado de Chatô. Mas ele não teve a oportunidade de apertar a mão da rainha, na ocasião. Mas essa é outra história.
O que o céu nordestino mostrou ontem fez-me lembrar a história do Bendegó.
Bendegó foi assim chamado o meteorito que despencou do céu atingindo um pedaço do sertão da Bahia, em 1784. Peso: 5,3 toneladas de ferro etc. Essa “pedrinha” ainda se acha nas dependências do quase recuperado Museu Nacional, que pegou fogo em setembro de 2018.
A Bahia quer de volta o Bendegó.
Sobre Bolsonaro, eu acho o seguinte:

PUXINANÃ E RECIFE


Puxinanã é um município paraibano localizado a pouco mais de 150 km da capital, João Pessoa. Hoje é dia da padroeira dessa cidade: Nossa Senhora do Carmo. Essa santa, um dos muitos nomes de Maria mãe de Jesus, também é padroeira do município de Recife, PE. A Capital pernambucana tem uma das mais belas praias do Nordeste: Boa Viagem, que está sendo engolida pela erosão política. Hoje é feriado nessas duas cidades.

ELIZETH CARDOSO, 100 ANOS



Tinha dez anos de idade, quando se viu obrigada a abandonar os estudos para ajudar a família, constituída de pai, mãe e mais cinco irmãos.
Elizeth Moreira Cardoso nasceu no dia 16 de julho de 1920, no Rio de Janeiro.
O pai, Jaime, era violonista e adorava levar a filha para cantar nas festas.
Aos 16, 17 anos Elizeth saiu de casa por não suportar mais brigar com o pai. Nessa época namorava o jogador de futebol Leônidas da Silva (1913-2004), que entraria para a história como o Diamante Negro.
Leônidas foi o jogador mais importante da copa de 1938, mas o pai de Elizeth não gostava disso nem dele. Por isso ela saiu de casa.
A vida dessa artista foi muito atribulada, enfrentou muitos preconceitos.
Iniciou a carreira artística pelas mãos de Jacob do Bandolim (1918-1969), na antiga Rádio Guanabara.
Era ainda muito jovem quando encontrou à sua porta um bebê dentro de um cesto. Era uma menina. Não pensou duas vezes e a adotou.
Grana curta, poucos convites para cantar e muito trabalho para cuidar da bebê. A essa altura, ela já se casara e ganhara um filho. Para suportar o tranco, aprendeu a dirigir e durante quase dez anos sustentou-se e a seus filhos dirigindo táxi nas ruas do Rio.
Na discografia de Elizeth, a Divina, constam uns 20 discos de 78 rpm e 40 LPs, entre os quais o intitulado Canção do Amor Demais (1958). Esse disco, é considerado um marco da Bossa Nova.
Elizeth apresentou-se na França e gravou discos em Japão, Portugal e Venezuela.
Um causo: ela namorava, em 1966, o sambista Ciro Monteiro. Briga vai, briga vem entre eles, Elis Regina achou de dar pitaco. Ela retrucou: “Se você não gosta de mim como cantora, não se intrometa na minha vida”. Consta que Elis nutria um certo ciúme da Divina.
Elizeth Cardoso Moreira morreu em 7 de maio de 1990, de câncer.
O acervo do Instituto Memória Brasil (IMB) abriga quase todos os discos que Elizeth Cardoso gravou.



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