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quarta-feira, 16 de junho de 2021

HOJE É DIA DE IVAN LINS

Ivan Lins, cantor e compositor considerado um craque do jazz brasileiro nasceu em 1945 num dia como o de hoje.
A obra de Ivan Lins é uma obra muito bonita, iniciada com Madalena (abaixo). 
Ivan Lins é um boa praça, bom caráter, uma figura e tanto.
Conheci Ivan Lins nos tempos em que eu era repórter da Folha. Lembro-me como se fosse hoje: uma entrevista com ele e seu parceiro Vitor Martins. LP novo. Lançamento. Num hotel de no Firenze, na rua Frei Caneca. Ali naquela curvinha, pouco antes do prédio onde morava o compositor e instrumentista Marcus Vinicius. 
Por onde andará o Marcus Vinicius, hein?
Marcus foi diretor do selo CPC/Umes. 
Por esse selo cheguei a gravar um CD (ao lado). 
Mas essa é outra história. 
Uma historinha: certa noite dos anos 70, tomávamos uma aguinha de coco do bar do Miranda, ali de lado da Folha, na Barão de Limeira, SP. Eu, o finado Roberto Jardim e Fernando Paiva. Mais um ou outro. Alguém propõe que fechemos a conta e que partamos ao Rio, pelo aeroporto via Congonhas. 
Era umas sete da noite. Eu disse que não ia. Mas fui. 
O destino era a casa do Ivan.
Eu fui, mas voltei sem ir à casa do Ivan. 
Os amigos ficaram lá, dormiram lá e depois disseram que eu perdi uma belíssima noite. Bobos. 
Todo dia e toda noite é bela quando estamos com que queremos e com quem nos queira. 

ÚLTIMA HORA, 70 ANOS

Antônio José de Azevedo Amaral foi médico e jornalista. Nascido no Rio de Janeiro, defendeu tese do curso de Medicina na França e durante 10 anos foi correspondente do jornal Correio da Manhã, na Inglaterra.
Autor de vários livros, Amaral alinhava-se ao ideário conservador.
Amaral conheceu Samuel Wainer (1910-1980), que conheceu Álvaro Moreyra, Carlos Lacerda, Nelson Werneck Sodré e Graciliano Ramos.
Samuel gostava de se escorar nos intelectuais.
Em 1938, esse pessoal levou à publicação textos inéditos na revista Diretrizes, que tinha como correspondentes estrangeiros Ernest Hemingway e Aldous Huxley.
O forte da revista era política, economia e cultura.
No dia 12 de junho de 1951 Samuel revolucionava a Imprensa brasileira com o lançamento do diário Última Hora.
Antônio José de Azevedo Amaral nasceu em 1881 e morreu cego em 1942 no Rio, quando Diretrizes virara publicação semanal dirigida pelo já polêmico Samuel Wainer.
Samuel estava longe de ser considerado um anjo, mas era amado. E odiado.
Em junho 1953, Última Hora foi alvo da primeira CPI criada para apurar supostas falcatruas na fundação de um jornal. Deu em nada.
Última Hora teve edições em São Paulo, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Minas Gerais.
O último editor desse jornal foi o paulista Oswaldo Mendes, em 1979. OSWALDO MENDES, UM CARA PORRETA
Nessa história toda, uma pessoa sentiu-se traída: Antônio José de Azevedo Amaral.
Para sua decepção, Samuel Wainer tomou para si em cartório o título da revista Diretrizes. Essa informação veio à tona num artigo assinado e publicado pelo historiador Danilo Wenseslau Ferrari, na Revista do Arquivo do Estado SP, em 2008.

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