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quinta-feira, 1 de agosto de 2019

30 ANOS SEM O REI DO BAIÃO


Assis e Gonzaga tomando uma cervejinha, que ninguém é de ferro: 1978, em SP

Diz a lenda que um dia Deus estava assim, assim, meio entediado, quando resolveu chamar Luiz Gonzaga para tocar forró, xote, xaxado e baião no céu.
Eu conversava muito com Luiz Gonzaga e com seus amigos e parceiros como Dominguinhos.
Antenógenes Silva disse-me um dia que foi ele o primeiro afinador de sanfona do Rei do Baião. Noutra ocasião o próprio Gonzaga confirmou essa história, acrescentando que Antenógenes fora por toda a vida o seu ídolo. Curiosidade: Antenógenes também me disse que foi ele o único artista sul-americano a acompanhar Carlos Gardel à sanfona, num palco na Argentina.
Lembro-me de Dorival Caymmi contando no programa São Paulo Capital Nordeste, que eu apresentava na Rádio Capital AM 1040, sobre a simplicidade de Gonzaga, como pessoa e como artista. Essa era nota comum entre todos que entrevistei sobre o velho e bom Gonzaga: Carmen Costa, Marinês, Camélia Alves, Bob Nelson, João Silva, Altamiro Carrilho, Azulão, Sivuca, Carlos Poyares, Edy Meirelles, Emilinha Borba, Georges Henry, Mario Lago, Mario Zan, Marlene, Otacílio Batista, Patativa do Assaré, Paulo Dantas, Pedro Cruz, Rielinho, Waldyr Azevedo.
As entrevista que eu fiz com todos os artistas aqui citados, já mortos, se acham no acervo do Instituto Memória Brasil, IMB. Nesse acervo também se acha o único LP de Gonzaga com contracapa assinada por um historiador: Luís da Câmara Cascudo. Eu, da minha parte, lembro que assinei duas ou três contracapas de discos de Gonzaga no formato CD para a RCA Victor/Ariola e Revivendo.
Luiz Gonzaga do Nascimento nasceu no dia 13 de dezembro de 1912 em Exu (PE), e partiu para a eternidade na manhã do dia 2 de agosto de 1989.  Há 30 anos, portanto. Ele gravou mais de 600 músicas que formam o seu repertório. Muitas de suas músicas foram regravadas por centenas e centenas de intérpretes brasileiras e estrangeiros, também. Entre os estrangeiros se acham Peggy Lee, Keiko Ikuta, Georges Henrry, Dizzy Gislespie, Demi Roussos, David Byrne. Até na Ilha de Páscoa e Coréia do Sul músicas de Gonzaga continuam sendo gravadas nas línguas originais desses lugares.
Mais de 50 livros já foram publicados contando a história de Gonzaga, que hoje no céu faz a festa de santos, anjos, arcanjos e querubins. O capeta deve estar fulo com isso, mas fazer o quê?
Ah! Ia-me esquecendo: eu mesmo já escrevi três livros sobre esse excepcional artista. E mais um, o definitivo, estou concluindo. Título: Luiz Gonzaga, o Divisor de Águas da Música Brasileira. Esse livro trará muita coisa inédita da vida e obra de Gonzaga. Entre essas coisas, fotos incluídas das viagens que fiz mundo afora, procurando por lá histórias perdidas do nosso País...
Divirtam-se clicando nos links ai abaixo.









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