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quarta-feira, 5 de junho de 2013

SIMPLICIDADE MARCA SHOW NO BUTTINA

No palco, Ricardo Valverde (abaixo, no clic de Andrea Lago) comandando desde o seu vibrafone os companheiros de jornada: Luisinho (7 cordas), Wesley (cavaco) e Rafael (bateria).
No repertório, obras de Callado (Joaquim Antônio da Silva Callado; 1848-80), Pixinguinha (Alfredo da Rocha Viana Filho; 1897-1973), Jacob do Bandolim (Jacob Pink Bittencourt; 1918-69), Nazareth (Ernesto Júlio de Nazareth; 1863-1934) e outros bambas do chorinho de antigamente.
Na plateia, uma seleta de pessoas educadas e sensíveis.
Local: restaurante Buttina, ali na João Moura, 976, em Pinheiros, zona Oeste da capital paulista.
A audição se deu ontem, na hora combinada: 21h30/22h30.
Seria um jantar como outro qualquer, num restaurante qualquer da cidade; mas não foi.
E o jantar foi apenas um detalhe à parte, como detalhe à parte foi o vinho Vivi Primitivo, suave e saborosíssimo, da região italiana de Puglia.
A noite começou quando o dono do restaurante, José Otávio, pegou o microfone e apresentou com naturalidade e intimismo o percussionista Ricardo Valverde e o espetáculo Teclas no Choro, com os já referidos músicos.
Ao vibrafone - instrumento antigo de origem asiática, trazido ao Brasil nos primeiros anos do século passado -, Ricardo começou mostrando com exemplar brilhantismo uma das obras-primas do carioca Callado, Flor Amorosa; originalmente uma polca gravada por Irmãos Eymard, pela primeira vez num incipiente estúdio da velha Odeon por volta de 1910, ainda sem a letra que o maranhense de São Luís Catulo da Paixão Cearense faria para Aristarco Dias Brandão registrar como modinha para a mesma Odeon, em março de 1913.
A partir daí e no correr da hora seguinte, o que se viu – e ouviu - no Restaurante Buttina foi de fato um espetáculo difícil de ser esquecido, de tão bonito.
Os músicos fizeram desfilar um rosário de pérolas, enriquecido com a participação ocasional e espontânea de Arismar do Espírito Santo e sua filha cantora, Bia Góes (acima, no clic de Andrea).
Antes, o virtuose Luisinho 7 Cordas (ex-Demônios da Garoa) acompanhou sozinho Bia na valsa Rosa, de Pixinguinha e Otávio de Souza.
Marcante pela simplicidade, profissionalismo e talento.
Amanhã haverá degustação de vinho, lá.
Vamos?
Ah, sim: comi espaguete ao alho e óleo com couve mineira e linguiça calabresa cortada em finas rodelas e nhoque. Achei o tempero um pouco forte. Preço dentro dos conformes e atendimento nota 10. O ambiente é pra lá de aconchegante.

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