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terça-feira, 22 de junho de 2010

MARADONA, DUNGA E O FRANCÊS. ALGO A VER?

Demichelis abriu o placar aos 32 do segundo tempo e Palermo aos 42 o fechou com um belíssimo gol no estádio Peter Mokaba.
A Grécia penou na unha da Argentina.
Primeiro porque precisava ganhar de qualquer jeito e não ganhou. Nem se esforçou, foi o que nos pareceu a nós pobres mortais, tamanho o medo que demonstrou pelos adversários, em campo.
Jogou fechado, na retranca, tremendo.
Esse o seu erro; o seu principal erro. E fatal.
Resultado: acabou ganhando passaporte de volta, antes do tempo previsto; e de mãos abanando.
Na partida de morte pra Grécia, Demichelis deu provas de que se recuperou das besteiras que fez no jogo contra os sul-coreanos semana passada.
Messi fez misérias, como era esperado; mas não fez gol. Dominou a bola por diversos momentos, brincou com ela correndo pra lá e pra cá, deu tiros, bombas, arremessou torpedos na trave etc. e tal e só.
Por um momento pareceu o Ronaldo português, em jejum de gols há um século.
Mas eu pergunto: será que o danado do Messi não está se preparando pra pegar o Dunga com gosto na sexta?
Palermo fez o que fez: dois chutes a gol e um fuzilamento inevitável, sem dó.
Maradona, bem, Maradona continua impossível, parecendo estreante em estado de êxtase.
Sim, a fênix Maradona é o retrato sem retoques da vida em ebulição: parece até estar fazendo o mundo girar mais rápido a sua volta.
Ele merece.
Os argentinos o merecem.
Os torcedores, também.
Copa é graça, talento, prazer, alegria.
Já o treinador francês... Um horror!
Os franceses, no entanto, não devem se envergonhar do desempenho da sua seleção nesse Mundial, mas, sim, do treinador Raymond Domenech, que – absurdo dos absurdos – chegou a recusar o cumprimento do treinador brasileiro Carlos Alberto Parreira, do selecionado da África do Sul, que, aliás, também foi eliminado. Só que de forma natural, com classe, com categoria, respeito, dignidade.
Que Dunga se espelhe nele.
E no Maradona, por que não?
O ex-capitão da seleção que ganhou o tetracampeonato nos Estados Unidos em 1994 tem tido um comportamento também lamentável, com sua cara fechada, boca de poucas palavras e gestos não muito próprios de um cidadão bem-educado.
Como alguém pode estar de mal com o mundo quando tudo lhe corre bem, hein? Acho que só os infelizes de natureza.
Por que Dunga é infeliz?
Ah! Sim, o técnico da seleção brasileira em 94, chefe do Dunga, era Parreira.

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