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domingo, 4 de agosto de 2024

LICENCIOSIDADE NA CULTURA POPULAR (120)

A África é um celeiro de crenças incríveis.
Paulina Chiziane é a primeira escritora moçambicana a ganhar o prêmio Camões, como o seu conterrâneo Mia Couto. É autora de um movimentadíssimo romance intitulado Niketche (2001). Nesse livro, o personagem central é um cara pra lá de machista, grosso, que mora com quatro mulheres e tem caso aqui e acolá. Na trama nasce um movimento de fortalecimento do viver feminino.

Dentro dessa mesma temática e também enaltecendo a mulher é o romance histórico A Rainha Ginga, do angolano José Eduardo Agualusa. Esse livro foi lançado em 2014  e conta a história de uma mulher e do seu povo que lutam contra os invasores. A ver com portugueses e holandeses. Há personagens brasileiros. A líder guerreira Ginga mostra que não nasceu pra brincadeira. Pra se divertir, chegou a formar um harém com homens vestidos de mulher. 

Harém por harém é bom que se diga que suas origens datam da Antiguidade. Está na Bíblia.

No Livro Sagrado aparece Salomão reinando absoluto com 700 mulheres com quem se casou e outras 300 com quem não se casou. Uma festa!

Que não nos esqueçamos: o pai de Salomão era o rei Davi.

Outra história dá conta de que foram sultões do Império Otomano que criaram esse pagode todo chamado harém. O auge foi no século 13 e o declínio começou ali pelo século 17. O fim ocorreu na primeira parte do século 20.

Isto também se deu com as gueixas, no Japão, que deram sinal de vida na segunda metade do século 17.

Os padres sempre estiveram em terras virgens.

José de Alencar, não custa lembrar, era filho de um padre: José Martiniano Pereira de Alencar. Filho de padre também foi o abolicionista José do Patrocínio (1853-1905), seu pai era João Carlos Monteiro, vigário da paróquia de São Salvador. Era político e muito influente na região. Tinha 54 anos de idade quando levou para seu convívio uma garotinha de 13 anos, Justina Maria do Espírito Santo, que daria a luz ao famoso Patrocínio.


Foto e reproduções de Flor Maria e Anna da Hora

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