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quinta-feira, 4 de novembro de 2021

HÁ 130 ANOS, MORRIA SILVA JARDIM

Charge com Silva Jardim e o conde D'eu, de 1888
 
O Brasil já foi berço de grandes oradores, como o jornalista e advogado abolicionista Silva Jardim.
Jardim era fluminense, nascido na vila de Nossa Senhora da Lapa de Capivari.
De família pobre, o futuro jornalista e advogado formado pela Faculdade de Direito do Largo São Francisco, SP, fez história defendendo africanos escravizados no Rio de Janeiro e em São Paulo, onde conheceu o poeta e também jornalista Luís Gama (1830-1882).
Era integrante do partido Conservador e, como tal, defensor radical da República antes de o sistema político ser República.
Seus discursos juntavam multidões.
Retrato de Silva Jardim
Foi ele que no dia 28 de janeiro de 1888, com 27 anos de idade, reuniu mais de 2.000 pessoas no Teatro Guarany em Santos, SP. Foi um belíssimo discurso que fez. Vários jornais publicaram na íntegra.
Esse discurso, segundo a imprensa da época, anteciparia o golpe militar que provocou o exílio da família real à França e a mudança do sistema político no País.
No discurso em Santos, Silva Jardim disse que temia que o francês conde D'eu, marido da princesa Isabel, substituísse o sogro dom Pedro II. 
 Sobre ele caiu uma chuva de palmas. Foi, como se diz hoje, ovacionado.
Após a proclamação da República, no dia 15 de novembro de 1889, Silva Jardim tentou eleger-se deputado Constituinte. Não conseguiu. Frustrado, pegou o boné e foi tirar uns dias na Itália. Lá quis conhecer o Monte Vesúvio. 
O vulcão do Monte Vesúvio soterrou várias cidades entre as quais Pompeia, no ano 79 a.C. 
No dia 1º de julho de 1891, enquanto apreciava a paisagem do vulcão digamos assim, uma fenda abriu-se a seus pés e o engoliu para sempre.
A vila de Nossa Senhora da Lapa de Capivari traz, desde 1943, o nome de município Silva Jardim.

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