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quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

TINHORÃO, PIXINGUINHA E DAVID BOWIE

O 13 é um número enigmático. O 13 é sorte, é azar, é isso, é aquilo.  É o que é, pra quem quer. Eu acho o 13 fantástico. Treze, ao avesso, é 31, e nada não digo mais, porque o 31 pra vocês aqui que me leem é um número importante.

O 13 de hoje me trouxe pessoas incríveis na minha vida.

O 13 de hoje me trouxe Rosely, bem no começo da manhã.

O 13 de hoje, no comecinho da tarde, me trouxe um amigo da TV Globo de tempos d’antanho: Davi Almeida. E com Davi, veio Silene.

Silene me lembra Celene; Celene Sintônio, minha professora de artes plásticas na Universidade Federal da Paraíba, junto com Raul Córdula e João Câmara Filho. Mas essa é outra história.

O 13 de hoje também me trouxe um grupo de pessoas também muito queridas, a começar por Colibri, Vitor e Tinhorão. Esse Tinhorão é aquele: José Ramos Tinhorão, o terror dos imbecis.

O 13 de hoje, que está terminando, foi incrível.

Tinhorão, com seu charme e conhecimento naturais, monopolizou que o ouvia.

Tinhorão disse um monte de coisas importantes a respeito deste País tão judiado por governantes maus gestores. E aí não vamos entrar na questão de quem é quem. País intelectualmente pobre é o nosso. O aluno finge que aprende e o professor finge que ensina. E ai do professor que discutir com o aluno, a respeito dessa ou de questão parecida...

Tinhorão hoje estava extremamente bem-humorado, dizendo coisas incríveis a respeito de si próprio, a respeito de sua formação – você sabia que ele também é advogado? –, a respeito do Rio antigo, a respeito do mundo.

E pensar que Tom Jobim achava Tinhorão um chato...

Tinhorão hoje, conosco, falou sobre música e gente chata. Falou sobre Pixinguinha, futebol, Garrincha... E falou até do grande sambista Wilson Batista, que nos deu, por exemplo, o magnífico samba Chico Brito. E de rock, David Bowie...

Como jornalista, Tinhorão contribuiu enormemente para a profissão. Um exemplo? Foi Tinhorão o cara que definiu contextualmente o que significa uma foto-legenda. Ele era tão bom nisso que levou Nelson Lins e Barros, junto com Carlos Lyra – aquele da Bossa Nova –, a se inspirar no seu texto e gerar uma bela música bossa-novista, Maria do Maranhão, que diz: Maria pobre Maria/ Maria do Maranhão/ Que vive por onde anda/ E anda de pé no chão...

Neste 13 de hoje, estiveram até a boca da noite os colegas Nuzzi (autor do livro Geraldo Vandré – uma canção interrompida, que vocês todos têm de ler) e Colibri, da Rádio Brasil Atual.

Meus amigos, minhas amigas; este 13 foi um dia fantástico. O mais importante historiador do Brasil, José Ramos Tinhorão, completará no próximo dia 7 de fevereiro 88 anos de idade – 88 ao contrário é 88. Tim-tim...

Neste ano de 2016 o mesmo Tinhorão começa a entrar na história do Brasil com o livro Música Popular: um tema em debate, cujo lançamento está fazendo 50 anos.

Viva Tinhorão!

Ah! Os livros de José Ramos Tinhorão deveriam estar, todos eles, obrigatoriamente nas escolas públicas e particulares deste País, meu Deus, analfabeto.

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