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segunda-feira, 6 de setembro de 2021

LIBERDADE DE EXPRESSÃO, UM DIREITO DE TODOS

A máxima o dito "liberdade de expressão" está em moda.
Todo mundo fala hoje de liberdade de expressão.
É liberdade de expressão pra cá, é liberdade de expressão pra lá, e a zebra a postos.
Liberdade de expressão é liberdade de expressão, sem ameaça individual ou coletiva.
Liberdade de expressão, já dizia o filósofo popular Millôr Fernandes: "Pensar é só pensar".
Viver em paz e ao lado de quem pensa diferente é fundamental. Exemplo: há pouco perguntei ao conterrâneo Geraldo Vandré se ele já havia chorado em algum momento da vida. Respondeu afirmativamente, que sim. Muitas vezes. E perguntei mais. Perguntei o que achou do desempenho dos atletas portadores de deficiência física, intelectual etc, nas Paralimpíadas de Tóquio. Resposta, dura e crua: "Um desfile de horror, de aleijados...".
Chocou-me, claro. Mas essa é apenas uma opinião, uma discordância entre partes. No caso, eu e ele.
Geraldo também acha que jornalista gosta de barulho, de confusão, de bagunça. Discordo.
Exprimir opinião é um direito natural de todos que vivem numa Democracia. 
O Brasil já passou por momentos de grandes perrengues, desde a invasão dos estrangeiros  no século 16. E foi, e foi, e foi... E cá estamos de novo em nova encruzilhada.
O 7 de setembro é uma data para ser lembrada. Foi nesse dia, em 1822, que Dom Pedro I declarou a nossa independência de Portugal. Esse dia, porém, só foi transformada em feriado nacional em dezembro de 1949. O governo era o do Marechal Dutra.
É isso.
E viva o Brasil!
Ah, sim: hoje é véspera de amanhã 7. Ouço no rádio e televisão que o governo Bolsonaro, e o próprio Bolsonaro, está convocando o "povo" pra grandes aglomerações em "comemoração" ao 7 de setembro. O radicalismo do presidente atrai como ímã o radicalismo de quem o segue como cegos loucos. Zebra à vista, mas o governador João Dória está armando o maior esquema de segurança jamais visto em São Paulo.
Em casa estou, em casa estarei amanhã 7.
 
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VIVA O ALFAIATE!

No dia 6 de setembro de 1945, na semana do fim da 2ª Guerra Mundial, o sanfoneiro e cantor Luiz Gonzaga lançava à praça mais um disco de 78 RPM. Nesse disco se achava a gravação da cantiga Cortando o Pano, de Miguel Lima e J. Portela. Essa música registra o cotidiano de um alfaiate.

Errei no corte, seu Zé Mariano
Peço desculpas pelo meu engano
Sou alfaiate do primeiro ano
Pego na tesoura e vou cortando o pano
 
Quando ele erra, estraga o pano todo
Quando ele acerta, a roupa não convém
 
Quando ele erra, estraga o pano todo
Quando ele acerta, a roupa não convém
 
Eu fiz um terno pro José, meu mano
Ficou curtinho, porque houve engano
Sou alfaiate de primeiro ano
Pego na tesoura e vou cortando o pano
 
Quando ele erra, estraga o pano todo
Quando ele acerta, a roupa não convém
 
Quando ele erra, estraga o pano todo
Quando ele acerta, a roupa não convém
 
Se chegar Seu Mano (vou cortando o pano)
Vai cortando o pano (vou cortando o pano)
E se estragar o pano (vou cortando o pano)
Vai cortando o pano (vou cortando o pano)
 
Se furar o pano (vou cortando o pano)
Vai cortando o pano (vou cortando o pano)
E se queimar o pano (vou cortando o pano)
Vai cortando o pano (vou cortando o pano)
 
Se chegar o Germano (vou cortando o pano)
Se chegar o Fulano (vou cortando o pano)
E se chegar o Sicrano (vou cortando o pano)
Mas vai cortando o pano (vou cortando o pano)
Mas vai cortando o pano (vou cortando o pano)
 
Sai daqui, baiano
Tá me perturbando, peste
Eu sou valentão
 
Sou alfaiate do primeiro ano
Mas faço roupa pra qualquer fulano
Só não acerto quando há engano
Se Deus ajuda, o terno sai bacano
 
Pelo sistema norte-americano
Não faço roupa pra qualquer fulano
Também não corto pra você, baiano
Eu sou valente, sou pernambucano
 
Quando eu me zango, bato a mão no cano
Aperto o dedo, sai logo o tutano
Sou alfaiate do primeiro ano
Pego na tesoura e vou cortando o pano
 
E se não tiver pano (vou cortando o pano)
E se chegar Seu Mano (vou cortando o pano)
Mas vai cortando o pano (vou cortando o pano)
 
E se não tiver pano (vou cortando o pano)
Mas vai cortando o pano (vou cortando o pano)
Vai cortando o pano (vou cortando o pano)
 
Se chegar o Germano (vou cortando o pano)
Se chegar o Fulano (vou cortando o pano)
E se chegar o Sicrano (vou cortando o pano)
Mas vai cortando o pano (vou cortando o pano)
 
E se queimar o pano...
 
Hoje 6 é o dia de todos os alfaiates brasileiros. Ouça: 

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