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sexta-feira, 29 de setembro de 2023

DE POETAS E POETAS

A posse do ministro Luís Roberto Barroso ontem 28 como presidente do Supremo Tribunal Federal, STF, em substituição a Rosa Weber reuniu opostos em Brasília. Houve tensão, saia justa e coisa e tal. Betânia foi chamada pelo novo presidente do Tribunal para cantar o Hino Nacional. Cantou, foi aplaudida e tudo mais. Depois ainda cantou uma música em memória da mulher de Barroso, Tereza Cristina Van Brussel Barroso, que morreu em 13 de janeiro de 2023.
Entre as mais de mil pessoas convidadas para o evento, lá estiveram o presidente Lula e os titulares da Câmara e do Senado, respectivamente Arthur Lira e Rodrigo Pacheco.
Lula vai se submeter a uma cirurgia hoje 29. Quer anestesia parcial, mas os médicos querem anestesia geral. Lula está com medo, até andou falando a respeito disso.
Lira e Pacheco estão tramando contra Lula, contra o governo Lula e contra a população em geral. Pena.
Lira está querendo o cargo de rei do Brasil, que não existe há quase 200 anos. O último monarca foi Pedro II. Chatô, o rei do Brasil... Bom, esta é outra história.
Pacheco estimulou a tropa para votar não sei o quê no intuito de melar a decisão do STF favorável aos indígenas. Contra, portanto ao inominável marco temporal que não existe na Constituição. 
E assim vamos nós.
No discurso de posse como novo presidente do STF, Barroso destacou na 3ª parte do seu discurso uma frase que pode facilmente ser identificada como verso do poetinha Vinícius de Morais.
Luís Roberto Barroso disse, textualmente: "Bastar-se a si mesmo é a maior solidão". Pra completar, acrescentou: "...Como disse o poeta". Mas, como se vê e viu, não citou Vinícius. Imperdoável, partindo de quem parte a fala em concorrida solenidade.
Foi do texto Da Solidão que Barroso extraiu e mexeu e tal e coisa. Aqui, ó: "... A maior solidão é a do ser que não ama. A maior solidão é a do ser que se ausenta, que se defende, que se fecha, que se recusa a participar da vida humana. A maior solidão é a do homem encerrado em si mesmo...".
E já que estamos falando de poeta e poesia, não custa lembrar de um cara chamado Confúcio. Não sei o sobrenome, filiação e o lugar exato onde nasceu, mas sei que foi há muitos séculos antes de Cristo.
Até onde se sabe, diz a história que Confúcio foi um poeta e filósofo que deixou muita coisa bonita na cabeça de gente do seu tempo. E de fala em fala, na base da oralidade, Confúcio ganhou forma, alma e vida. Era contra a violência e a favor do bem comum, cuja cartilha foi seguida por ases da paz como Luther King e Gandhi. Era chinês. Seus ensinamentos foram desvirtuados pelos imperadores chineses e por tantos e tantos outros poderosos mundo afora. Pra lembrar Confúcio:

"Quando vires um homem bom, tenta imitá-lo; quando vires um homem mau, examina-te a ti mesmo".
"Se queres prever o futuro, estuda o passado".
"O homem superior atribui a culpa a si próprio; o homem comum aos outros".
"O silêncio é um amigo que nunca trai".

Ah, sim! Ia-me esquecendo de dizer uma coisinha: no 1º discurso de posse do segundo mandato de Dilma Rousseff como presidente do Brasil, ela disse lá pras tantas: "A cultura popular é a digital de um povo". Não disse o autor dessa frase, mas eu o conheço. Esse cara sou eu. Só que escrevi o seguinte: "A cultura popular é a identidade do povo".
Bom, mas fazer o quê?
Foi no 1º governo de Lula que saiu por aí afora a frase "O melhor do Brasil é o brasileiro". O autor dessa frase, porém, também não foi citado. Eu sei: Luís da Câmara Cascudo.
E pra lembrar Vinícius, vamos ouvir:

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