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quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

VIVA MARIO SÉRGIO CORTELLA!

Minha cachacinha é minha companheira.
A sina de cada um de nós, nós a construímos.
O mundo, é sina.
Ouvir o brasileiro Mario Sérgio Cortella é ouvir um pouco dos mundos, de todos os mundos.
O filósofo Cortella traduz com naturalidade o porvir.
Eu o conheci num evento promovido pela Livraria e Editora Cortez na Pontifícia Universidade Católica, PUC. Lembro, aproximei-me dele e me apresentei. Ele rasgou o sorriso dizendo, para minha surpresa, que já sabia das besteiras que até então eu tinha feito.
Dias depois, recebi dele um monte de livros, de sua autoria. E aí, outros dias depois, minha menina mais nova Clarissa atirou os olhos na minha estante e localizou parte da obra do Cortella. Fez isso com a alegria mais bonita, mais solta; com a alegria que faz os olhos brilharem de modo, sei lá....
Mario Sérgio Cortella transmite nos seu falar a grandeza da vida, com a simplicidade da vida. Quando ele fala dos autores, dos filósofos gregos, fala com a naturalidade de quem bebe água e fala do carinho da mãe.
Eu acho que Aristóteles falava, no seu tempo, com a mesma naturalidade que Mario Sérgio Cortella fala neste tempo em que vivemos.
A vida, o mundo tem salvação. Ah! Há quem diga que eu falo muito quando estou diante de platéia superior a cinco mil pessoas, o Cortella... maravilhoso! Ele aniversaria no mesmo dia do aniversário do poeta Patativa do Assaré, 05 de março.
Os primeiros pés de cana plantados no Brasil datam de 1530.






IEMANJÁ, RAINHA DOS MARES


Iemanjá é a rainha de todos os rios, mares e oceanos, diz a lenda. É divindade africana, cultuada no Brasil, Uruguai e Cuba. Suas origens são, a rigor, desconhecidas, como todas as origens de divindades. Aqui e acolá, encontram-se notícias de que nasceu no Rio Ogum, em África.
Hoje é dia de Iemanjá.
O dia 08 de dezembro é, também, dia de Iemanjá, na Paraíba, em Pernambuco...
Faz-se grande festa em seu louvor em Salvador, BA.
Em 1580, já havia muitos negros no Brasil, desembarcados na capital baiana. Houve mais duas grandes levas de negros trazidos ao Brasil:  de Angola, Moçambique. Da última leva vieram nagôs yorubás, ali pelos fins do século XVIII.
São milhares e milhares de santos criados pela Igreja Católica. O primeiro foi o mártir Estevão, escolhido pelo clamor popular.
Nos primeiros séculos depois da crucificação de Cristo, os santos não eram escolhidos da forma como hoje o são. Os papas apenas chancelavam os nomes clamados pelos fiéis. A canonização só veio ali pelo século X.
Houve um tempo em que a Igreja condenava as crenças africanas. Foi aí que alguém, não se sabe quem, teve a brilhante ideia de aliar divindades como Iemanjá a santos e santas da Igreja romana. Assim Iemanjá tem em Nossa Senhora o seu reflexo. E a Igreja aceitou. Hoje, por exemplo é dia de Nossa Senhora dos Navegantes. Nossa Senhora, mãe de Cristo, aparece em vários lugares e situações como "Das Dores", "Da Penha", "Da Aparecida"...
Pela descrição dos seguidores do Candomblé e da Umbanda, Iemanjá é uma belíssima mulher de cabelos longos, negros. Das suas lágrimas surgiram as águas do mar, salgadas. Ela é fraterna, ela é mãe que cuida com carinho e firmeza dos seus filhos. Iemanjá é fortíssima, é a mãe da natureza. Depois que chegou ao Brasil, deixou para Iara o domínio dos rios.
No Brasil, Iemanjá é a protetora dos marinheiros e pescadores. Dorival Caymmi compôs uma obra incrível na qual aparece, com relevância, a rainha dos mares, Iemanjá.


São centenas e centenas de músicas que tratam de Iemanjá. O compositor Paulo César Pinheiro também compôs coisas bonitas enaltecendo Iemanjá. Mas tem um perequequê especial de que não gosto. Esse perequequê deve-se ao fato de ela hipnotizar os bobocas e lavá-los ao fundo do mar. Cliquem abaixo para ouvir a mineira Clara Nunes cantando Morena de Angola...



Os negros que aportaram à força no Brasil, a .partir do século XVI, trouxeram na mente e na alma, as suas crenças, os seus temores, as suas glórias, os seus sonhos derribados pelos poderosos de então. Junto com eles, apanharam dos colonizadores os índios, que passaram aos negros alguns dos seus segredos, no campo da cura obtida pela coleta de determinadas plantas.
Os fracos, quando juntos, ficam fortes...
Os colonizadores não aceitavam, evidentemente, o Candomblé. Como religião decorrente disso, surgiu a Umbanda.
A primeira seção formal reunindo seguidores da Umbanda foi realizada em 1908, no Rio de Janeiro. Zélio Moraes foi o primeiro curandeiro dessa religião. Umbanda tem a ver com cura, curandeiro. Mas essa é outra história.





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