Ela tem cerca de 800 músicas gravadas nos gêneros mais diversos.
Cerca de 200 dessas obras foram compostas em parceria com o sanfoneiro e cantor Dominguinhos, desaparecido hoje faz uma semana e com quem ela dividiu cama e casa por quase 12 anos, na capital paulista.
A paixão e o amor pelo artista de Garanhuns, PE, não acabaram depois da separação, “ao contrário”, ela diz.
E diz também que Dominguinhos foi a razão da sua vida.
Antes de conviver com Anastácia, Dominguinhos casara com Janete Silva de Moraes. Dessa união, resultaram dois filhos: Mauro e Madalena, recentemente desaparecida, aos 49 anos de idade.
Espírita da linha kardecista, Anastácia se confessa uma mulher feliz e de bem com a vida.
O que ela sentiu com a doença e morte do parceiro?
“Uma tristeza imensa”.
A compositora - e cantora - conta que rezou muito pela saúde de Dominguinhos; e que compareceu ao velório na Assembleia Legislativa de São Paulo.
Ela conta que na Assembleia sentiu pena de Guadalupe – que também conviveu com Dominguinhos; e pena também sentiu de Liv, nascida da união de Guadalupe com Dominguinhos numa cerimônia afro, em Recife.
“Senti pena delas porque lhes transmiti meus pêsames e elas me responderam com silêncio e ódio” no rosto, disse a coautora do clássico popular Eu só Quero um Xodó, que já conta com mais de 400 gravações no Brasil e no Exterior, sendo a primeira feita por Marinês para o LP (CBS) Só Pra Machucar, de 1973.
No disco, o título saiu truncado: Eu Quero um Xodó.
A segunda gravação dessa música coube a Gilberto Gil fazer, para um compacto simples (Philips) lançado também em 1973, com muito sucesso.
Ao todo, Dominguinhos gravou 34 LPs e 38 CDs. Fora isso, a presença dele ficou registrada em dezenas de LPs e CD de amigos famosos e outros nem tanto.
Dominguinhos era incrível!