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segunda-feira, 15 de julho de 2013

CULTURA POPULAR E ACADEMIAS DE LETRAS

Não é e nem nunca foi tradição as academias brasileiras de letras darem destaque à cultura popular, mas aos poucos o tema parece que começa a ganhar espaço nas casas especialmente fundadas para cultuar a cultura das línguas, no caso a portuguesa.
Mas a Academia Paulista de Letras, APL, ocasionalmente recebe no seu auditório, há pouco restaurado, artistas plásticos, atores, declamadores e intérpretes da música popular que fazem valer voz e instrumentos diante de boa parte de sisudos acadêmicos diplomados, alguns, em Jornalismo, Direito e Medicina, como o seu fundador, o médico carioca Joaquim José de Carvalho (1850-1918)...
Ao lado do sergipano de Lagarto Silvio Romero (1851-1914), Luiz da Câmara Cascudo http://www.youtube.com/watch?v=TeLQm3SbyJQfoi um dos mais importantes estudiosos dos hábitos e costumes do povo.
Sílvio, que era jornalista como Cascudo, integrou o quadro de acadêmicos da ABL e deixou, também como Cascudo, obras de extrema importância para melhor compreensão do nosso País, como Contos Populares do Brasil (1882), Etnografia Brasileira (1888) e Estudos Sobre a Poesia Popular no Brasil (1888). Este é o tema principal da edição especial deste mês de MEMÓRIA DA CULTURA POPULAR, resultante da parceria do Instituto Memória Brasil com o newsletter Jornalistas&Cia.

BAHIANO
Natural de Santo Amaro da Purificação, BA, a cerca de 70 quilômetros da capital Salvador, o primeiro cantor profissional do Brasil, Manuel Pedro dos Santos, morreu no dia 15 de julho de 1944, ou seja, há exatos 69 anos. Ele deixou uma enorme quantidade de discos gravados para a Casa Edison do Rio de Janeiro. É dele a primeira gravação de uma música com letra no País, o lundu Isto é Bom, de seu conterrâneo Xisto Bahia (1841-94).

CASCUDO
Ouça um trecho de entrevista que Câmara Cascudo nos deu, clicando:
ww.jornalistasecia.com.br/edicoes/culturapopular15.pdf

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