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terça-feira, 21 de agosto de 2012

FOLCLORE, INSTITUTO GEOGRÁFICO E MEDAGLIA

Amanhã 22 Internacional do Folclore estarei em conferência às 15 horas no salão nobre do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, à Rua Benjamin Constant, 158, Centro da cidade, falando sobre a importância do dia e, dentre outros temas, da necessidade de o poder público preservar melhor a memória do País, criando ferramentas adequadas para isso, pois não basta tombar prédio ou casa histórica por quem nela nasceu ou habitou e dar por encerrado o trabalho. Depois disso é que são elas, seu dotô, isto é: faz-se necessário o seu restauro e ocupação; e daí o acesso fácil ao público, coisa que ainda não se vê hoje por aí.
Tombar por tombar, tombem-se leões e jacarés, elefantes etc. e tal.
O convite é da presidente da entidade, Nelly Martins Ferreira Candeias.
E a entrada é franca.
A propósito: ontem passei de frente da casa onde viveu Mário de Andrade, ali na Lopes Chaves, Barra Funda, pertinho daqui de onde batuco estas mal batidas linhas, e a vi de portas fechadas.
Pois é, tombar por tombar não dá.
A memória de uma cidade tem de estar à mostra e não guardada a lopes chaves, hahaha.
Do Mário:

Na Rua Aurora eu nasci
Na aurora da minha vida
E numa aurora cresci.

No largo do Paissandu
Sonhei, foi luta renhida,
Fiquei pobre e me vi nu.
Nesta Rua Lopes Chaves
Envelheço, e envergonhado
Nem sei quem foi Lopes Chaves.

Mamãe! Me dá essa lua,
Ser esquecido e ignorado
Como esses nomes da rua.

JÚLIO MEDÁGLIA
Acabo de saber que o grande maestro Júlio Medaglia foi demitido junto com seus auxiliares da direção do qusse centenário Teatro São Pedro, que fica aqui de lado de casa. Motivo? Burrice da parte dos administradores públicos. Até onde vamos chegar, meu Deus? Esse maestro é orgulho do Brasil, e só os bobocas que o puseram no olho da rua não sabem disso. Mais dias, menos dias e as coisas hão de melhorar. Cadê o cipó de aroeira do Vandré, que não vem, que não vem?

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