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domingo, 31 de janeiro de 2016

VIVA JOÃO CARLOS MARTINS

Belo e tocante foi o programa que a TV Cultura apresentou ontem a noite sobre João Carlos Martins, que como pianista especializado em Bach levou o nome do Brasil para boa parte do mundo, incluindo os EUA e China. Aliás, guardo comigo ainda um belo programa de um concerto na terra de Mao Tse Tung.
João Carlos Martins foi vítima do acaso, quando participava de uma pelada no Central Park, em Nova Iorque, no fim dos anos 60. No decorrer da partida, uma pedrinha malvada penetrou em parte delicada do seu braço direito, na altura do cotovelo. Esse acidente o levou a muitas cirurgias, que o fizeram a voltar ao piano em momentos diferentes.
O drama de João emocionou muita gente.
João, o "Jão" como chamava nosso amigo Eleazar de Carvalho, chegou a se apresentar no Carnegie Hall, interpretando Concerto Para Mão Esquerda, de Ravel. Mas o Jão de Eleazar não desistiu e hoje está num crescendo na atividade de maestro, atividade cuja a orientação recorreu ao nosso Júlio Medaglia.
Ouvindo o programa sobre sua vida na TV Cultura, lembrei de momentos bonitos que tive na sua casa junto com a sua companheira e o amigo jornalista, Chico Pinheiro.
Na minha casa também tive a oportunidade de compartilhar com ele alguns momentos, como na casa do seu irmão Ives Gandra.
Saudade.
João é um vencedor.
João está se superando, como exemplo de vida.
Conheço isso, pois fiquei cego... Mas não perdi a visão, se me entendem.
Há dois ou três anos, João foi tema de enredo da escola de samba Vai-Vai. Com ele, a escola ganhou, e os foliões também.
Viva João Carlos Martins!



CBN NOITE TOTAL

Amanhã, segunda, estarei conversando com ouvintes no programa CBN  Noite Total. Vou falar de carnaval, de cultura, de história, de Brasil, gente, povo, vida. Até amanhã a partir das 21 horas na rádio CBN.

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

OSVALDINHO DA CUÍCA E ROLLING STONES

As comemorações pelos 462 anos de fundação da cidade de São Paulo encerradas ontem com uma missa na Catedral da Sé resultaram em chingamentos ao prefeito Haddad e ao governador Alckimin, proferidos por um grupo deminuto de pessoas identificadas como integrantes do recém criado movimento Passe Livre. Ai tem coisa, mas não é disso que eu quero falar.
Comemorar a fundação da Metropole Paulistana sempre será importante.
No correr de duas decadas desenviolví uma pesquisa pioneira que resultou em mais de três mil títulos musicais que tratam das belazas e feiuras e maravilhas e decepções referenrtes à cidade fundada por Nóbrega e Anchieta. Nesses momentos comemorativos sempre são exaltadas as origens da cidade. Isso, claro, é positivo,
Em qualquer tempo, é importantíssimo sabermos sobre a aldeia em que nascemos.
São Paulo é uma babel.
São muitos os incrívies personagens que habitam ou habiram a vida paulistana, entre os quais Dionísio Barbosa, Mário de Andrade, Inezita Barroso, Paulo Vanzolini, Geraldo Filme, Adoniran Barbosa, Francisco Bezerra de Meneses e tantos e tantos outros que deixaram uma obra e uma trilha de fundamental importância para sempre. Esses personagens já partiram mas há outros igualmente importantes convivendo entre nós.
Inezida nasceu num dia de carnaval e o carnaval está chegando, dessa vez sem ela (1925-2015).
Na proxímo mês, mais precisamente no dia 12, Osvaldinho da Cuíca completará 76 anos de idade. Osvaldinho é uma espécie de cridor ou recriador da cuíca como instrumento de valorosa importancia musical em qualquer meio que a percussão seja convocada pra se mostrar.
Nascido na região do Bom Retiro, mesma região em que nasceu o Corinthians em 1910, Osvaldinho já tem construida uma obra musical de referência e reverência. Mas, nunca eu o encontrei tão alegre e produtivo. Disse-me ele, sábado passado, que está compondo como nunca. "de novembro(2015), já compus uns cinquenta sambas".
Alegre como nunca, Osvaldinho conta que acabou de receber um convite para voltar a se apresentar em Okinawa, Japão, onde esteve á menos de um ano "vou participar de um grande evento musival em prol da paz mundial, que esta sendo organizado pelos japoneses", disse-me. "será uma especie de We are the world. a minha parte eu já compus."
Á beira de completar 76 anos Osvaldinho também acaba de receber convite dos ingleses Rolling Stones. "nem sei bem o que eles querem fazer comigo no palco, mas no dia 25 do mês que vem, eu começo a gravar um clipe pra eles".
Osvaldinho está compondo sambas com endereço certo: Zeca Pagodinho, Paulinho da Viola, Martinho da Vila, Bethe Carvalho.
Osvaldinho tem várias musicas que tratam da cidade de São Paulo e seus bairros, como Santo Amaro berço do Samba da Vela.
Viva Osvaldinho da Cuíca! 

       

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

CARTA A DEUS E HINO A SÃO PAULO


Querido Deus,
Aqui no Brasil, terra que você conhece muito bem, vivemos uma confuzão enorme. Parece uma Babel, onde todos dizem tudo e ninguém se entende.
Só se fala em crise, crise disso e daquilo. É crise por todo lado. Até quem espirra demais, ou acha que espirra demais,  diz como justificativa que está em crise. E tudo isso começou, com a ascenção de dona Dilma à segunda etapa de um governo que acaba de completar neste janeiro cinco anos de muito desacerto e polêmica. Dizem as más linguas que sua última campanha, de 2014,  recebeu reforço de caixas dois, três, quatro, cinco...
Com o perdão da palavra Deus, é crise como o diabo!
As crises que vivemos aqui na terrinha onde você nasceu, se multiplicaram - e continuam a se multiplicar -com milões de denuncias que levaram à abertura da Operação Lavajato,comandada  pelo temido  doutor Mouro. Até o ex presidente Lula está correndo o risco de cair na malha da Lavajato.
Os blocos carnavalescos espalhados  Brasil afora estão deitando e rolando, mostrando a "cara" dos poderosos milionários "esfarrapados" que ora curtem a contragosto "temporadas" atrás das grades "liberadas" pela justiça. Eskindô, eskindô! Os blocos estão ressucitando as marchinhas e gozando a cara dos corruptos.
Meu Deus querido, a situação aqui no seu berço natal está demais e muito perigosa, é o que achamos.
O Lula diz pra todo mundo ouvir que não há "viva alma" mais honesta do que ele. Dizer isso não seria uma heresia, um pecado sem perdão? Enquanto isso, dona Dilma diz um monte de besteira, incluindo aquela da mandioca.
E é crise, crise, crise, é crise que não acaba mais.
A onde vamos parar, você poderia nos dizer?
Teremos salvação, Deus?
Sábado, na hora do Jornal Nacional, descobrí que a nossa querida Inezita Barroso continua vivinha da silva. Ela continua  elegante e rindo graciosamente entanto apresenta seus convidados; no caso, a dupla Divino e Donizete e o compadre Renato Andrade, que você me permitiu conhecer e fazer dele um amigo. Foi nessa hora, que o querido Osvaldinho da Cuíca pateu à porta me trazendo a alegria da sua presença, conversamos, conversamos e concluimos que Inezita continua a apresentar o programa mais importante da televisão brasileira: Viola Minha Viola. Ma-ra--vi-lho-so!
Como você já deve ter percebido, Deus, estou lhe escrevendo esta carta por duas razões: Para dirimir dúvídas e, de certo modo, homenagear os carteiros que hoje vive o seu Dia, no mais  hoje é o dia da conversão do Apóstolo Paulo, que antes foi Saulo, perseguidor implacável dos cristãos no tempo em que o Cristianismo era apenas uma espécie de ceita. A propósito, atraves de Nóbrega, Paulo emprestou seu nome à cidade que me adotou e que também adotou o amigo Peter Alouche, autor, com Téo Azevedo, da obra-prima São Paulo de Todos Nós, que recomendo ao prefeito Hadadd que a oficialize como hino da nossa Paulicéia Desvairada como dizia Mário de Andrade. E sugiro isso por uma razão: a cidade de São Paulo não tem hino oficial.




quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

DECLARAÇÃO DE AMOR A SÃO PAULO

                                             DECLARAÇÃO DE AMOR A SÃO PAULO

Segunda-feira é dia de São Paulo. Dia do santo e da cidade que Nóbrega e Anchieta fundaram nos idos do Séc XVI.
Naquele tempo, ou pouco antes, os portugueses diziam que no Brasil tinha índio a dar com pau. Eles diziam isso e acreditavam, tanto que depois foi o que se viu.
Caminha, que acompanhava Cabral no achamento da região, mandou carta ao seu rei dizendo que, além de índios, havia por cá tudo de bom, tudo de ótimo. E dizia também que nessa terra “em se plantando tudo dá”.
E deu no que deu, incluindo os desmandos por Cabral aqui plantados.
Não gostei de ouvir o pernambucano Lula da Silva dizer que é ele a única “alma viva”, honesta, ilibada, etc.
Bom, mas os primeiros portugueses que desembarcaram em nossas terras, trouxeram algumas coisas boas, como a folia de reis, o cordel e a desgarrada.
Os mesmos primeiros portugueses que aqui desembarcaram, também trouxeram violência e sede no pote; isto é, destas terras extraíram riquezas que alimentaram, mas não saciaram, a sede pelo poder.
No Séc XVI São Paulo era província e a capital do que hoje chamamos de Brasil era Salvador.
Daquele tempo até o tempo atual, muitos brasileiros morreram na unha dos invasores desta terra Brasilis.
De pequenina, São Paulo cresceu, e se tornou na 4ª ou 5ª maior capital do mundo.
Segunda, São Paulo completa 462 anos.
Por duas décadas desenvolvi uma pesquisa que resulta hoje em cerca de 3 mil títulos musicais que tratam desta incrível cidade.

Eu adoro São Paulo
São Paulo me faz bem
São Paulo me enaltece
E eu a enalteço também...

Viva minha São Paulo
São Paulo minha querida
Parte da tua história
Faz parte da minha vida

Eu andei fazendo uns versos, uns poemas, sobre a cidade de São Paulo. São Paulo já foi cantada de todas as formas e em versos diversos. Se vocês procurarem no Google ou no youtube, certamente acharão projetos especiais que andei desenvolvendo, como ROTEIRO MUSICAL DA CIDADE DE SÃO PAULO.

CHICO BUARQUE

O cantor e compositor Chico Buaqrque de Hollanda é um grande brasileiro. Outro dia o desacataram à saída de um restaurante no Rio de Janeiro. Achei um horror e disse isso num dos textos aqui publicados. Agora tomo conhecimento que Chico autorizou seus advogados a processar as pessoas que o ofenderam, no que faz muito bem. É por essas e outras que o nosso país por muita gente é mal visto lá fora. Aliás, Chico Buarque foi o 1º cantor a gravar o samba Praça Clóvis, do querido Paulo Vanzolini.
DECLARAÇÃO DE AMOR A SÃO PAULO



Segunda-feira é dia de São Paulo. Dia do santo e da cidade que Nóbrega e Anchieta fundaram nos idos do Séc XVI.
Naquele tempo, ou pouco antes, os portugueses diziam que no Brasil tinha índio a dar com pau. Eles diziam isso e acreditavam, tanto que depois foi o que se viu.
Caminha, que acompanhava Cabral no achamento da região, mandou carta ao seu rei dizendo que, além de índios, havia por cá tudo de bom, tudo de ótimo. E dizia também que nessa terra “em se plantando tudo dá”.
E deu no que deu, incluindo os desmandos por Cabral aqui plantados.
Não gostei de ouvir o pernambucano Lula da Silva dizer que é ele a única “alma viva”, honesta, ilibada, etc.
Bom, mas os primeiros portugueses que desembarcaram em nossas terras, trouxeram algumas coisas boas, como a folia de reis, o cordel e a desgarrada.
Os mesmos primeiros portugueses que aqui desembarcaram, também trouxeram violência e sede no pote; isto é, destas terras extraíram riquezas que alimentaram, mas não saciaram, a sede pelo poder.
No Séc XVI São Paulo era província e a capital do que hoje chamamos de Brasil era Salvador.
Daquele tempo até o tempo atual, muitos brasileiros morreram na unha dos invasores desta terra Brasilis.
De pequenina, São Paulo cresceu, e se tornou na 4ª ou 5ª maior capital do mundo.
Segunda, São Paulo completa 462 anos.
Por duas décadas desenvolvi uma pesquisa que resulta hoje em cerca de 3 mil títulos musicais que tratam desta incrível cidade.

Eu adoro São Paulo
São Paulo me faz bem
São Paulo me enaltece
E eu a enalteço também...

Viva minha São Paulo
São Paulo minha querida
Parte da tua história
Faz parte da minha vida

Eu andei fazendo uns versos, uns poemas, sobre a cidade de São Paulo. São Paulo já foi cantada de todas as formas e em versos diversos. Se vocês procurarem no Google ou no youtube, certamente acharão projetos especiais que andei desenvolvendo, como ROTEIRO MUSICAL DA CIDADE DE SÃO PAULO.

CHICO BUARQUE

O cantor e compositor Chico Buaqrque de Hollanda é um grande brasileiro. Outro dia o desacataram à saída de um restaurante no Rio de Janeiro. Achei um horror e disse isso num dos textos aqui publicados. Agora tomo conhecimento que Chico autorizou seus advogados a processar as pessoas que o ofenderam, no que faz muito bem. É por essas e outras que o nosso país por muita gente é mal visto lá fora. Aliás, Chico Buarque foi o 1º cantor a gravar o samba Praça Clóvis, do querido Paulo Vanzolini.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

QUEM LER MAIS, SABE MAIS. VIVA EUCLIDES!

Hoje, exatamente, 150 anos que um dos mais preparados intelectuais brasileiros deu o ar da sua graça neste nosso mundinho besta e explosivo. Eu falo de Euclides da Cunha.
Carioca de Catagalo, Euclides é o autor de um dos livros mais importantes do Brasil: Os Sertões. Esse livro foi escrito no interior de São Paulo e lançado em 1902.
Os Sertões trata do massacre à comunidade de Canudos, no interior da Bahia. Esse massacre, ocorreu na virada do século 19 e resultou em cerca de 25 mil mortos entre soldados do brioso Exército Brasileiro e os miseráveis seguidores dos cearense Antonio Conselheiro.
Pois é, hoje faz 150 anos que Euclides da Cunha nasceu. E a respeito nada ouço nem no rádio, nem na televisão. Só ouço noticias de roubalheira e de outros males da vida do nosso judiado País.
Acho que foi o escritor paulista Monteiro Lobato quem disse: Quem ler mais, sabe mais.

domingo, 17 de janeiro de 2016

A ERA DA INFORMAÇÃO

O mundo é dividido em etapas ou eras.
Cada tempo, etapa ou era traz uma característica.
No começo de tudo, a escuridão prevalecia. Hoje a escuridão é outra. E aqui falamos do começo de tudo, da vida humana, desde sua origem ou criação. No frigir dos ovos, permanecemos na mesma. Antiguidade, Idade Média - e suas três fases -, Iluminismo, Industrial, Modernismo, Pós-Moderno e o escambau. Repito: continuamos, mesmo depois disso tudo, vivendo sob o manto da escuridão.
O fato é que não sabemos de nada, já disse uma vez Sócrates.
Otimismo, pessimismo, o que vem a ser isso?
Eu sou de um tempo em que se falava muito de sina. Isso é conformismo.
A Revolução Industrial deu no que deu.
Antes era o catolicismo e pronto.
Hoje o catolicismo explodiu e fragmentou-se, resultando em mais de centena de religiões ou ceitas a ver com o cristianismo.
A internet e suas ferramentas nos atulham de "informações" falsas e verdadeiras. É muita coisa, muito lixo que está ao nosso alcance. Basta teclar ou apertar um botão para que o mundo tudo surja com sua força e violência diante de nós.
O que fazer com tudo isso.
Não podemos jamais confundir informação com formação e cultura.
Deixamos de ler livros e discutir a vida.
Outro dia, o historiador e pensador da vida brasileira José Ramos Tinhorão, brincando ou não, me chamou de radical por eu mostrar o meu desencanto com o pop etc que nos empurram ouvido a dentro. A respeito disso, aliás, meus tímpanos pedem socorro.
Ler é fundamental e discutir a leitura, também.

Um cidadão se faz
É com Democracia,
Educação e cultura
E um quê de sabedoria
Sem esses "ingredientes"
Não de faz Cidadania

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

TINHORÃO, PIXINGUINHA E DAVID BOWIE

O 13 é um número enigmático. O 13 é sorte, é azar, é isso, é aquilo.  É o que é, pra quem quer. Eu acho o 13 fantástico. Treze, ao avesso, é 31, e nada não digo mais, porque o 31 pra vocês aqui que me leem é um número importante.

O 13 de hoje me trouxe pessoas incríveis na minha vida.

O 13 de hoje me trouxe Rosely, bem no começo da manhã.

O 13 de hoje, no comecinho da tarde, me trouxe um amigo da TV Globo de tempos d’antanho: Davi Almeida. E com Davi, veio Silene.

Silene me lembra Celene; Celene Sintônio, minha professora de artes plásticas na Universidade Federal da Paraíba, junto com Raul Córdula e João Câmara Filho. Mas essa é outra história.

O 13 de hoje também me trouxe um grupo de pessoas também muito queridas, a começar por Colibri, Vitor e Tinhorão. Esse Tinhorão é aquele: José Ramos Tinhorão, o terror dos imbecis.

O 13 de hoje, que está terminando, foi incrível.

Tinhorão, com seu charme e conhecimento naturais, monopolizou que o ouvia.

Tinhorão disse um monte de coisas importantes a respeito deste País tão judiado por governantes maus gestores. E aí não vamos entrar na questão de quem é quem. País intelectualmente pobre é o nosso. O aluno finge que aprende e o professor finge que ensina. E ai do professor que discutir com o aluno, a respeito dessa ou de questão parecida...

Tinhorão hoje estava extremamente bem-humorado, dizendo coisas incríveis a respeito de si próprio, a respeito de sua formação – você sabia que ele também é advogado? –, a respeito do Rio antigo, a respeito do mundo.

E pensar que Tom Jobim achava Tinhorão um chato...

Tinhorão hoje, conosco, falou sobre música e gente chata. Falou sobre Pixinguinha, futebol, Garrincha... E falou até do grande sambista Wilson Batista, que nos deu, por exemplo, o magnífico samba Chico Brito. E de rock, David Bowie...

Como jornalista, Tinhorão contribuiu enormemente para a profissão. Um exemplo? Foi Tinhorão o cara que definiu contextualmente o que significa uma foto-legenda. Ele era tão bom nisso que levou Nelson Lins e Barros, junto com Carlos Lyra – aquele da Bossa Nova –, a se inspirar no seu texto e gerar uma bela música bossa-novista, Maria do Maranhão, que diz: Maria pobre Maria/ Maria do Maranhão/ Que vive por onde anda/ E anda de pé no chão...

Neste 13 de hoje, estiveram até a boca da noite os colegas Nuzzi (autor do livro Geraldo Vandré – uma canção interrompida, que vocês todos têm de ler) e Colibri, da Rádio Brasil Atual.

Meus amigos, minhas amigas; este 13 foi um dia fantástico. O mais importante historiador do Brasil, José Ramos Tinhorão, completará no próximo dia 7 de fevereiro 88 anos de idade – 88 ao contrário é 88. Tim-tim...

Neste ano de 2016 o mesmo Tinhorão começa a entrar na história do Brasil com o livro Música Popular: um tema em debate, cujo lançamento está fazendo 50 anos.

Viva Tinhorão!

Ah! Os livros de José Ramos Tinhorão deveriam estar, todos eles, obrigatoriamente nas escolas públicas e particulares deste País, meu Deus, analfabeto.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

LUCY ALVES, NOVA ESTRELA DA MÚSICA POPULAR




O multitudo musical Papete telefona todo feliz pra dizer da alegria que foi assistir ao programa Escolinha do Professor Raimundo versão 2015, na TV Pim Plim. Foi grande a surpresa, pois ele não esperava que os “alunos’, todos atores, conseguissem alcançar o alto nível de interpretação que alcançaram.
Papete falou um monte de coisas, até porque já fazia um bom tempo que não nos falávamos. Falou de problemas de saúde, de problemas corriqueiros e da alegria de acordar com o cachorro latindo e a mulher e a filha lhe paparicando. Falou também de projetos musicais e do livro que está lançando sobre a cultura popular da sua terra, o Maranhão.  
E eu só escutando...
E barulhento e alegre que nem uma cachoeira, Papete falou também do musical Nuvem de Lágrimas em cartaz no Teatro Bradesco. O musical, que tem no elenco Gabriel Sater e Lucy Alves, é baseado no romance "Orgulho e Preconceito", da norte-americana Jane Austen. Trata do mundo rural e tem por trilha canções do repertório da dupla Chitãozinho e Xororó.
O grande entusiasmo de Papete ao me contar o que sentiu ao assistir a esse musical, deve-se, na explicação dele, à categoria como Gabriel e Lucy, principalmente Lucy, interpretam as músicas da trilha. “Ela além de cantar e tocar sanfona, toca bandolim, violão, viola e até violino. Algo incrível!
Incrível pra Papete, porque a categoria de Lucy Alves -do grupo musical Clã Brasil- eu já conheço há muito tempo. Lucy começou a carreira muito cedo e graduou-se em música pela Universidade Federal da Paraíba.
Longa vida à Lucy Alves! 

sábado, 9 de janeiro de 2016

VISITA E CONVERSA FORA





Quarta passada, Cadu e a renca de Gato com Fome que forma um grupo de samba de São Paulo estiveram comigo, e o resultado disso foi o primeiro texto de 2016. No texto falei de um monte de coisas que a memória agora me nega, mas está aí postado.

A semana que passou foi uma semana leve, livre, solta, bonita, de conversas com vários amigos, que vieram me ver. Entre esses amigos, os cantores Raimundo José e Roberto Luna. Raimundo é baiano de voz de trovão. Roberto, de eterna risada cadenciada, ficou famoso pela voz de veludo e a marca de Rei do Bolero.  É paraibano.

E por falar em paraibano, também esteve comigo o conterrâneo Geraldo Pedrosa de Araújo Dias, que boa parte de todos conhece pela chancela de Geraldo Vandré.

Foram encontros demorados.

Gato com Fome está lançando um ótimo CD reunindo sambas do “caipira” Raul Torres (1906-1970). Falamos sobre tudo, incluindo o próprio Torres, Boldrin, Osvaldinho da Cuíca, Papete e outros craques da nossa boa música.

Nelson Gonçalves, Lucho Gatica e outros bambas da seresta chancelados pela indústria latina do disco.

Raimundo José imita quase à perfeição a fala taquilálica do ex-boxeur gaúcho Nelson Gonçalves. No cinema, mais especialmente em O Bandido da Luz Vermelha, Roberto Luna interpretou Gatica.

Como todo nordestino, ou como quase todo  nordestino, Geraldo foi chegando e chegou à boca da noite e foi embora depois de cerca de três horas de conversas e risos.

Geraldo estava alegre, à vontade, feliz mesmo. Foi o que me pareceu. Contou da sua recente ida a João Pessoa (PB), depois de duas décadas. Foi, ele disse, muito bem recebido por velhos e novos amigos. Foi o grande destaque, como homenageado, do festival de cinema Aruanda. Esteve com o governador Ricardo Coutinho por dois momentos. Do governador recebeu convite para mostrar seus estudos para piano no Espaço Cultural da capital paraibana. Aceitou. E isso deve ocorrer ali pelo mês de maio. Diz que estou fora do peso e que preciso voltar ao rádio. É, eu acho também...

Muita gente ainda me pergunta por que não posto textos todos os dias no blog. A cobrança me envaidece, mas a situação ata as minhas mãos. O total descolamento de retinas impede, entre outras coisas, que eu veja a luz do dia e as cores da vida. Textos como este são postados quando amigos me visitam, como agora o colega e amigo jornalista Vitor Nuzzi.

INSTITUTO MEMÓRIA BRASIL

Saiu no blog do jornalista Jotabê Medeiros.




quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

VIVA OSVALDINHO DA CUÍCA E PAPETE!

O dia seguinte sempre é um dia de esperança e oportunidade.
O dia seguinte é uma página nova que a vida nos oferece.
O dia seguinte é o presente que Deus nos dá; e se Ele nos dá o dia seguinte, é para que nós possamos usufruí-lo de todos os modos possíveis.
O dia seguinte é hoje.
O calendário religioso nos indica que hoje é Dia de Reis. Vocês lembram da história destes Reis, que guiados por uma estrela mágica, foram levados  a uma estrebaria no Oriente Médio onde se achava o menino-Messias que veio a Terra para salvar os pecadores?
Pois bem, hoje é Dia de Reis. E tomara que Deus me perdoe por também considerar rei o menino Osvaldo Barro, que nos acostumamos a chamar pelo diminutivo do seu nome ilustrado pelo “sobrenome” Cuíca.
Osvaldinho da Cuíca é rei do instrumento que adotou como sobrenome.
Outro dia ouvi pelo telefone Osvaldinho me dizer que estava cansado das glórias fortuitas que a vida costuma oferecer a artistas da sua grandeza.
Osvaldinho é rei! Do samba.
E o carnaval está chegando...
Osvaldinho da Cuíca é uma espécie de recriador do samba paulista. Ele já pôs na avenida uns 30 samba-enredos e seu repertório autoral é pelo menos 30 vezes dez. E como se não bastasse, credite-se a ele, a criação da ala de compositores da Vai-Vai em 1975, mesmo ano em que ele recebeu o título de 1º Cidadão Samba de São Paulo. É dele também (ai ai ai...) o samba de guerra do Corinthians, Timão, feito em parceria com o grande percussionista maranhense  Papete: “Vai Corinthians!”

Viva Osvaldinho da Cuíca!





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