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terça-feira, 19 de março de 2013

FRANCISCO, SIMPLESMENTE

Num dia 19 como o de hoje, em março de 1870, o maestro e compositor campineiro Antônio Carlos Gomes (1836-96) estreava no milanês e secular Teatro Alla Scala, na Itália, a ópera Il Guarany baseada no romance homônimo do cearense José de Alencar, com libreto do italiano Antonio Scalvini.
Após a apresentação que lotou o teatro, um repórter perguntou a Verdi, autor de Nabuco, Aida, Il Trovatore, La Traviata e tantas outras peças operísticas famosas, o que achara do desempenho do brasileiro, seu pupilo, regendo com tanta firmeza naquela noite. 
“Esse rapaz começa por onde eu termino”, disse o compositor italiano, que morreu no dia 27 de janeiro de 1901.
Giuseppe Verdi nasceu emoutubro de 1813, ou seja: há 200 anos.
E hoje Carlos Gomes, chamado de O Maior Compositor Operístico das Américas, é o músico erudito brasileiro mais biografado da história, tendo sido gravado pelas mais importantes orquestras do mundo e vozes como a do tenor Enrico Caruso (acima, reprodução da capa do livro que escrevi sobre ele em 1987, lançado pela Ed. Nacional)a 
O dia 19 marca também a festa litúrgica em louvor a José marido de Maria mãe de Jesus, o homem que foi torturado e pregado à cruz para salvar o mundo, em Jerusalém.
São José, nascido em Belém como Jesus, é o padroeiro de dezenas de cidades brasileiras, entre as quais Fortaleza, no Ceará.
Dezenove de março também permanecerá na história como o dia que o cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio, agora papa Francisco, escolheupara iniciar oficialmente o seu pontificado.
Nesse dia milhares e milhares de fiéis lotaram todos os espaços da Praça de São Pedro, no Vaticano.
E não era nem 9 horas da manhã em Roma nesse dia, hoje, quando o papa Francisco foi demoradamente aplaudido pelo povo antes e depois de rezar a sua primeira missa.
Antes de receber o anel de pescador e o pálio petrino sagrado, sobre um jipe sem capota o papa sempre sorrindo abençoou os fiéis.
Momentos de êxtase coletivo.
Mas ele não permaneceu muito tempo sobre o jipe, preferindo descer e ir ao encontro da multidão para beijar crianças e deficientes físicos.
Sem dúvida, o pontificado desse Francisco, simplesmente Francisco, se inicia de modo incomparável.
E nunca foi tão oportuna o emprego da expressão "O Papa é Pop". 
Melhor: O Papa é super-pop. 
Tanto, que até uma música acaba de ser feita para ele. 
CLIQUE: 

DOM HÉLDER
Numa das conversas com o papa Paulo VI (Giovanne Battista Enrico Antonio Maria Montini; 1897-1978), o cearense dom Hélder Câmara, elevado a arcebispo de Olinda e Recife, PE, em março de 1964, sugeriu:
“Santo Padre, abandone seu título de rei e vamos reconstruir a Igreja como nosso Mestre, sendo pobres. Deixe os palácios do Vaticano, vá morar numa casa na periferia de Roma. Pode até ter uma praça para saudar e abençoar as ovelhas. Depois, Santo Padre, convide a todos os bispos a largarem tudo o que indica poder, majestade: báculos, solidéus, mitras, faixas peitorais, batinas roxas. Vamos amontoar tudo na Praça de São Pedro e fazer uma grande fogueira, dizendo de peito aberto para o povo: “Vejam, não somos mais príncipes medievais. Não moramos mais em palácios. Todos somos pastores, somos pobres, somos irmãos”. 
E aí? 
Paulo VI sucedeu a João XXIII.
João XXIII provocou mudanças na Igreja ao convocar o Concílio Vaticano II, que Paulo VI seguiu à risca. 
Francisco carrega responsabilidades de mudanças imediatas nos destinos da Igreja.
João Paulo I morreu vítima de envenenamento.   

CULTURA RURAL
Depois de amanhã estarei falando sobre cultura caipira na Fundação Ema Klabin. 
CLIQUE:
http://emaklabin.org.br/programacoes/musica/assis-angelo-aula-de-mestres-quinta-feira-21-de-marco-1930-entrada-gratuita/

CONCURSO
E para saber de um novo concurso da revista Bravo, dirigido aos leitores. CLIQUE:
http://bravonline.abril.com.br/materia/concurso-cultural-premio-bravo

CD SAMBA DO REI DO BAIÃO
Portal do jornal Diário de Pernambuco dá notícia sobre aceitação do CD O Samba do Rei do Baião, em Recife.
CLIQUE:
http://blogs.diariodepernambuco.com.br/play/2013/03/os-dez-mais-vendidos-da-passadisco/

ASSIS VALENTE
Há 80 anos, precisamente no dia 17 de outubro de 1933, o cantor Carlos Galhardo gravava nos estúdios da Victor, no rio de Janeiro, a marcha Boas Festas, do baiano Assis Valente. Uma obra-prima, a música mais autêntica feita sobre o Natal. Valente foi grande amigo - e descobridor - do paraibano rei do bolero Roberto Luna, querido amigo que não vejo desde o ano passado. Valente também foi compositor especial da portuguesinha Carmen Miranda. Valente, que foi parceiro até do pernambucano de Exu Luiz Gonzaga, nasceu no dia 19 de março de 1911 e matou-se depois de duas tentativas no dia 6 desse mesmo mês, em 1958, ingerindo guaraná com formicida.
Assis foi um valente. Fica o registro. CLIQUE:
http://www.youtube.com/watch?v=OuChU1yMHhc


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