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quarta-feira, 18 de outubro de 2017

AUDÁLIO DANTAS RECEBE O PRÊMIO AVERROES

Assis, Audálio e sua companheira, Vanira (foto: Ana Maria)

Já passa de 200 milhões o número de brasileiros ocupando os mais de 8,5 milhões de quilômetros quadrados, que é o tamanho do nosso território. E do nosso orgulho, pois o Brasil,  territorialmente falando,  se acha em 5o. lugar no ranking  dos 5 países de maior extensão territorial. Algo em torno da terça parte desse total se acha distribuída nos nove Estados nordestinos, que ocupam 1,5 milhão desse território.
O Nordeste é formado por 9 Estados, entre os quais Alagoas.
O jornalista Audálio Ferreira Dantas é alagoano, de uma cidade chamada Tanque D'Arca.
Falar de Audálio Dantas é falar do Nordeste, do Brasil, de luta, desafio, jornalismo, liberdade, carinho, respeito, solidariedade, dignidade...
Audálio trocou a sua cidade por São Paulo quando tinha 12 anos de idade, em 1944. Dez anos depois, em 1954, ele se defendia na Folha. Em 1956 foi escalado para cobrir o lançamento do livro Grande Sertão: Veredas, do mineiro João Guimarães Rosa (1908-1967). O Rosa negou-lhe entrevista, mas o inquieto e jovem repórter Tanque D'Arquense foi em frente e findou por fazer uma belíssima reportagem que lhe rendeu o primeiro prêmio. Logo depois o jornal o enviou à cidade baiana de Paulo Afonso, para cobrir a solenidade de inauguração da Hidrelétrica que leva o nome do município referido e que, posteriormente (1955) foi tema de uma joia musical do rei do baião, Luiz Gonzaga. Esta:
Depois disso, o mundo abriu-se para Audálio Dantas.
O talento e o comportamento destemido de Audálio o fizeram uma pessoa referencial no país, com repercussão do nome até no Exterior.
São muitos os prêmios que Audálio tem recebido desde 1956. O mais recente é o Averroes.
Averroes é um prêmio criado em 2008, por iniciativa da direção do Hospital Premier, para homenagear pessoas que se destacam especialmente nas áreas de ciências, educação e artes e que têm sido pioneiros e compartilhadores em suas áreas, disseminando novos saberes. 
Além de Audálio já receberam o Averroes Leonardo Boff, José Eduardo Siqueira, Manuel Carlos Chaparro, Ecléa Bosi, Luiz Hildebrando Pereira da Silva, Ausonia Favorido Donato e Marco Túlio de Assis Figueiredo. 
Eu conheci Audálio Dantas logo que cheguei a São Paulo em 1976. Ele era o presidente do sindicato dos jornalistas no Estado de São Paulo. Um ano antes, o jornalista Vlado Herzog (1937-1975), fora morto pelas mãos assassinas pelos agentes da ditadura.
É de Audálio o livro mais conclusivo sobre a vida e carreira profissional de Vlado.
Aqui, agora, direi algo que nunca disse publicamente: uma  provocação que  Audálio me fez,  fez me trocar João Pessoa (PB), minha terra, por São Paulo.
No correr de minha vida profissional, tive o prazer de trabalhar lado a lado com Audálio. Foi no departamento de imprensa da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metro). Antes disso, ali pela virada deste século, estive com ele somando na produção da ocupação Cem anos de Cordel, na unidade SESC Pompéia.
Audálio é do caralho! e a ele dedico os versos, estes que acabo de fazer:

A terra de Homero
e da Mitologia
dos deuses do Olimpo
e da Democracia
acenderam em Diógenes
a luz da rebeldia

Diógenes foi um doido
diplomado em poesia
com uma lanterna acesa
em pleno meio dia
procurou mas não achou
no Poder Cidadania

Outras coisas ele achou
Mas não o que queira
um ser que fosse honesto
a verdade sem fantasia
e um cego que falasse
do valor da valentia

Valente é todo ser 
que vive de teimosia
comendo pão amassado
prá chegar no outro dia
lutando sem se cansar
prá vencer com galhardia

Diógenes combateu
com vigor a covardia
e plantou no Universo
a flor da Anarquia
e não vou falar mais dele
Adeus, até outro dia.

Leia mais sobre Audálio:


http://assisangelo.blogspot.com.br/2011/08/audalio-dantas-e-carolina-maria-de.html

https://assisangelo.blogspot.com.br/2012/07/hoje-e-dia-de-audalio-dantas-receber.html

Eu quero dizer mais uma cosinha: ao lado de um grande homem sempre estará uma grande mulher. No caso até aqui  explicitado, essa mulher é a jornalista Vanira Kunc. Viva Audálio e viva Vanira! e viva Mariana, que desde que aprendeu a falar, bem pequenininha, me chama "Sací".


DIA DA MPB

Hoje é o dia da Música Popular Brasileira. Esse dia foi criado em 2013, para homenagear a nossa música e seus artistas. Nesse dia, em 1847, nascia no Rio de Janeiro a compositora, pianista e maestrina Chiquinha Gonzaga. É de Chiquinha a primeira marchinha de carnaval, Oh Abre Alas.





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