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quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

O BRASIL DOS CORONÉIS DE SEMPRE EM ZÉ LINS

Politicamente o Brasil continua velho.
Desde 1500, quando oficialmente é chancelada a chegada de Cabral à Costa baiana, vivemos a sofrência indígena, negra etc.
Tempo é tempo. E como tal, parece que tudo continua como antes: os mais fracos, indígenas e negros especialmente, sucumbindo sob o bastão dos poderosos.
Foi aqui, em 1808 que a família real portuguesa, fugida de Napoleão, encontrou guarida.
Antes de 1808 o Brasil era pouco, muito pouco, para Portugal.
O escritor maranhense Aloísio de Azevedo (1857-1913), retratou o que era aquele tempo, seu tempo. O tempo dos negros, o tempo dos pobres, o tempo dos pés no chão.
O Brasil é riquíssimo, eu já disse, até na pobreza com a sua riqueza...
O escritor paraibano José Lins do Rego (1901-1957), estreou no romance realista com Menino de Engenho, o primeiro do Ciclo do Açúcar.

Menino de Engenho trata de uma história, embora realista, fantástica.
Em Menino de Engenho, lançado em 1932, circulam nas suas páginas personagens tocantes. Começa com Major matando a sua mulher, Clarice. A tiros. O menino Carlos, filho do casal, quatro anos, vê a cena chocante que carrega por toda a vida. O pai, assassino, vai prá o Hospício, a mãe pro cemitério e ele, Carlos, Carlinhos, três meses depois da tragédia vai morar no engenho do avô Coronel Zé Paulino. E ali tudo acontece...
Os coronéis dos engenhos sertanejos dão tudo que é possível para os seus descendentes.
Essa realidade ainda ocorre no sertão nordestino, mas está se acabando.
O Sarney, lá do Maranhão, já está vivendo além da conta. Na Bahia, ACM já foi. Nas Alagoas, os Calheiros ainda resistem com todas as putarias possíveis, com apoio do PT. São 26 Estados e um Distrito Federal, capital do Brasil.É como se ainda vivêssemos no tempo das capitanias hereditárias...
Menino de Engenho retrata a vida brasileira do século 19 e começo do 20 e, comparativamente é como se retratasse o  21, este em que vivemos e onde sobrevivem ainda os coronéis engravatados como os deputados federais e senadores, para lembrar o mínimo.
Sinhazinha no romance de José Lins é o cão. Ela bate no Carlinhos sem dó nem piedade, à toa. Ninguém gosta dela. Maria menina, ao contrário é um doce de côco. Judite também. No colo de Judite, Carlinhos começa a pensar besteiras de homem. E com a prima Maria Clara, ele endoidece. E nesse tempo da sua vida, ele tem só 8 anos. Com 12, que é quando termina o romance, ele é mandado para estudar fora do engenho.
Menino de Engenho é um romance fantástico.
Em Menino de Engenho as secas e cheias que machucam violentamente os ricos e os pobres do Nordeste de sempre.
Há um filme e um documentário sobre Menino de Engenho, veja o documentário:




ENCONTRO DE AMIGOS



Os amigos Fausto, Rômulo Nóbrega, Ibes Maceió, o Águia das Alagoas e o craque das ideias Calos Sílvio, estiveram aqui dizendo coisa com coisa. A foto aí mostra esse encontro.




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