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domingo, 27 de junho de 2021

FOLHETO EM PROSA E VERSO

A expressão popularizou-se como "literatura de cordel".
Literatura de Cordel é literatura de cordel. Pode ser poesia ou prosa, pois a expressão é ampla.
Se fosse poesia de cordel, tudo bem. Mas a expressão repito é ampla: literatura de cordel pode ser também entendida como literatura popular.
Literatura popular pode ser um conto, um causo ou poesia em quadra, em seis, em sete, em oito (quadra dobrada), dez ou mais versos por modalidades: Sextilhas, Septilhas, Décimas...
Num folheto cabem poemas e prosas, causos e cousas. Até os difíceis e belos Alexandrinos.
Antes os folhetos como tal conhecemos eram chamados de "folhetos de feiras", "folhetos de cegos" ou "rumances", que eram folhetos de 64 páginas com histórias continuadas.
Nos arquivos do Instituto Memória Brasil, IMB, há milhares de folhetos em versos e alguns em prosa ou textos corridos, como também podem ser ditos ou classificados os folhetos que acolhem esses gêneros da literatura.
Até o poeta parnasiano Olavo Bilac (1865-1918), admirado sobremaneira pelo jornalista João Paulo Emílio Cristóvão dos Santos Coelho Barreto (João do Rio), deixou-se embalar nas ondas do folheto ao permitir que publicasse um texto seu nesse formato.
João do Rio, a propósito, não deixou escapar o tema (folheto) no livro A Alma Encantadora das Ruas (1808).
Até eu cheguei a publicar um folheto com texto corrido, em 2003: Uma Breve História do Cordel.
Fica aqui a informação sobre conteúdos de folhetos. 
Detalhe: a palavra Cordel surgiu impressa pela primeira vez no dicionário Aulete (1881). 
Nesse mesmo 81 nasceu João do Rio.
Cordel é cordão e sobre esse cordão eram postos folhetos à venda em bancas de feira, por exemplo.
É isso.

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