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segunda-feira, 5 de março de 2018

DEZESSEIS ANOS SEM O POETA PATATIVA


Hoje, exatamente hoje, todos os brasileiros deveriam comemorar o dia em que nasceu o maior poeta popular do País.  
Você sabe meu amigo, você sabe minha amiga, quem foi Antônio Gonçalves da Silva?
Isso! Esse era o nome de batismo do cidadão que ficou conhecido nacionalmente como Patativa do Assaré (1909 - 2012).
Eu conheci pessoalmente Patativa do Assaré em 1978. Quer dizer, há 40 anos.
Patativa publicou o seu primeiro livro em 1956. Nesse livro se acha o famoso poema A Triste Partida, que o rei do baião Luiz Gonzaga gravaria em 1964. Ouça:

https://www.youtube.com/watch?v=zugwpgjgqXc


Patativa foi a pessoa mais conhecida da sua terra, Assaré. Fora da sua terra ninguém o conhecia, mas passou a ser conhecido depois que Gonzaga gravou o seu poema. Mas não era um nome que motivasse reportagens e entrevistas nos jornais e revistas nacionais.

Mil novecentos em sessenta e quatro...
Quatorze anos após a gravação de A Triste Partida, eu conheci o autor. Sobre ele publiquei entrevistas e reportagens em jornais como Folha de S. Paulo. Pouquinho antes disso, o cantor Fagner produziu um disco com o próprio autor declamando seus poemas pela extinta CBS. Pois é sem esse disco, LP, e outro que o mesmo Fagner produziria depois, o Patativa talvez continuasse sendo apenas mais um poeta. Claro, sem falsa modéstia, acho que tive uma participaçãozinha nessa história. Que bom, né?
Fui várias vezes visitar Patativa em sua casa, primeiro na Serra de Santana e depois no Centro da Cidade de Assaré. Ele morou ali, ao lado da paróquia de Assaré. A porta da sua casa estava sempre aberta aos visitantes e ele atendia a todos, com prazer e alegria. Cheguei até a publicar um livro (capa o lado) sobre ele, que está esgotado e gostaria de vê-lo reeditado.
Junto com o cordelista Klévison Viana e o cantor e instrumentista Gereba, fiz também uma música dedicada ao poeta. Ouça:



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