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quarta-feira, 6 de setembro de 2017

POETAS, POETAS, VIVA OS POETAS!


Eu não sei se a poesia salva o mundo, mas é certo que os poetas tentam.
O Brasil tem grandes poetas, sempre teve. A começar por Gregório de Matos Guerra, baiano, como o outro baiano Castro Alves. O Rio de Janeiro é cheio de poetas, sempre foi. A Paraíba também. É da minha terra, a Paraíba, Augusto dos Anjos. e por aí vai. E nem falei de Carlos Drummond, Ascenço Ferreira, Manuel Bandeira, Ferreira Gullar, Manoel de Barros, Cecília Meirelles, Cora Coralina.
Fora o Brasil, Deus foi pródigo ao criar poetas mundo afora: T. S. Eliot, Nicolas Guillén, Luís de Camões, Jorge Luiz Borges...
O português Fernando Pessoa divide até hoje as atenções do mundo, especialmente da crítica literária, sobre quem é ou quem foi o poeta maior da língua portuguesa... Ele ou Camões? O páreo é duro, duríssimo!
O argentino Jorge |Luís Borges, foi sem dúvida, o mais expressivo poeta da sua língua. Pessoa correspondia-se com Borges e com outros poetas de línguas diversas.
Há coisas muito importantes que a gente nem nota. Pessoa é pessoas, somos pessoas. Falamos uma língua que o Marquês de Pombal, português, trouxe prá nossa terra.
Brasil e Portugal tem tudo a ver e tudo a ver com Fernando pessoa e Camões.
Muito cedo, Pessoa perdeu o pai, vítima de tuberculose e a sua mãe o levou à África do Sul, ao casar-se de novo. Foi lá na África, numa cidadezinha chamada Durbam, que ele tomou gosto pela poesia, pela cultura e pela língua inglesa. Durbam era uma colônia inglesa. E isso, um detalhe, foi muito importante para Fernando pessoa, que morreu aos 47 anos de idade (1988-1935). Sem dúvida alguma Fernando pessoa foi uma pessoa simples, sensível e profundamente criativa, tanto que chegou a multiplicar-se em quase 130 heterônimos. Há muito o que dizer sobre poetas, Camões e Pessoa.
É pessoal o que digo: A poesia salva.

JESSIER QUIRINO

Jessier Quirino é um poeta paraibano de Campina Grande. Eu fico meio besta toda vez que o ouço em disco ou na tevê. No rádio não digo porque hoje rádio não gosta do que é bom. Quirino é paraibano como eu, repito. É dessa terra, a paraíba, Augusto dos Anjos. Houve um tempo que era comum os poetas declamarem em público, com mais frequência do que hoje. Houve um tempo em que os poetas deixavam a voz gravada em discos. Começou com Ascenço Ferreira, acho, depois seguiram-se Bandeira, Drummond, Cecília e tantos e tantos, incluindo o ainda entre nós Paulo Bonfim. Do acervo do Instituto Memória Brasil constam mais de 500 discos de poetas declamando seus poemas e poemas de outro poetas. Jessier Quirino, cabra novo e de voz arretada, de pensamento lépido, está vindo para preencher uma lacuna. O disco Paisagem de Interior 1, que acabo de receber do querido amigo Rômulo Nóbrega é muito legal, é muito bonito. Ana, minha filha, também o adorou. Especialmente a faixa Matuto no Cinema. Ah, sim, uma coisinha: eu andei gravando discos, declamando poemas junto com Elba, Zé Ramalho e Jackson Antunes, e quero continuar fazendo, pois poemas não me faltam.



BRINCANDO COM A HISTÓRIA (53)




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