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sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

UMA TARDE COM ALCY E VITOR




Hoje, no final da tarde, tive na memória lembrança de um amigo paraibano chamado Onaldo Queiroga. Onaldo é juiz, de profissão e direito; titular da 1ª Vara Cível de João Pessoa.
Lembrei-me de Onaldo por sua naturalidade, por sua beleza e conhecimento das coisas simples da vida. Nas horas vagas, Onaldo é o que é o tempo todo: cidadão.
Enquanto eu lembrava de Onaldo, o telefone tocava. Era Osvaldinho da Cuíca, mestre da vida e do samba paulistano. O cara que deu voz à cuíca; que reinventou o instrumento cuíca...
E os meus dias têm sido tão bonitos.
Todos os meus dias têm sido bonitos, pela compreensão que eu tenho tido do mundo que me acolhe e que me tem.
Os meus amigos jamais deixaram de ser meus amigos.
E foi não foi, recebo telefonemas do estrangeiro e do interior da Paraíba, do Ceará, do Piauí, Minas Gerais, do Brasil...
É bom demais viver!
Eu tenho por mim que sou a pessoa mais feliz do mundo. Eu tenho amigos!
Hoje eu tive vontade de comer um bacalhau, e não é que eu comi um bacalhau?! Trouxeram-me... E com vinho português!
E quando eu pensei que a tarde havia terminado, eis que me chegam dois queridos amigos. Vitor, que vem sempre à minha casa, e Alcy, que há muito eu não abraçava. Amigo querido, dos tempos de Folha e outras publicações. Alcy de Fortuna, de Jaguar, de Ziraldo, de Glauco, Angeli, Fausto...

Assis e Alcy: versos e imagens (Fotos: Vitor Nuzzi)














Alcy Linares Deamo, que o Brasil todo conhece como Alcy, cartunista dos maiores que conhecemos, trouxe-me de presente o seu abraço, o seu carinho, e compartilhou comigo e com Vitor o seu respeito pelas pessoas.
Alcy é exemplo de cidadão, como o foram Fortuna e Luiz Gonzaga, o Rei do Baião.
Alcy nasceu em 13 de julho de 1943 e é, desde sempre, eterno. Pelo que faz e pelo respeito, carinho e reconhecimento que tem por nós, todos seus irmãos.

Alcy relembrando a obra de Fortuna, na parede da casa de Assis, onde está o acervo do Instituto Memória Brasil
                 
Se eu fosse cartunista, daria um jeito de desenhar uma estrela com a cara e o jeito do cartunista Alcy.
É Natal todos os dias.
Viva Alcy!
Viva Vitor!

Para terminar, mestre Nélson Cavaquinho, que se foi há 30 anos.

  As flores em vida, sempre. Especialmente aos amigos

FELICIDADE, GUERRA E NATAL

Hoje cedo eu soube que a polícia italiana deu cabo do tunisiano suspeito de atirar um bólide contra um mercado de bugigangas vendidas nessa época de natal, na capital alemã, Berlim.
Estamos vivendo, e há muito, tempos de horrores.
No correr deste ano, o terror orquestrado pelo Estado Islâmico fez-se presente em várias cidades européias, em nome de Alá.
Alá no mundo islâmico é Deus.
Deus é a imagem que criamos do Criador.
Diz-se nos escritos sagrados que Deus é semelhança do homem.
Meu Deus!
Deus, segundo os escritos sagrados, é o pai do mundo, e de nós, seus habitantes e demais seres vivos, como o gato e o cachorro.
O filho de Deus é Jesus Cristo, nascido de uma mágica entre Maria e o Espírito Santo, anunciado pelo anjo Gabriel.
Jesus nasceu há 2 mil e poucos anos em Belém e criou-se Nazaré, que fica naquela região de incompreensão entre os homens. Refiro-me à Israel, Palestina, Oriente Médio, onde o pega prá capar dura até hoje.
Por que os homens não se entendem?
José, o carpinteiro, e sua companheira Maria, fugiram das garras de Heródes e enfrentaram a violência das intempéries das terras áridas do Egito. Um sofrimento da gota serena viveu o casal. Até que ele e ela encontraram um cantinho para o Menino nascer.
Foi um nascimento solitário, triste e heróico pelo que se deduz das histórias contadas nos escritos sagrados.
As primeiras pessoas a dar boas vindas ao casal e ao recém nascido foram uns cientistas. Fala-se de três reis magos.
Na Bíblia, sabemos, não há referência específica a "três" reis magos, pode ter sido um, dois, três, quatro, cinco... A Bíblia refere-se a três presentes, não necessariamente dados por três pessoas ou reis ou magos.
Mago, sabemos, é pessoa que faz mágica. É um mágico.
As primeiras pessoas que atravessaram o deserto no Oriente levaram ouro, incenso e mirra, significando respectivamente fortuna, começo e fim de uma vida ou época. Era, à forma dos visitantes, receberem o Messias representado no filho de Maria e José.
O mundo continua pegando fogo, naquela parte em que Jesus nasceu.
Bachar al-Assad é um Anti-Cristo.
Vocês leram "As Profecias de Nostradamus"?
Vocês, que são católicos, ainda lembram da tábua com os dez mandamentos?
Eu, quem sou eu, não vou entrar nos detalhes da tábua apresentada às ovelhas pecadoras por Moisés, até porque sou pecador do tamanho de um trem.
O mandamento que se refere à vida e morte não foi, pelo jeito, compreendido e tampouco praticado por nós.
Gritamos, berramos. xingamos, cometemos ilícitos, acusamos e no fianl, morremos sem saber porque.
Há uma vasta literatura sobre a existência humana e dos animais em geral.
O vento é vida, o mar é vida, o sol é vida, a lua é vida...
Meu Deus, o tempo passa e cada vez pioramos.
O Natal está presente entre nós desde o segundo século da Era Cristã.
Eu disse que há uma literatura riquíssima sobre o assunto, não foi?
Peter Alouche é um ser nascido naquelas bandas do Egito. É um amigo meu, fala milhões de línguas, talvez até o hebraico. Em Nancy, França, ele fez Letras e antes disso chegou a ser até elogiado em correspondência pelo presidente Charles De Gaulle, por um poema que fez em enaltecimento à liberdade. E, católico que é, compôs em poesia, uma história incrível em que cria um encontro fabuloso entre um trabalhador e Jesus Cristo, numa véspera de Natal no metrô de São Paulo. Clique:


DE SURPRESA, LAMBANÇA NA CÂMARA MUNICIPAL

O Brasil nasceu roubado. Melhor, nasceu sendo roubado já no berço. Isso em 1500, quando o navegador Pedro Álvares desembarcou na Costa Baiana, com seus celerados portugueses.
Depois de escravizar e violentar os nativos, as riquezas do nosso solo logo passaram a ser contrabandeadas, levadas para Portugal, que faturava em cima. O ouro extraído das terras brasileiras era negociado a troco de banana para a Inglaterra.
Durante muitos anos, a Europa pintou e bordou com as riquezas do nosso país.
Posto prá correr por Napoleão, Dom João VI desembarcou na Bahia e transformou Salvador na primeira capital brasileira. Em seguida, ele foi alojar-se com sua turma nas plagas cariocas.
Dom João fugiu de Portugal trazendo milhares de bacanas que sobreviviam à sua volta, que nem moscas. Entre esses bacanas, algumas centenas de religiosos.
Bem, a história de furtos, roubos e toda a sorte de violência no nosso país tem aí suas origens.
Herdamos coisas boas dos portugueses, mas também muita coisa que não presta. Exemplo? Aquela história do santo do pau oco, que tem a ver com contrabando de ouro. Entre as coisas boas, herdamos a literatura de cordel, a desgarrada que aqui chamamos de repentismo, as folias de reis etc.
Na metade dos 500, São Paulo era uma Vila, o nome da futura cidade foi dado pelos jesuítas Nóbrega e Anchieta.
Um ato régio criou a edilidade paulistana. Tudo muito simples, com reuniões feitas na casa dos senhores edis. As safadezas já começavam ali, ou melhor: Ali dava-se prosseguimento à mania de tirar proveito dos munícipes, ou algo à época equivalente.
São 5.571 Câmaras de vereadores espalhadas Brasil afora. Só em São Paulo, o Estado, são 645. E foi não foi ouço noticiário denúncias e prisões contra os senhores edis. Agora mesmo, por exemplo, vêm à tona falcatruas cometidas nas Câmaras de Osasco e Embú das Artes.
Os jornais também trazem notícias sobre as ladroeiras cometidas por deputados, senadores, prefeitos e governadores.
No Rio, o ex Cabral está no xilindró...Cunha, ex presidente da câmara, também se acha no xilindró. O juiz Moro está fazendo uma limpeza e tanto.
Na calada da noite, deputados federais aprovaram o monstrengo por eles engendrado que poderá beneficiá-los. Isso tem a ver com corrupção, é claro. Algo parecido ocorreu há poucos dias na Câmara de Vereadores do Município de São Paulo, quando nos últimos momentos de uma sessão às vésperas do Natal, aprovaram o aumento dos próprios salários em 26,3%, pegando todo mundo de surpresa. Quer dizer, numa crise dos infernos como essa que estamos vivendo os vereadores deitam e rolam...
Na Câmara dos Vereadores de São Paulo são alocados 2.020 funcionários, incluindo concursados, comissionados e apaniguados em geral, além dos 55 cidadãos eleitos por nós e que têm direito a cadeira no plenário. Detalhe: cada vereador paulistano pode contratar até 30 assessores, pagos por uma verba de gabinete que ultrapassa R$ 100.000,00/mês. Juro que senti vergonha!
Cada vereador paulistano recebe a bagatela mensal de quase R$ 20.000,00, você acha pouco, meu amigo? Isso significa 20 vezes o salário mínimo. E se levarmos em conta que, só em São Paulo, há pelo menos 2 milhões de pais de família desempregados...
É uma sem vergonhice, não é mesmo?
Prá encerrar, pergunto: Você sabe quanto pagamos este ano para que a Câmara funcionasse desse jeito? Pois é, mais de meio bilhão de reais... Ah! E cada vereador tem direito a carro, gasolina, motorista etc... Que tal?
Ouvi hoje na Pan o futuro prefeito João Dória dizer que estará todos os dias iniciando seus trabalhos a partir de 6 da manhã e que o seu salário será doado até o final da gestão a instituições filantrópicas. AH sim, ele está tirando de circulação 1300 veículos que até agora estão sendo utilizados pela prefeitura.




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