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sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

DE SURPRESA, LAMBANÇA NA CÂMARA MUNICIPAL

O Brasil nasceu roubado. Melhor, nasceu sendo roubado já no berço. Isso em 1500, quando o navegador Pedro Álvares desembarcou na Costa Baiana, com seus celerados portugueses.
Depois de escravizar e violentar os nativos, as riquezas do nosso solo logo passaram a ser contrabandeadas, levadas para Portugal, que faturava em cima. O ouro extraído das terras brasileiras era negociado a troco de banana para a Inglaterra.
Durante muitos anos, a Europa pintou e bordou com as riquezas do nosso país.
Posto prá correr por Napoleão, Dom João VI desembarcou na Bahia e transformou Salvador na primeira capital brasileira. Em seguida, ele foi alojar-se com sua turma nas plagas cariocas.
Dom João fugiu de Portugal trazendo milhares de bacanas que sobreviviam à sua volta, que nem moscas. Entre esses bacanas, algumas centenas de religiosos.
Bem, a história de furtos, roubos e toda a sorte de violência no nosso país tem aí suas origens.
Herdamos coisas boas dos portugueses, mas também muita coisa que não presta. Exemplo? Aquela história do santo do pau oco, que tem a ver com contrabando de ouro. Entre as coisas boas, herdamos a literatura de cordel, a desgarrada que aqui chamamos de repentismo, as folias de reis etc.
Na metade dos 500, São Paulo era uma Vila, o nome da futura cidade foi dado pelos jesuítas Nóbrega e Anchieta.
Um ato régio criou a edilidade paulistana. Tudo muito simples, com reuniões feitas na casa dos senhores edis. As safadezas já começavam ali, ou melhor: Ali dava-se prosseguimento à mania de tirar proveito dos munícipes, ou algo à época equivalente.
São 5.571 Câmaras de vereadores espalhadas Brasil afora. Só em São Paulo, o Estado, são 645. E foi não foi ouço noticiário denúncias e prisões contra os senhores edis. Agora mesmo, por exemplo, vêm à tona falcatruas cometidas nas Câmaras de Osasco e Embú das Artes.
Os jornais também trazem notícias sobre as ladroeiras cometidas por deputados, senadores, prefeitos e governadores.
No Rio, o ex Cabral está no xilindró...Cunha, ex presidente da câmara, também se acha no xilindró. O juiz Moro está fazendo uma limpeza e tanto.
Na calada da noite, deputados federais aprovaram o monstrengo por eles engendrado que poderá beneficiá-los. Isso tem a ver com corrupção, é claro. Algo parecido ocorreu há poucos dias na Câmara de Vereadores do Município de São Paulo, quando nos últimos momentos de uma sessão às vésperas do Natal, aprovaram o aumento dos próprios salários em 26,3%, pegando todo mundo de surpresa. Quer dizer, numa crise dos infernos como essa que estamos vivendo os vereadores deitam e rolam...
Na Câmara dos Vereadores de São Paulo são alocados 2.020 funcionários, incluindo concursados, comissionados e apaniguados em geral, além dos 55 cidadãos eleitos por nós e que têm direito a cadeira no plenário. Detalhe: cada vereador paulistano pode contratar até 30 assessores, pagos por uma verba de gabinete que ultrapassa R$ 100.000,00/mês. Juro que senti vergonha!
Cada vereador paulistano recebe a bagatela mensal de quase R$ 20.000,00, você acha pouco, meu amigo? Isso significa 20 vezes o salário mínimo. E se levarmos em conta que, só em São Paulo, há pelo menos 2 milhões de pais de família desempregados...
É uma sem vergonhice, não é mesmo?
Prá encerrar, pergunto: Você sabe quanto pagamos este ano para que a Câmara funcionasse desse jeito? Pois é, mais de meio bilhão de reais... Ah! E cada vereador tem direito a carro, gasolina, motorista etc... Que tal?
Ouvi hoje na Pan o futuro prefeito João Dória dizer que estará todos os dias iniciando seus trabalhos a partir de 6 da manhã e que o seu salário será doado até o final da gestão a instituições filantrópicas. AH sim, ele está tirando de circulação 1300 veículos que até agora estão sendo utilizados pela prefeitura.




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