Bolsonaro saiu da moita pra dizer que não é cego, é daltônico.
Daltônico é o cara que tem dificuldade de ver cores, especialmente vermelha e verde. Mais ou menos isso.
Noutra ocasião, o préclaro presidente da República chegou a dizer que negro tem dificuldade até de procriar. Disse isso e outros horrores.
Como cidadão, tenho vergonha desse presidente. E pena do Brasil como está sendo visto lá fora.
A população brasileira, a mais miscigenada do mundo, é forte.
Político nenhuma vai acabar com a força e a tradição popular.
Quem aí não se lembra de um cidadão chamado João Cândido?
http://assisangelo.blogspot.com/2017/04/64-ai-5-e-o-almirante-negro.html
E José do Patrocínio, hein?
E Machado de Assis, Lima Barreto, Joaquim Antônio da Silva Callado, Pattáquio, Pixinguinha e Chiquinha Gonzaga.
A presença do negro nas artes brasileiras é riquíssima.
Castro Alves, de batismo Antônio Frederico de Castro Alves(1847-1871), não era negro. Mas é desse poeta a obra prima O Navio Negreiro (acima).
Esse poema foi escrito em São Paulo. Ano: 1868.
Cem anos depois, o paraibano Geraldo Pedrosa de Araújo Dias (1935) escrevia, no Rio de Janeiro, outra obra prima: Pra Não Dizer que Não Falei de Flores (abaixo, com o autor).
O poema de Castro Alves narra as agruras, os tormentos, dos africanos capturados e trazidos à força para engrossar as fileiras de escravos e escravas no Brasil.
O poema de Vandré trás ensinamentos: "somos todos iguais/braços dados ou não". Redondilha menor.
Os versos de O Navio Negreiro são feitos em quadras, decassílabos e redondilhas.
É lamentável o que se ouve da boca suja do presidente eleito para governar o povo. Ele não governa o povo. Ele faz chacota do povo, dividindo assim a população. Ele e o seu vice, Mourão.
Depois de dizer que não há racismo no País, ele ainda acrescentou: "Grande parte das pessoas de nível mais pobre, que tem menos acesso, são gente de cor".
Clique: https://www.youtube.com/watch?v=-1jFyAP9cMs
Bolsonaro é uma pedra no sapato do Brasil.
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