Seguir o blog

domingo, 21 de julho de 2019

O ROCK TEM CRONISTA: JORGE RIBBAS

Você conhece Jorge Ribbas?
Você já ouviu falar de Jorge Ribbas?
Você já ouviu Jorge Ribbas?
Se você não conhece Jorge Ribbas, se você não ouviu falar, e nem o ouviu num palco, num disco, num programa de rádio ou televisão, você, meu amigo, está mais por fora do que casca de ovo.
Não, você não tem culpa. De qualquer modo, se eu fosse você ia deixar pelo avesso todas as ferramentas da internet, pois em algumas delas ou em todas certamente ele está. Mas adianto: Jorge Ribbas é um pernambucano de Garanhuns, cidade localizada ali no agreste pernambucano onde nasceu muita gente boa, como o sanfoneiro Dominguinhos.
Outro dia pedi que o Ribbas se definisse como músico e cidadão. Ele respondeu: "Sou simplesmente um músico honesto na arte e na vida, noutras palavras, sou um cidadão comum como tantos".
Jorge Ribbas começou a fazer música ainda em pernambuco por volta de 1980. Essa arte que ele abraçou como profissão, ganhou forma em Campina Grande, PB, onde passou a morar a partir de 1982. De lá pra cá, gravou musicas autorais num LP (Delírio - Apocalipse Já) e em vários CD's, ao mesmo tempo que acompanhava performances de artistas como Dominguinhos, Marines Belchior Nando Cordel, Miucha, Maria Creuza e Tadeu Mathias. Dos treze ou quatorze discos da paraibana Socorro Lira, onze trazem sua assinatura em todos os arranjos.

Fora isso, ele dá aulas na UFCG e fundou a escola de MUSIDOM, em Campina. Agora  ele esta disponibilizando uma dezena de novas obras nas principais plataformas de streaming SPOTIFY, Deezer e iTunes. Uma mostra: https://open.spotify.com/track/7qiteckpr9EI3t0IdYE34F.
Nosso mundo é o título do novo projeto de Jorge Ribbas. É ele mesmo quem conta: "O meu trabalho posso classificar como uma crônica do nosso cotidiano. O rock é a linguagem que encontrei para melhor expressar as inquietações que perturbam a paz dos nossos dias". Mais uma mostra que ele intitula de Mundo hipócrita: https://open.spotify.com/track/3abYAJCiHp6A9s2X0vC15r.
Alguns dos melhores músicos em atuação no pais estão ao lado de Ribbas, como Moisés Freire, Rainere Travassos, Giordano Frag, Silvio Silva, Beto Piller dentre outros. E ele já está desenvolvendo arranjo para um texto poético atualíssimo da sua lavra, este:


INCERTEZA (Jorge Ribbas)

 EM UM TEMPO DE INCERTEZA E APREENSÃO
AS LEMBRANÇAS DE UM PASSADO
VEJO CLARA A UTOPIA QUE SONHEI
SENTIMENTO DE IMPOTÊNCIA

SE OS ACORDES DESSE TEMPO DÃO CANÇÕES
SERÃO BALAS FUGIDIAS
EU APRENDO COM OS PROBLEMAS QUE ENFRENTEI
VOU SURFANDO EM MINHA ONDA

EU SÓ QUERO SABER SE VAI TER
UM LUGAR PRA TODO MUNDO
DIGA ENTÃO SE VOCÊ PREPAROU
SEU TRANSPORTE PRO FUTURO

SE AS PALAVRAS NÃO PERMITEM COMPREENSÃO      
É QUE A LÍNGUA JÁ NÃO FALA
MESMO CLARA A LETRA QUE IMAGINEI
SERPENTEIA INCOMPREENSÍVEL

Antes de optar seguir a carreira de músico, Jorge Ribbas concluiu o curso de química Industrial pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB).
O poeta Augusto dos Anjos (1884-1914), paraibano, iria certamente lisongear-se com os rótulos assinados por Jorge Ribbas na obra Nosso Mundo. Essa obra, prestem atenção, é marco fundamental da música como música e não só como rock. O mundo está doente. O cronista do rock brasileiro percebeu isso

O NEGRO NA MPB
Bonito, de uma boniteza sem igual foi o espetáculo que assisto ontem à noite no espaço cachuêra. Esse espaço cultural fica logo ali na rua Monte Alegre, Perdizes, na capital dos paulistanos e paulistanas. No palco, apresentando o repertório que forma o Negro na MPB estavam: Brown e Rosângela, cantora de bom gogó. Enriquecendo o ambiente, o grupo cabedal quarteto e convidados especiais Douglas e Karina, filha do peixe-cobra Vidal França, meu amigo do peito de anos que o passado nem o futuro roubam. Esse espetáculo para correr o Brasil inteiro, a parte do Cachuêra e da rede SESC etc. Ah! ia me esquecendo: na noite de ontem no cachuêra, reencontrei pessoas incríveis como Airto Mugnaini e sua companheira a artista plástica, Martha Zimbarg. Claro, o Vidal estava lá. O Cortez da editora homônima, saiu do ambiente com as mão ardendo de tanto bater palmas. Emocionei-me, já que lá estive para abrir e fechar o espetáculo.

Um comentário:

  1. Jorge Ribas grande músico e ótima pessoa,grande amigo e companheiro musical.

    ResponderExcluir

POSTAGENS MAIS VISTAS