Antes de sair, Tina voltou-se tirando da mochila que levava às costas uma publicação ilustrada, e em braile, de Dorinha e a Turma da Mônica — Brincando pelo Brasil.
“É mais uma publicação dos Estúdios Maurício de Sousa”, informou.
Flor Maria, que discretamente acompanhava nossa conversa, pediu licença pra dizer que adora a personagem Dorinha. E contou: “É a história de uma personagem baseada na paulistana Dorina de Gouvêa Nowill, que ficou cega quando tinha 17 anos de idade. Morreu aos 91 anos, em agosto de 2010. Li que ela foi a primeira aluna cega a frequentar um curso regular na Escola Normal Caetano de Campos, em São Paulo. Posteriormente, Dorina colaboraria para a elaboração da lei de integração escolar, regulamentada em 1956. Estudou e fez vários cursos, inclusive a de especialização em educação de cegos na Teacher´s College da Universidade de Columbia, em Nova Iorque, EUA”.
Poxa, eu disse sem me conter: “Como você sabe disso tudo?”.
A resposta foi rápida: “Sabendo”.
Após isso, Maria levou Tina até a porta e despediram-se.
A Fundação Dorina Nowill para Cegos é uma Instituição surgida em 1946 sob a denominação Fundação para o Livro do Cego no Brasil.
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