Ilustração de Fausto Bergocce |
São inúmeros os livros que contam a história recente do Brasil, desde 1964.
No dia 1º de abril de 1964 cavalos e tanques invadiram as ruas do Brasil, do Rio principalmente: era o golpe perpetrado por militares contra a Democracia.
Os militares achavam Jango uma ameaça.
Ao golpe daquele 1º de abril seguiram-se horrores: perseguição, prisão, tortura e morte.
Muitos brasileiros e brasileiras morreram sob tiros e nas masmorras do DOI-Codi.
DOI-Codi significa Destacamento de Operações de Informação - Centro de Operações de Defesa Interna.
O primeiro chefe militar contra os civis foi Humberto de Alencar Castello Branco, era cearense e morreu numa queda de avião.
O problema cresceu contra o nosso País quando foi decretado o Ato Institucional nº 5.
O Congresso foi fechado e deputados e senadores se lascaram.
Todo mundo sabe, ou quase todo mundo, que a ditadura militar (1964-1985) deixou uma chaga terrível no coração do Brasil. Muito sangue, desespero, desgraça.
Não é de hoje que o atual presidente da República diz que não houve ditadura militar no Brasil. Seus filhotes o seguem nesse raciocínio.
Há poucos dias o deputado Eduardo Bolsonaro, duvidando do relato de tortura sofrido pela jornalista Miriam Leitão, disse que não há provas a respeito; que não há vídeo, que não há isso nem aquilo...
Pois bem, domingo passado 17 o programa Fantástico (TV Globo) trouxe matéria revelando que o Superior Tribunal Militar, STM, gravou todas as seções que tratavam de prisões, torturas e mortes de brasileiros durante o período militar. Essas gravações foram feitas entre 1975 e 1985 e a elas teve acesso o professor de História Carlos Fico, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ.
Carlos Fico ouviu as agressões do deputado Bolsonaro contra Miriam Leitão e resolveu procurá-la. E tudo veio à tona.
Repito: todo mundo sabe do terror provocado pela ditadura militar contra os brasileiros, entre 1964 e 1985. Mas o que está vindo à tona, agora, reforça o que todo mundo sabe.
O jornalista Sinval de Itacarambi Leão |
Sinval foi um dos brasileiros que lutaram bravamente contra a ditadura e pelos agentes da ditadura foi perseguido, preso ilegalmente e depois julgado e absolvido pelo próprio STM.
É um caso singular o caso de Sinval.
Sinval de Itacarambi Leão, jornalista mineiro à beira dos 80 anos, foi o criador da Revista Imprensa.
Eduardo Bolsonaro queria um vídeo como prova das torturas e mortes praticadas pelo regime militar... Ganhou um áudio de 10 mil horas comprovando todas as desgraceiras cometidas pelos militares e sua corja.
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