É sempre importante ler Luís Câmara Cascudo. A 1ª edição do Dicionário do Folclore Brasileiro é de 1954... |
Ouvi em algum lugar que já houve corona vírus lá pro lado da China, de onde está vindo para empestear o mundo. Porisso dizem que o atual corona é um novo corona. Fato é que novo ou velho corona é praga. Isso me faz lembrar a praga que foi a peste negra ocorrida em fins da Idade Média, surgido, vejam vocês!, também na China. Da China para a África, da África para Itália, da Itália para Europa e de lá Estados Unidos, América Latina... Não faz muito, em Fortaleza o vírus da peste negra foi detectado em cearenses. Peste negra porque o vírus provocava manchas negras na pele. Mas essa é outra história. Ou não?
Acabou de escutar no rádio notícia dando conta de que a Santa Igreja Católica acaba de sugerir — ou proibir? — ao cristãos que não aperte a mão nem abracem os seus semelhantes na igreja. Essa recomendação me leva a pensar num desastre enorme que está por vir como consequência do corona.
O gesto de apertar a mão e abraçar alguém, data de milênios.
No velho Egito, descobriram-se hierógrafos com imagens de alguém apertando a mão de alguém. Falou-se de um deus apertando a mão do faraó. Que seja.
Uma vez mestre Luís da Câmara Cascudo (1898-1986) respondeu a uma pergunta que lhe fiz sobre a origem do aperto de mão. A resposta foi mais ou menos esta: Na antiguidade, chefes guerreiros apertavam-se as mãos para indicar que estavam desarmados e dispostos a por fim ao um conflito qualquer.
Esse gesto a que se refere Cascudo, espalhou-se até os dias atuais.
O abraço entre as pessoas surgiu como cordialidade, uma maneira natural de as pessoas manifestarem seu apreço por outras.
Tudo isso pode acabar com a chegada sempre imprópria de mais um vírus maldito entre nós.
E como uma coisa puxa outra, pergunto aos meus botões: se acabar o aperto de mão, se acabar o abraço, o que vai sobrar a nós seres humanos?
Conclusão: ouço dos meus botões a indicação de que o ato de beijar, praticar sexo também vai se acabar.
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