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segunda-feira, 8 de abril de 2024

ZIRALDO NÃO MORREU!



Conheço bem o artista Fausto Bergocce.
Conheço bem um monte de cartunistas, chargistas, pessoas que viraram amigas como Angeli, Glauco, Laerte, Fortuna. Fui amigo dessas pessoas queridas ali na Folha, no Folhetim.
Doeu muito, em nós, a notícia do desaparecimento de Ziraldo. Do humanista Ziraldo.
Em julho de 1978 eu telefonei para o Pasquim e lá, no outro lado, atendeu Ziraldo. 
Ele me ouviu e rapidamente chamou Jaguar: "É de São Paulo, um cara chamado Assis".
A conversa era sobre uma reportagem de muitas páginas que eu escrevi sobre o Esquadrão da Morte, que a Folha não quis publicar.
A matéria foi publicada três ou quatro dias depois. Capa do Pasquim. Seis ou sete páginas.
A última vez que vi Ziraldo foi numa Bienal do Livro em São Paulo, onde ele, eu e outras pessoas fomos homenageadas com um prêmio.
Pois, pois: o que falar mais?
O Fausto Bergocce tinha em Ziraldo o seu mestre.
Ziraldo conquistava as pessoas da mais tenra idade à idade maior. Dos 100 anos, por exemplo.
Bom, leiam o que Fausto acaba de nos mandar para este Blog: 

Um maluquinho por Ziraldo (1932-2024)

No início dos anos 1960, uma das grandes diversões da garotada de Reginópolis era a leitura
de gibis, que chegavam em profusão à cidade. Entre todos os estilos, todas as histórias e todos os personagens, um gibi muito especial se destacava: “Turma do Pererê”, do Ziraldo.
Grandes aventuras se passavam na Mata do Fundão, através dos personagens tipicamente
brasileiros. Foi para mim meu primeiro toque de “brasilidade”. Desde então, me tornei um
menino maluquinho por Ziraldo e pude seguir seu trabalho pela vida inteira.
Por toda a sua grande obra, mestre Ziraldo se tornou referência para muitas gerações,
inclusive para a minha. Obrigado, Ziraldo.

 

VIVA A ANA MARIA!

Procurei, mas não achei no calendário gregoriano e noutros calendários nada de importante a não ser o dia 6 de abril.
O dia 6 de abril é o dia que o Brasil transformou-se em berço para acolher Ana Maria. Minha filha.
Ana está sempre batendo palmas para alegria e chutando pra riba e para os lados a tristeza e tudo que nos faz mal.
Hoje é 8. Foi um dia importante. Todo dia é importante quando acordamos.
À propósito de acordar: Ziraldo foi dormir e... Pronto!
Acordar morto ninguém acorda. Acordar...
No último dia 6 foi uma festa de amigos encontrando amigos. E amigas.
Lá, tomando um negocinho na casa de Ana, conversando sobre tudo. Tentamos até reconstruir o mundo. A humanidade. A conclusão a que chegamos é que não há salvação para nós ditos humanos.
E foi lá na casa da aniversariante, que falamos, falamos e falamos. E comemos. Um vinhozinho rolou solto e uma cerveja também. Eu fiquei no destilado...
Participando da alegria que Deus nos deu no dia 6 de abril, brindamos à esperança. 
E lá na casa da Ana estavam Pat, Nancy, Célia, Nalva, Francisca, Lúcia, Celma, Jeremias, claro, Manu...
De macho tinham esses. Eu cheguei depois. Ah! E aí chegaram a filha do Jê, o genro e o filhote Arthuzinho.
É o que lembro.
E pra garantir a veracidade de tudo que digo, uma menina vinda do céu registrou tudo em áudio e foto: Clarissa.
E aí, como se não bastasse, o querido amigo pernambucano Luís Wilson bota para seus ouvintes a coisa mais linda que já foi feita, A Canção de Ana Maria. Ouça:



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