"Livre
pensar é só pensar", garantia o cartunista-filósofo Millôr Fernandes.
"Viver
é um negócio muito perigoso", dizia o escritor Guimarães Rosa através de
um de seus personagens no livro Grande Sertão: Veredas
"Pra
morrer, basta estar vivo", segundo a sabedoria popular.
Os
cartunistas franceses que tombaram ontem pelos disparos de dois malucos fundamentalistas
certamente sabiam disso, mas não seguiram nenhuma dessas recomendações.
Os
tiros que mataram esses valorosos profissionais, críticos de si próprios e, em
última análise, do mundo em que vivemos também nos acertaram, deixando-nos em terrível
sobressalto.
O
ataque ao semanário Charlie Hebdo deverá servir de combustível para o
fortalecimento da democracia.
Viva
a vida!
PS
- O Charlie Hebdo, inspirado no personagem Charlie Brown, voltará às bancas na
próxima semana, com a tiragem de 1 milhão de exemplares. Detalhe: A tiragem
normal da publicação é de 60 mil exemplares.