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sexta-feira, 1 de julho de 2022

DIA DE ALBERTINHO FORTUNA

Cá no Brasil, o campo político está minado. Minadíssimo. Qualquer passo em falso, explode.
Bolsonaro é o sujeito que está levando o nosso país ao buraco mais profundo.Sem fundo. Ai de nós.
Mas não é exatamente sobre isso que eu quero agora falar. Pois, pois, vamos de leve com o andor. É de barro.
À propósito, Barro é o "sobrenome" que o compositor carioca Carlos Alberto Ferreira Braga, Braguinha (1907-2006), deu ao seu alter ego João.
Com a assinatura João de Barro, Braguinha deixou muitas e muitas composições lindíssimas.
Mas ainda não é de Braguinha que também quero falar.
Você já ouviu falar em Albertinho Fortuna?
Esse Fortuna era um português nascido na região do Porto e muito cedo chegou ao Brasil no colo dos pais. Tinha menos de um ano de idade. Cresceu em Niterói, RJ, e ainda jovem enveredou no campo musical. Virou cantor. Gravou a primeira música pela extinta Victor, no ano de 1944. Título: Ai que saudades da Amélia, de Ataulfo Alves e Mário Lago.
Muita gente pensa, até hoje, que a música de Ataulfo e Mário foi baseada em personagem real: "Não foi!", disse-me um dia Mário. Uma mulher chamada Amélia apareceu numa reportagem da revista O
Cruzeiro dizendo que era a Amélia da nossa música.
Albertino Fortuna, de batismo Alberto Fortuna Vieira de Azevedo, trilhou uma longa carreira e legou à posteridade um extenso repertório musical. Não compôs nada, mas cantou muito. E cantou em todo canto, principalmente nas boates de seu tempo.
Em 1952 Fortuna lançou um disco bonito reunindo, em pot-pourri as músicas Copacabana, Feitiço da Vila e A Saudade Mata a Gente, assinadas por João de Barro, Alberto Ribeiro, Noel Rosa e Antonio Almeida.
Entre as tantas gravações que deixou, acha-se uma curiosidade: Esperança, assinada pelo "Velho Guerreiro" Chacrinha e Nestor de Holanda, que era jornalista.
Não sei bem por que, mas essa música faz-me lembrar a minha querida e sábia avó Alcina. Ela costumava dizer, com a serenidade dos santos , que "Quem corre cansa, quem anda alcança".
A música de Chacrinha e Nestor fala de um par de jovens estudantes que vivem, ele principalmente, de esperança. Lá pras tantas ele diz: "Vamos viver de esperança/Quem espera sempre alcança...". Ouça: ESPERANÇA
Albertinho Fortuna nasceu num dia como hoje, 1º de julho.

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