Isso fez-me lembrar a Revolta da Vacina, em novembro de 1904.
Naquele ano, os cariocas se rebelaram contra a obrigatoriedade da aplicação da vacina criada para combater a varíola. Até políticos foram contra. E o resultado foi o que se viu: muitos mortos.
A fala da tresloucada mulher remeteu-me à gripe espanhola que dizimou milhares de pessoas no Brasil e milhões mundo afora, em pouquíssimo tempo.
Naquele tempo não havia vacina contra essa gripe, que o presidente certamente classificaria de "gripezinha".
A fala da inoportuna mulher fez-me também lembrar da Segunda Guerra Mundial, desencadeada na manhã de sexta feira 1 de setembro de 1939.
A Grande Guerra começou com a invasão da Polônia pela Alemanha nazista liderada pelo assassino Adolf Hitler.
Algum leitor desavisado poderá perguntar o que tem a ver isso tudo com a fala daquela mulher ao prepotente Presidente do Brasil.
A gripe espanhola matou mais do que a Segunda Gerra Mundial.
Até agora, a Covid-19 já matou mais de 800 mil pessoas.
Nos tempos de antigamente, não havia vacina e orientação da Medicina ao povo, certo?
Ah sim! Ia-me esquecendo: o Brasil participou da Grande Guerra, enviando cerca de 25 mil pracinhas.
A expressão "pracinha" tem a ver com jovens montando praça, alistando-se no Exército.
Dos 25 mil soldados do nosso brioso Exército, cerca de 1500 não voltaram.
O poeta Guilherme de Almeida (1890 - 1969) e o maestro Spartaco Rossi (1911 - 83) compuseram a bela Canção do Expedicionário, gravada pelo Rei da Voz, Chico Alves (1888 - 1952). Ouçam: