Você sabia que o instrumentista, maestro e compositor Alberto Marino nasceu no bairro da Liberdade, no domingo 23 de março de 1902 e morreu num sábado, 11 de fevereiro de 1967.
Pois é, façam as contas: 11 de fevereiro de 1967... E criou-se no Brás.
Os seus pais se chamavam Rosário e Carmella.
Alberto Marino regeu orquestras e foi professor-diretor do Conservatório Dramático e Musical de São Paulo e integrante do Quarteto Paulista, ao lado de Zaccaria Autuori, Guido Santorsola e Bruno Kunze, nos anos de 1920.
Compôs a sua música mais famosa, Rapaziada do Braz, na noite de segunda-feira 20 de novembro de 1917 para Ângela Bentivegna, com quem se casaria em 1924 e teria dois filhos, Alberto Jr. e Nice, que aparece aí ao lado da cantora Inezita Barroso, na noite de inauguração (25-1) da instalação Roteiro Musical da Cidade de São Paulo, da qual respondo como curador.
Antes de ser gravada em 1927 pelo Sexteto Bertorino Alma (anagrama de Alberto Marino), Rapaziada já integrava o repertório dos seresteiros de boa parte da cidade.
A primeira gravação dessa obra data de 1926, feita pelos saxofonistas J. Pizarro e O. Pizarro, para o selo Imperador. A segunda é do Sexteto Piratininga, formado, entre outros, pelo italiano Giuseppe Rielli, pioneiro na gravação de solos de acordeon em discos no Brasil, e pelo próprio Marino, para a etiqueta Arte-Fone.
Há gravações dessa música feitas por Jacob do Bandolim, Carlos Poyares, Waldir Azevedo, Dilermando Reis, Canhoto, Francisco Petrônio, Radamés Gnatali e muitos outros artistas.
O primeiro a gravá-la com letra de Alberto Marino Jr., que também atendia pelo pseudônimo de Allan Martin, foi Carlos Galhardo, num LP de 1965.
No dia 25 janeiro de 1968 foi inaugurado o Viaduto Alberto Marino, no lugar onde havia a porteira do Braz.
Dez músicas formam o conjunto da obra gravada pelo Sexteto Bertorino Alma, incluindo Senhoritas do Brás e Luar de São Paulo, essa última também com letra de Alberto Marino Jr.
Você que agora me lê bem que poderia juntar os amigos e familiares e ir visitar nesse fim-de-semana a instalação Roteiro Musical da Cidade de São Paulo, aberta ao público, de graça, no Sesc Santana, à avenida Luiz Dumont Villares, 579. Caso deseje, entre no portal www.sesc.sp.org.br , de onde foi extraída a foto que se vê ao alto.
Seguir o blog
quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012
Assinar:
Postagens (Atom)
POSTAGENS MAIS VISTAS
-
Coisas da vida. Zica Bergami, autora da valsinha Lampião de Gás partiu. Tinha 97 anos completados em agosto. O caso se deu ontem por volta d...
-
http://www.youtube.com/watch?v=XlfAgl7PcM0 O pernambucano de Olho da Agua, João Leocádio da Silva, um dos mais inspirados compositores...
-
Cegos e demais pessoas portadoras de deficiência, seja ela qual for, come o pão que o diabo amassou. Diariamente. SER CEGO É UMA MERDA! Nã...
-
Este ano terrível de 2020 está chegando ao fim, sem deixar saudade. Saudade é coisa que machuca, que dói. É uma coisa que Deus botou no mund...
-
Intriga, suspense, confusão, mentira, emoção atentado contra a ordem e a lei e otras cositas mas . O cantor, compositor e instrumentista To...
-
Escondidinho de carne seca e caldinho de feijão antecederam o tirinete poético travado ao som de violas repentistas ontem à noite, na casa ...