Onze anos depois, em 1965, na rádio Mayrink Veiga ele dá de conhecer uma conterrânea se iniciando na dura profissão de cantora de cantigas do povo. Seu nome: Clemilda, com quem se casaria logo depois e juntos ficaria até o final da sua vida, em 1994. Pois é, 20 anos sem Gérson!
Gérson era alagoano, da safra de 1928.
Depois de ajudar a popularizar o fole de oito baixos no Brasil desde o Rio de Janeiro, Gérson decide viver seus últimos anos ao lado de Clemilda, em Aracaju.
Hoje Clemilda, que fez enorme sucesso com músicas de duplo sentido, como Prenda o Tadeu, de 1985, se acha adoentada e há muito não se apresenta em público.
No próximo mês, de São João, ela será homenageada pelo Museu da Gente, da capital sergipana.
Viva Clemilda!
Para lembrar Gérson Filho e Clemilda, clique:
http://www.youtube.com/watch?v=Y5ITPRx9nAs
http://www.youtube.com/watch?v=1FNqRZgNjJ8
HELENO
BARROS
O
comerciante de secos e molhados, amante e seguidor de cantorias de poetas
repentistas ao som de viola, Heleno Barros, paraibano da terra de Zé Marcolino,
Sumé, despediu-se silenciosamente deste mundo na última segunda-feira.Heleno estava internado no Hospital das Clínicas há alguns dias, sofrendo de problemas renais e à espera de um transplante de rins.
O seu corpo foi sepultado terça-feira no Cemitério da Quarta Parada, na zona leste de São Paulo.
Ele deixa mulher e três filhos.Heleno Barros (aí ao lado numa foto feita mês passado, cá em casa) era uma pessoa tranquila, solidária e muito afável.
No
dia 6 de abril, reunidos comemoramos o aniversário de uma das minhas filhas, Ana,
junto com o cantador Sebastião Marinho, Osvaldinho da Cuíca, José Ramos
Tinhorão, Darlan Ferreira, Geraldo Vandré, Roniwalter Jatobá, Aída, Andrea, Clarissa
e Daniel. Na foto abaixo, Heleno aparece ao fundo, discretamente folheando um
livro ao lado do violonista e compositor Ibys Maceioh.
JAIR
RODRIGUES
Jair
integrou um grupo de artistas que se deslocou de Sampa até Aparecida para ver
de perto o papa Francisco na sua primeira vinda ao País. “Ele, sim, foi o cara”,
lembra Andrea. Jair, segundo ela, era o mais alegre e brincalhão do grupo. E ele
ria e cantava a música que pôs nas Paradas em 1964: “Deixa que digam/Que pensem/Que falem/Deixa
isso pra lá/Vem pra cá” etc.Agora, diz Andrea, “imagina esse mantra repetido e se transformando numa experiência místico-religiosa em plena basílica de Aparecida do Norte à espera do papa Francisco.
Pois foi assim, ao lado do Jair, nesse estado de graça franciscano, que todos nós, incluindo as cantoras Celia e Celma (acima, no clic de Andrea), recebemos o papa. Experiência linda”.
Jair partiu faz hoje oito dias.