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domingo, 8 de dezembro de 2024

JULIO MEDAGLIA É DO CARALHO

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No meu Brasil, há grandes brasileiros e brasileiras que nos orgulham. 
Brasileiros que pensam Brasil intensamente. 
Agora há pouco, a querida Flor Maria leu pra mim uma reportagem/entrevista muito interessante, bonita e forte, sobre e com o maestro Júlio Medaglia. 
Matéria importantíssima, bonita e bem feita pra quem queira saber de Brasil.
Júlio não tem papas na língua, a língua desse cara é solta e inteligente como o dono.
Ele tasca ripas em coisas ditas musicais com a grandeza de seu pensamento. Funk e coisa e tal ele manda pra casa do chapéu. 
Medaglia é Brasil, brasileiríssimo.
Os idiotas de plantão que nada sabem e nada leem têm que ser alfabetizados musicalmente. 
É de fundamental importância a leitura da matéria publicada sábado 7 na Folha. 
A história de Júlio Medaglia é uma história muito bonita.
Ele começou lá embaixo e foi lá pra cima e lá pra cima ele continua fazendo coisas que normalmente ninguém faz.
Gênio?
Genialidade nas artes e em todos os campos do cotidiano da vida é aquele ou aquela que está acima do que entendemos normal.
Na matéria de sábado da Folha, o compositor e maestro Júlio Medaglia disse que "...é possível ganhar muito dinheiro sem ser um filho da puta".
Dito o que disse, digo: Júlio é do caralho!.
PRELÚDIO 
Prelúdio é um programa de "calouros" que trafegam no campo erudito. Foi criado pelo maestro paulistano Júlio Medaglia. Estreou na TV Cultura no sábado 1 de janeiro de 2005. Estamos, pois, às vésperas de 20 anos da estreia desse programa. 
Prelúdio é, historicamente, o único programa do gênero criado por Medaglia.



LICENCIOSIDADE NA CULTURA POPULAR (154)

Graciliano Ramos

O que posso dizer, e que pouca gente sabe, é que Guimarães Rosa chegou a escrever e a publicar histórias com contexto policial. Mais: também chegou a escrever e a publicar em jornais poemas com rima e tudo mais. Aliás, o compositor Téo Azevedo chegou até a musicar alguns poemas de Rosa espalhados na sua rica bibliografia.

Poderíamos até dizer que a prosa de Rosa é pura poesia, certo?

Bom, não custa lembrar que Audálio foi conterrâneo do escritor Graciliano Ramos e sobre ele publicou dois livros: A Infância de Graciliano Ramos (2011)  e O Chão de Graciliano (2007), feito em parceria com o fotógrafo Tiago Santana.

Graciliano escreveu pouco sobre temas eróticos. Pouco, mas não tão pouco assim.

Os seus três primeiros romances foram Caetés (1933), São Bernardo (1934) e Angústia (1936).

No primeiro, um empregado se apaixona pela mulher do patrão. Termina em sangue. 

No segundo, que também termina em sangue, o protagonista é um menino adotado por uma doceira. Cresce e conhece uma jovem com quem passa a ter relações. Surge na parada um Ricardão que cai nas graças da moçoila. Nervoso, o protagonista comete o primeiro crime e vai parar na cadeia. Ao sair, vira uma espécie de “coroné” prepotente e coisa e tal. Ao casar-se, quer dominar a esposa, mas não consegue. O ciúme o corroi. Ao fim e ao cabo, a mulher se suicida.

No terceiro livro, Angústia, o personagem central Luís da Silva, um pobre diabo, apaixona-se pela vizinha Marina. Chega a noivar, mas aí entra na história um bambambã bonitão e cheio de grana… Luís entra em desespero ao flagrar a sua amada com o rival. Num segundo, agiganta-se e devorado  pelo ciúme dá fim ao adversário. E pronto.


Foto e ilustrações de Flor Maria e Anna da Hora

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